Assista a Money Week
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Mercados
Notícias
EQI Asset, Verde e mais: como as gestoras enxergam o Brasil?

EQI Asset, Verde e mais: como as gestoras enxergam o Brasil?

Os mercados desenvolvidos, como os Estados Unidos, seguem como ponto de preocupação. Os juros em alta para conter os efeitos da inflação crescente preocupam investidores, que temem uma recessão nas principais economias do mundo. Enquanto isso, mercados emergentes, como o Brasil, têm chamado a atenção de gestoras.

Oito meses após o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os gestores do mercado financeiro avaliam o cenário local com otimismo, apesar de ressalvas.

Veja, abaixo, como as gestoras enxergam o Brasil.

AGENDA DE DIVIDENDOS: TENHA UM ANO INTEIRO DE RENDA PASSIVA

EQI Asset: gestora vê Reforma Tributária como ‘ganho de produtividade’

Na carta mensal de julho, a EQI Asset destacou a pauta fiscal, com aprovação na Câmara da proposta da Reforma Tributária. A Câmara dos Deputados aprovou a proposta da PEC45, com alterações acordadas com o Executivo. 

“Ainda que as mudanças feitas na Câmara tenham deteriorado a qualidade da proposta, o resultado final é superior ao atual estado da política fiscal”, comunicou. “O excesso de burocracia, incerteza de regras e distorções alocativas fazem com que a aprovação da Reforma Tributária gere um ganho para produtividade ao longo tempo, elevando o PIB potencial”, comunicou a gestora.

Publicidade
Publicidade

A EQI Asset avalia que o longo prazo de transição sugere que esse efeito deve “demorar para aparecer nos números oficiais, mas a direção parece correta”. 

“Há possibilidade de o Senado restringir um pouco as benesses incluídas na Câmara, mas em geral, acreditamos no efeito positivo da proposta atual”, escreveu.

Um ponto de atenção para a gestora é o desafio de curto prazo de aumentar a receita em mais de R$ 100 bilhões para 2024, de maneira a alcançar a meta estipulada de estabilidade no resultado primário.

“Entendemos que esse desafio será parcialmente alcançado, com um déficit em 2024 ao redor de, pelo menos, R$ 40 bilhões. Além disso, a dívida pública deverá continuar crescendo ao longo dos próximos anos, sugerindo que novos ajustes serão necessários. Na atual administração, acreditamos que esses esforços serão feitos no lado da receita, como forma de aumentar a arrecadação, em detrimento de cortes de gastos.”

Em termos de projeções, a EQI Asset projeta a taxa de câmbio em R$ 4,50 até o final de 2023, frente ao dólar norte-americano. Em 2024, a gestora enxerga espaço para uma depreciação de volta ao patamar de R$ 4,80. 

“O principal motivo dessas expectativas é de que o cenário internacional indica uma depreciação da moeda norte-americana nos mercado globais. A retomada de fluxos estrangeiros deve permanecer, bem como uma robusta balança comercial, com saldo positivo próximo de US$ 90 bilhões.”

Verde Asset: realocação de portfólio do investidor toma força

O mercado brasileiro seguiu os bons ventos globais em julho, na visão da Verde Asset. 

“O mercado de capitais reabriu de maneira importante, tanto do lado de dívida quanto de equity, melhorando as condições de financiamento de várias companhias, após o choque do início do ano”, comunicou. 

RESERVA DE EMERGÊNCIA: SAIBA QUAIS OS MELHORES INVESTIMENTOS E MONTE A SUA

“Somou-se a isso, nos primeiros dias de agosto, o anúncio do Copom de corte de juros de 0,5 ponto percentual, surpreendendo marginalmente o mercado, que atribuía uma probabilidade em torno de 60% para tal resultado na véspera, e já sinalizando um corte de mesma magnitude para a próxima reunião.” 

A casa acredita que o processo de realocação de portfólio do investidor brasileiro deve ganhar pujança a partir deste momento, o que deve ajudar a suportar os preços dos ativos locais, especialmente ações e crédito. 

“Além disso, os potentes resultados da balança comercial devem continuar ancorando o real, mesmo com menos suporte marginal do diferencial de juros”, pontuou.

Kinea, BlackRock: Brasil em processo de desinflação

A Kinea destacou, na carta de agosto, o processo de desinflação pelo mundo. No Brasil, essa etapa começou bem antes.

Segundo a gestora, pelo menos pelos próximos 6 meses, “a inflação ainda deve seguir bem-comportada, refletindo os impactos defasados das quedas das commodities e do dólar na inflação de bens industriais”.

“Contudo, vemos esse cenário já refletido nos preços de mercado e estamos atualmente sem posições em juros locais”, comunicou.

A Kinea pontuou que não vê o processo de desinflação como duradouro, “nem apostamos na convergência da inflação para a meta no médio prazo”.

“Em 2025, teremos mudança de presidente do Banco Central, e a isso está associado o risco de termos um BC mais tolerante com a inflação, haja vista a defesa frequente de Lula de termos uma inflação praticada maior do que àquela meta definida pelo CMN”, escreveu.

A BlackRock, maior gestora do mundo, com US$ 9 trilhões sob gestão, avalia que o Brasil “já não é mais o de antigamente”. 

“O país provou ser mais resiliente. Basta ver os números de atividade do Brasil. Esse é um dos motivos de nossa preferência por economias emergentes.”

Outro ponto destacado é o momento do ciclo monetário em relação às economias desenvolvidas, que seguem elevando suas taxas de juros. A gestora esperava que a queda de juros viesse apenas em setembro no Brasil, mas após a ata do Copom de junho, antecipou sua projeção para agosto.

Você leu sobre como as gestoras enxergam o Brasil.

Aprenda a investir com os melhores! Clique aqui e se inscreva na Money Week – evento online e gratuito.