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Demissões em Facebook e Twitter e venda de ações da Tesla abalam ativos tech

Demissões em Facebook e Twitter e venda de ações da Tesla abalam ativos tech

As demissões promovidas pela Meta, dona do Facebook, bem como pelo Twitter nos últimos dias, além da venda de ações da Tesla, abalaram os ativos ligados a tecnologia.

Por volta das 9h40 da manhã desta segunda-feira (9) a Nasdaq (pré-mercado) reportava queda de 30%, aos 11.066.00 pontos.

A bolsa pesada em tecnologia azedou já no início da manhã, no pré-mercado, visto que os investidores esperavam um anúncio por parte de Mark Zuckerberg, cofundador do Facebook, dando conta das demissões.

E o anúncio veio pouco depois das 9h quando o executivo confirmou o corte de 11 mil funcionários em todo o mundo. Por conta do movimento, as ações META, listadas na Nasdaq, caíam 0,26% perto das 9h30 no pré-mercado. O ativo estava cotado em US$ 96,47 naquele momento.

Este é mais um capítulo que faz os investidores torcerem o nariz para o segmento tech, visto que os balanços de empresas desta categoria também vieram abaixo da expectativa.

Para se ter ideia, mais de 104 mil trabalhadores de startups perderam seus empregos até agora, comparado a cerca de 81 mil postos perdidos em 2020, segundo Roger Lee, do Layoffs.fyi.

Vale destacar que o segundo trimestre de 2020 ainda é o pior período de três meses para demissões desde o início da pandemia mas, no acumulado do ano, 2022 já está pior, destaca Lee.

A Layoffs.fyi é uma plataforma online que indexa empresas de todo o mundo com colaboradores em layoff, desde que foi declarada a pandemia.

Gráfico mostra o avanço da ação META na Nasdaq no período de um ano; fonte: tradingview.
Gráfico mostra o avanço da ação META na Nasdaq no período de um ano; fonte: TradingView.

Facebook e Twitter

Já o megaempresário Elon Musk vendeu pelo menos mais US$ 3,95 bilhões em ações de sua empresa de carros elétricos Tesla depois de fechar sua aquisição do Twitter por US$ 44 bilhões.

De acordo com documentos da Securities and Exchange Commission publicados ontem, ele se desfez de mais 19,5 milhões de ações da fabricante de automóveis.

Levantamento da CNBC mostra que Musk vendeu quase US$ 22 bilhões em ações da Tesla em 2021, ano em que as ações saltaram mais de 50%. Este ano, ele vendeu mais de US$ 8 bilhões em ações em abril e cerca de US$ 7 bilhões em agosto.

Conforme o grupo de mídia, além de investir bilhões de seu próprio capital para tornar o Twitter privado, o CEO da Tesla contou com parceiros, incluindo os investidores de ações Binance, BAMCO de Ron Baron, Andreessen Horowitz, o ex-CEO do Twitter Jack Dorsey e o príncipe Alwaleed bin Talal bin Abdulaziz da Arábia Saudita, para financiar o negócio ou transferir suas ações existentes para sua holding para o Twitter.

Gráfico mostra o avanço da ação TSLA na Nasdaq no período de um ano; fonte: TrandingView.
Gráfico mostra o avanço da ação TSLA na Nasdaq no período de um ano; fonte: TrandingView.

Demissões na Rede social

Após a aquisição do Twitter, Musk anunciou o corte de 50% dos funcionários e, dia 4 de novembro de 2022, mandou embora 3.700 contratados.

Entretanto, já no dia 7, a rede social foi obrigada a solicitar que alguns dos demitidos voltassem aos trabalhos e divulgou nota ao mercado dizendo que errou na lista de cortes.

Isso causou um imbróglio interno e atrasou os planos de Musk de implementar planos de assinatura diferenciados para os usuários do Twitter.

Acontece que o executivo quer novas funções na rede social e, para isso, precisa de profissionais técnicos que detenham os códigos (programação) do Twitter, mas, inseriu muita gente na lista de cortes sem saber suas reais atribuições na companhia, segundo a imprensa norte-americana.

Despesas na Meta

Em relação aos cortes na Meta, o volume de demissões corresponde a 13% da equipe e os investidores se dizem preocupados com os custos e despesas crescentes da companhia, que saltaram 19% ano a ano no terceiro trimestre, para US$ 22,1 bilhões.

Outro ponto de inflexão diz respeito às vendas gerais, que caíram 4%, para US$ 27,71 bilhões no trimestre, enquanto seu lucro operacional caiu 46% em relação ao ano anterior, para US$ 5,66 bilhões.

Zuckerberg também disse, em seu comunicado, que a empresa planeja contratar menos pessoas em 2023. A companhia estendeu seu congelamento de contratações até o primeiro trimestre com algumas exceções.

O executivo informou, contudo, que os funcionários afetados receberão 16 semanas de pagamento mais duas semanas adicionais para cada ano de serviço. A Meta cobrirá o seguro de saúde por seis meses.

Segundo ele, a firma está investindo fortemente no metaverso, que geralmente se refere a um mundo digital ainda a ser desenvolvido que pode ser acessado por realidade virtual e headsets de realidade aumentada. Essa aposta pesada custou à Meta US$ 9,4 bilhões até agora em 2022, e a empresa antecipa que as perdas “crescerão significativamente ano a ano”.

Gráfico mostra o desempenho da Nasdaq no período de um ano; fonte: TradingView.
Gráfico mostra o desempenho da Nasdaq no período de um ano; fonte: TradingView.
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