Com grande potencial de mercado, a indústria de Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagros) deve mais que dobrar em 2023.
Por estarem diretamente ligados ao agronegócio, investir em Fiagro é uma possibilidade com grande potencial de crescimento. Basta lembrar que o setor responde por quase 1/3 do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Além disso, o agronegócio está demandando mais recursos do que as tradicionais fontes de crédito bancário e governamental conseguem suprir, o que deve aumentar a quantidade de ofertas.
E o investimento tem ainda apelo junto ao investidor pessoa física, por ter rendimentos isentos de Imposto de Renda, além do atrativo dos dividendos.
Quem afirma é André Ito, sócio-fundador e gestor da MAV Capital, um dos nomes confirmados no FII Summit, evento online e gratuito que a EQI Investimentos promove dias 30 e 31 de maio. Para participar, basta fazer sua inscrição aqui!
“A expectativa da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é que até 2028 o patrimônio líquido dos Fiagros alcance a cifra de R$ 100 bilhões. Essa previsão tem como base a rápida evolução desse tipo de fundo, que entrou no mercado em agosto de 2021 e, em janeiro de 2022, já contava com 30 mil investidores pessoas físicas. Segundo dados da B3, em março deste ano, o número de investidores pessoas físicas atingiu 238 mil”, afirma.
André Ito tem mais de 20 anos de experiência no mercado financeiro. Formado em Administração de Empresas pela Universidade de São Paulo, foi sócio responsável pelo time de Structured Finance e DCM na XP Investimentos, atuou em Investment Banking no BTG Pactual e como superintendente comercial dos bancos Pine e Pan. Além disso, foi sócio responsável pelo Corporate Desk do Banco BBM.
Conversamos com ele sobre o mercado e as vantagens de investir em Fiagro. Confira.

Investir em Fiagro: André Ito e as perspectivas para o ativo
Por que o investidor deve estar atento aos Fiagros neste momento?
Os Fiagros vêm se consolidando nas carteiras das pessoas físicas. Em 2022, o patrimônio líquido destes fundos cresceu 544%, atingindo R$ 10,34 bilhões.
O momento do mercado é positivo e esperamos que a indústria de Fiagros mais que dobre em 2023, pois seu tamanho ainda é pequeno diante do potencial de mercado.
O investimento em Fiagro se torna interessante como uma forma de diversificação por parte das pessoas físicas, que desejam alocar parte de seu patrimônio em um setor mais resiliente a crises.
Além disso, pessoas físicas estão isentas de Imposto de Renda (IR) sobre os rendimentos, desde que as cotas do Fiagro sejam admitidas em bolsa de valores ou no mercado de balcão organizado e o fundo escolhido possua no mínimo 50 investidores.
Um outro ponto importante, embora no Fiagro a distribuição de rendimentos não seja obrigatória, os gestores têm todo o interesse em distribuir os rendimentos com recorrência. É uma aplicação de longo prazo que irá perseguir o pagamento de rendimentos.
Qual a relevância do agro no mercado de capitais?
O agronegócio corresponde a cerca de 27% do PIB brasileiro e ainda é sub representado nas carteiras de investimentos. Há um caminho longo a ser trilhado com as alternativas de financiamento que se abriram recentemente para o setor, que por um longo tempo permaneceu dependente do crédito bancário e do governo. Até porque as linhas tradicionais de crédito têm crescido aquém das necessidades de capital de giro e de investimentos do setor.
Não à toa, o mercado tem registrado crescimento forte do volume de recursos via instrumentos que passam pela desintermediação bancária e a tendência veio para ficar.
Os instrumentos de securitização relacionados ao agro se destacam em crescimento, principalmente quando falamos de pessoas físicas. As captações de CRAs e CRIs (Certificados de Recebíveis Agrícolas e Imobiliários) atingiram R$ 1,9 bilhões em abril deste ano, segundo a Anbima. No acumulado do ano, cerca de 61,5% do volume captado por CRA foram destinados a pessoas físicas.
Já os Fiagros são uma forma nova de captação para boas companhias com faturamento de até R$ 1 bilhão, consideradas pequenas para acessarem o mercado de capitais diretamente.
Desde agosto de 2021, quando os Fiagros começaram a ser comercializados, o total de emissões ultrapassa R$ 12,3 bilhões, segundo a Anbima, o que demonstra que ainda há um longo caminho de crescimento.
A expectativa da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é que até 2028 o patrimônio líquido dos Fiagros alcance a cifra de R$ 100 bilhões. Essa previsão tem como base a rápida evolução desse tipo de fundo, que entrou no mercado em agosto de 2021 e, em janeiro de 2022, já contava com 30 mil investidores pessoas físicas. Segundo dados da B3, em março deste ano, o número de investidores pessoas físicas atingiu 238 mil.
O Fiagro é um investimento para qual tipo de investidor?
O Fiagro é um investimento para qualquer tipo de investidor que queira diversificar a carteira com visão no longo prazo, pois o investidor só colhe os frutos se mantiver os recursos alocados por um bom período.
Seu grande diferencial de outros ativos do mesmo setor é a diversificação. No Fiagro, o gestor tem a capacidade de pulverizar os recursos em diferentes ativos, com diferentes riscos, minimizando a probabilidade de perda ao investir. O percentual da carteira alocado em um Fiagro é que dependerá do perfil e da liquidez do investidor.
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Fiagros dominam as ofertas públicas
Desde agosto de 2021, quando os Fiagros começaram a ser comercializados, o total de emissões ultrapassa R$ 12,3 bilhões. O patrimônio líquido também apresenta alta. O acumulado em abril chegou a R$ 12,6 bilhões.
Segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), os Fiagros tiveram no mês de abril a maior captação líquida mensal de 2023, com as aplicações superando os resgates em R$ 658,2 milhões. No acumulado do ano, o saldo positivo supera R$ 1 bilhão.
“Os Fiagros FII, focados em ativos imobiliários, têm se destacado desde o fim de 2022. Em abril, eles também dominaram as ofertas públicas”, afirma Sergio Cutolo, vice-presidente da Anbima.
Outro dado interessante do levantamento da Anbima: 98,3% das ofertas de abril foram dirigidas a pessoas físicas – público que enxerga nesse tipo de ativo as vantagens da isenção de imposto de renda e do recebimento de renda passiva via dividendos, como apontou André Ito.
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