Um estudo do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV Social) mostra onde vivem os mais ricos do Brasil. A pesquisa trata-se do “Mapa da Riqueza no Brasil” com versão atualizada para o ano de 2023, que foi liderada pelo economista e diretor do CPS/FGV Marcelo, é o “Mapa da Riqueza no Brasil”.
Segundo o “Mapa da Riqueza”, a unidade federativa com a maior renda média (R$ 3.148) e também maior patrimônio médio (R$ 94.864) por habitante no país é o Distrito Federal. Em seguida aparece o estado de São Paulo, com uma renda média de R$ 2.063 e patrimônio médio de R$ 90.776. Na terceira posição, vem Rio de Janeiro, com um patrimônio médio de R$ 63.128 e surge no sexto lugar em renda, com R$ 1.754.
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Apesar dos números dos estados, as três capitais com mais ricos estão localizadas em outras unidades federativas. Florianópolis, em Santa Catarina, lidera a renda média R$ 4.215; em seguida, surge Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, com renda de R$ 3.775; para encerrar o top-3, aparece a capital do Espírito Santo, Vitória, com uma renda média de R$ 3.736.
Em relação às cidades, o destaque vai para aquelas que pertencem às regiões metropolitanas das grandes capitais, com exceção de Santos (com renda média de R$ 3.783), no litoral paulista, mas que tem características de serem cidades com grandes condomínios de luxo.
Em primeiro lugar, vem a cidade de Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais, com uma renda média de R$ 8.897; Santana do Parnaíba e São Caetano do Sul, ambas na Grande São Paulo, tem renda média de R$ 5.791 e R$ 4.698; e por último, Niterói, no Rio de Janeiro, possuem uma renda de R$ 4.192.
O estado com a menor declaração de patrimônio por habitante é o Maranhão, com R$ 6,3 mil. Para efeito de comparação, a UF mais rica é o DF, com R$ 95 mil, que é 14,61 vezes maior que o estado nordestino. Mas este valor ainda é “pouco” quando é comparado com a região mais rica de Brasília, o bairro de Lago Sul, que possui um patrimônio médio de R$ 1,4 milhão.
Inclusive, a renda de Lago Sul é de R$ 23.241, três vezes maior que a do Município mais rico do Brasil, a cidade de Nova Lima (R$ 8.897).
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Onde vivem os mais ricos do Brasil? Economista explica a metodologia da pesquisa
Para realizar a pesquisa, Neri utilizou a mesma metodologia do economista francês Thomas Piketty, autor do “O Capital do Século XXI”, que é a base de dados do Imposto de Renda.
“Quando a gente inclui os dados do Imposto de Renda, consegue mensurar melhor quem está no topo da distribuição de renda no Brasil. É um ganho frente às pesquisas domiciliares, que nem sempre conseguem bom retorno em condomínios de luxo, por exemplo, ou a declaração de renda não é tão clara. Com o estudo, consegue chegar até ao nível de município e até em regiões de municípios, em alguns casos, e mostra onde estão as maiores riquezas no Brasil”, afirma Neri para o jornal Valor Econômico.
Neri aponta que há uma correlação entre o tamanho da economia de uma região e a renda média de sua população. Contudo, ele indica que os locais com maior qualidade de vida também atrai a parcela da população com maior renda.
“A gente vê alguma coincidência entre o tamanho das economias e a renda média da população nas unidades da federação e municípios. Há alguma aderência razoável. Então temos lideranças entre Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, e Estados como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul subiram no ranking nos últimos anos, com o agronegócio. Só que a lista de locais mais ricos também inclui regiões que não têm necessariamente atividade produtiva forte, mas atraem os mais ricos pela qualidade de vida, como Nova Lima (MG), Niterói (RJ) e Santos (SP), por exemplo”, diz.
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