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Alô, câmbio: mercados ainda reagem à Super Quarta

Alô, câmbio: mercados ainda reagem à Super Quarta

Alô, câmbio: mercados ainda reagem à Super Quarta. Confira coluna do head Alexadre Viotto, da EQI Investimentos.

Alô Câmbio! Tudo bem com você?

Antes, uma questão que andaram me fazendo esta semana… Por que falaremos de juros em uma coluna que trata sobre câmbio?

Fácil… A explicação para a valorização ou desvalorização do real nos últimos meses depende basicamente deste fator. Nada menos que a diferença entre as taxas praticadas pelo Fed (EUA) e o Bacen (Brasil). O tão comentado carry trade ou “carrego” como alguns gostam de chamar…

Largamos antes…

O Banco Central Brasileiro, acertadamente na minha opinião, saiu na frente.

Começou a subir os juros para, depois do último dia 15/06, colocar a Selic em 13,25% ao ano. A preocupação com a inflação já vinha deixando a autoridade monetária bastante preocupada. E este movimento impactou vários ativos da economia tupiniquim, especialmente, o USDBRL.

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Estrela de 2022

Ao deixar os investimentos “livres de risco” mais atrativos, o Brasil começou a receber uma enxurrada de dólares.

A cotação que rondava os R$ 5,80 no início do movimento, chegou a cair mais de 22% nas mínimas recentes.

Se por um lado o hedge ficou mais caro para os importadores, as dívidas em moeda estrangeira sofreram um tombo considerável. E muita gente se animou a visitar o Mickey ou outros locais fora do país. Justo.

Enquanto isso…

O Fed tentou de tudo… Chegou até a convencer boa parte do mercado de que a inflação era temporária.

Mas está nos livros básicos de economia, não tem jeito… Em outras palavras aqui, mas vamos lá. Imprimir dinheiro e jogar no sistema não tem outro resultado senão alta de preços a médio e longo prazos. Tem uma certa euforia na largada, é verdade. Não é mesmo S&P, Nasdaq e empresas de tecnologia?

Voo de galinha

Sim, tivemos um certo crescimento na atividade econômica. Mas, agora, chegou a hora de pousar.

E a grande dúvida é: será um hard landing ou um soft landing? Isso vai depender da habilidade do Federal Reserve em subir os juros sem sacrificar o PIB.

O problema é que dada a experiência recente, as dúvidas seguem enormes em relação a esta “capacidade”.

Finalmente, uma alta de verdade

Eu não sou fã de juros altos, pelo contrário. Porém, com a inflação batendo recorde em cima de recorde, não havia outra saída.

A alta de 0,75% pegou poucos de surpresa e parece que ainda estamos longe do fim. Parece que teremos mais uma na mesma magnitude já na próxima reunião do Fomc. Palavras do próprio Powell, na entrevista pós-decisão na quarta passada.

E o USDBRL?

Se até 3% a 4% for suficiente para segurar a inflação, ótimo… O nosso real tende a seguir operando nos níveis atuais.

Agora, caso sejam necessários níveis maiores de juros, aí o carry trade tende a diminuir bastante, deixando o Brasil não tão atrativo assim ao capital externo.

E vamos seguir falando de juros, não tem outro jeito…

Muito obrigado! E não deixe de nos consultar para as melhores estratégias para aproveitar o momento atual. Abraços e até semana que vem. Câmbio, desligo.

  • Para saber mais sobre câmbio e como ele influencia os seus investimentos, preencha o formulário que um assessor da EQI entrará em contato!

Aproveite e veja também: como o câmbio impacta a economia e seus investimentos? Confira no vídeo abaixo.