A ministra da Economia de El Salvador, Maria Luisa Hayem Brevé, apresentou um projeto de lei para arrecadar US$ 1 bilhão em títulos soberanos digitais para construir uma cidade Bitcoin aos pés do vulcão Conchagua.
A região do leste de El Salvador seria estratégica justamente por conta do vulcão. Especula-se que o presidente salvadorenho Nayib Bukele teria a intenção de usar a energia hidrotérmica do vulcão para facilitar a mineração do Bitcoin.
O projeto conta com 33 páginas e cria uma estrutura legal para emissão pública dos títulos digitais. Os “títulos vulcão” ou “títulos Bitcoin” foram liberados em 2021 com intenção de arrecadar US$ 1 bilhão, sendo que metade seria usado para investir na criptomoeda. A expectativa é de que o projeto de lei seja aprovado antes mesmo do Natal.
Este valor é bastante ambicioso, visto que ele representa cerca de 3,47% do PIB de El Salvador em 2021, que foi de US$ 28,74 bilhões.
Bitcoin é a moeda oficial de El Salvador
No dia 7 de setembro de 2021, El Salvador se tornou o primeiro país a adotar o Bitcoin. De lá para cá, o país da América Central já acumulou mais de 2,3 mil BTC por aproximadamente US$ 103,9 milhões.
Apesar de ser um movimento revolucionário, o Bitcoin sofreu uma forte desvalorização em um ano. De novembro de 2021, quando a criptomoeda era cotada a R$ 351.572,48, para hoje, o ativo já desvalorizou 74,87%, com cotação a R$ 88.327,27, às 17h desta quarta-feira (23).
Segundo o site Cointelegraph, o governo salvadorenho até chegou a investir na infraestrutura do país, como a construção de escolas e hospitais durante a fase altista do Bitcoin.
Mas com a forte desvalorização do ativo e problemas econômicos, mais de 77% dos cidadãos de El Salvador, candidata a abrigar a cidade Bitcoin, dizem que preferem que o governo pare de “gastar dinheiro público com critpo”.
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