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Peso argentino ultrapassa a marca de 1 mil pesos por dólar pela primeira vez; entenda o contexto

Peso argentino ultrapassa a marca de 1 mil pesos por dólar pela primeira vez; entenda o contexto

O peso argentino ultrapassou pela primeira vez a marca de 1 mil pesos por dólar na taxa de câmbio oficial nesta terça-feira (19). A moeda argentina iniciou o dia em queda de 0,35%, sendo negociada a 1.002,5 pesos por dólar, após o feriado bancário de segunda-feira (18). 

Essa desvalorização foi consequência de uma estratégia regulatória do Banco Central da Argentina, que permite um enfraquecimento controlado de cerca de 2% ao mês.

Desde que o presidente Javier Milei assumiu o cargo, em dezembro de 2023, o Banco Central acumulou um saldo comprador de US$ 20,237 bilhões em reservas, segundo dados da Reuters. Essa política busca mitigar os impactos de uma economia que ainda enfrenta altos níveis de inflação, déficits fiscais persistentes (embora tenha reduzido significativamente os gastos) e incertezas regulatórias, que ainda enfrentam resistências dos movimentos populares argentinos.

A desvalorização acentuada do peso é reflexo também da forte valorização do dólar em 2024. Até agora, a moeda norte-americana subiu 23,60% frente ao peso. No acumulado dos últimos 12 meses, a depreciação argentina ultrapassou 42%.

Às 12h05 (horário de Brasília), o dólar operava com uma alta de 0,37% sobre o peso argentino.

Dólar x Peso argentino
Google Finance

Peso argentino: histórico recente de disparadas cambiais

O marco atual é mais um capítulo na trajetória de desvalorização da moeda argentina. Em dezembro de 2023, poucos dias após Milei assumir a presidência, o peso sofreu uma desvalorização abrupta de cerca de 54% em um único dia, resultando em um aumento de 118% na cotação oficial do dólar. Essa foi a terceira maior alta diária da história cambial da Argentina.

As medidas adotadas pelo governo incluíram:

  • Eliminação de restrições ao comércio exterior;
  • Reformas regulatórias;
  • Ajustes fiscais para enfrentar déficits e desequilíbrios econômicos.

Embora o governo argumente que essas ações são essenciais para a liberalização econômica, o impacto imediato foi um aumento significativo da inflação e da volatilidade cambial, ampliando o desafio para os argentinos.

Comparação com outras moedas

Assim como o peso argentino, outras moedas emergentes têm enfrentado pressões em 2024 devido à valorização do dólar. O real brasileiro, por exemplo, desvalorizou 19,78% frente ao dólar no mesmo período. 

Na comparação com o real brasileiro, o peso argentino também tem registrado perdas expressivas. Desde o início de 2024, o peso desvalorizou 3,88% frente à moeda brasileira. No acumulado de 12 meses, a queda é ainda mais acentuada, com o real sendo negociado a um valor 16,07% mais caro que o peso.

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