O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou um memorando que impõe novas sanções ao Irã. O documento determina que o Departamento do Tesouro dos EUA adote novas restrições para reduzir a zero as exportações de petróleo iranianas.
Após a imposição de novas sanções contra os iranianos, Trump afirmou, na última quarta-feira (5), que deseja negociar um novo acordo com o país asiático para melhorar as relações bilaterais entre eles, mas com uma condição: Teerão não poderá desenvolver uma arma nuclear.
“Eu digo isso ao Irã, que está ouvindo atentamente: eu adoraria ser capaz de fazer um grande acordo. Um acordo que permita que vocês sigam com suas vidas“, declarou Trump a jornalistas em Washington, segundo a agência Reuters.
Mesmo com o endurecimento da postura, Trump deixou aberta a possibilidade de um diálogo com Teerã. “Eles não podem ter uma coisa: uma arma nuclear. Se eu achar que eles estão caminhando para isso, será muito ruim para eles“, alertou.
Críticas à administração Biden e tensões regionais
Trump criticou a administração anterior de Joe Biden por não aplicar sanções de forma rigorosa, o que, segundo ele, permitiu que o Irã financiasse um programa nuclear e milícias armadas no Oriente Médio.
O Irã nega que esteja desenvolvendo uma arma nuclear, mas seu programa de enriquecimento de urânio avançou nos últimos meses. Em dezembro, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) relatou que Teerã estava enriquecendo urânio a 60% de pureza, próximo do nível necessário para armamento (90%).
A decisão de Trump reacende tensões na região e pode impactar o mercado de petróleo.
Enquanto aliados dos EUA no Oriente Médio, como Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, têm capacidade para compensar a redução da oferta iraniana, a China, maior compradora do petróleo do Irã, mantém um sistema de comércio paralelo que evita o uso do dólar e as sanções norte-americanas.
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