O Ibovespa hoje (8) fechou em alta de 0,52%, aos 158.187 pontos, variando entre 157.369 e 159.235 pontos, recuperando parte das perdas da sexta-feira (5). O giro financeiro do dia foi de R$ 26,9 bilhões.
O pregão foi marcado por ajuste de preços depois da forte realização provocada, na sexta, pela notícia de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) indicou o filho Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como seu pré-candidato à Presidência em 2026. Na sessão anterior, o Ibovespa desabou 4,31%, maior queda em quase cinco anos, interrompendo a sequência de máximas históricas.
A reprecificação dos ativos ocorre em meio a sinais de que o movimento político pode ter caráter tático. Em entrevista à TV Record no domingo, Flávio afirmou que poderia abrir mão da disputa em troca da aprovação de uma anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro, o que foi lido por parte do mercado como tentativa de reposicionar o bolsonarismo no xadrez eleitoral.
No mercado de apostas, esse rearranjo também aparece. Dados da plataforma Polymarket mostram queda da probabilidade de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de 52% para 48%. As chances do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) — preferido dos investidores — voltaram a subir, depois de terem recuado fortemente na sexta, enquanto a probabilidade de vitória de Flávio gira em torno de 10%.
Na bolsa, o alívio se traduziu em altas de grandes bancos, varejistas, Petrobras (PETR3; PETR4) e Vale (VALE3). Papéis ligados ao consumo e à economia doméstica, que haviam liderado as perdas no pregão anterior, figuram entre as principais altas do dia. O índice de fundos imobiliários (Ifix) também avança, em torno de 0,2%.
Do lado dos fundamentos, o Boletim Focus divulgado pela manhã trouxe revisão para cima das projeções de crescimento do PIB entre 2025 e 2027 e leve redução das expectativas de inflação para 2025 e 2026. Em contrapartida, o mercado voltou a elevar a estimativa para a Selic em 2026, de 12% para 12,25% ao ano, sugerindo que a ancoragem fiscal segue no radar dos investidores.
Entre as notícias corporativas, chamaram atenção as fortes altas de IRB (IRBR3), após elevação de recomendação pelo JPMorgan, e o dia positivo para varejistas como Lojas Renner (LREN3), que realiza evento com investidores e atualizou projeções de crescimento até 2030. No campo de infraestrutura, Copasa (CSMG3) avança com a perspectiva de privatização após novo passo em direção à renovação da concessão em Belo Horizonte.
Exterior: Fed, dados da China e commodities no radar
Lá fora, a semana começou com os mercados em compasso de espera pela decisão de política monetária do Federal Reserve, na quarta-feira (10). A aposta majoritária é de um novo corte de 0,25 ponto percentual nos juros americanos, mantendo a taxa entre 3,75% e 4% ao ano.
Em Nova York, os mercados fecharam em baixa. O Dow Jones recuou 0,45%, aos 47.739 pontos; o S&P 500 tombou 0,35%, aos 6.846 pontos; já o Nasdaq caiu 0,14%, aos 23.545 pontos.
Já no Japão, o PIB do terceiro trimestre recuou 2,3% em termos anualizados, sinalizando fragilidade da atividade, mas sem alterar, por ora, as apostas de que o Banco do Japão poderá elevar juros em dezembro.
No mercado de commodities, o petróleo recuou, pressionado por preocupações com excesso de oferta e incertezas em torno da demanda, enquanto o minério de ferro registra queda na Bolsa de Dalian, refletindo expectativas de menor estímulo da China.
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O que é o Ibovespa hoje?
O Ibovespa (Índice Bovespa) é o principal indicador do desempenho das ações negociadas na Bolsa de Valores do Brasil, atualmente chamada B3 (Brasil, Bolsa, Balcão). Ele funciona como um termômetro do mercado acionário brasileiro, mostrando se, em média, as ações das principais empresas do país estão subindo ou caindo.
Como o Ibovespa funciona?
Imagine o Ibovespa como uma cesta de ações: ele é composto por uma seleção das ações mais negociadas e com maior representatividade no mercado. Essa cesta é revista a cada quatro meses, e podem entrar ou sair ações, dependendo do volume de negócios e da relevância de cada empresa.
Atualmente, o índice inclui ações de grandes empresas brasileiras, como Petrobras, Vale, Itaú, Ambev, entre outras. Cada ação dentro do Ibovespa tem um peso diferente, de acordo com seu volume de negociação e valor de mercado. Isso significa que uma alta nas ações da Petrobras, por exemplo, pode impactar mais o índice do que uma alta em uma empresa menor.
Para que serve o Ibovespa?
O Ibovespa é utilizado por investidores, analistas e gestores como um ponto de referência (benchmark) para avaliar o desempenho de investimentos em ações no Brasil. Ele também serve como um indicador da confiança dos investidores na economia brasileira: quando o índice sobe, geralmente é sinal de otimismo; quando cai, indica maior pessimismo ou incerteza.
Importante saber:
- O Ibovespa não é uma empresa nem uma ação específica – é um índice, ou seja, uma medida.
- Ele reflete tendências, mas não garante resultados futuros.
- Seu valor é expresso em pontos, e esses pontos representam a soma ponderada dos preços das ações que compõem o índice.
Exemplo simples:
Se hoje o Ibovespa está em 120 mil pontos, e amanhã ele vai para 122 mil pontos, isso significa que, em média, as ações das principais empresas da bolsa valorizaram cerca de 1,67%.
Ou seja, o Ibovespa é uma ferramenta essencial para quem acompanha o mercado financeiro brasileiro. Mesmo que você ainda não invista em ações, entender o que ele representa ajuda a interpretar melhor as notícias econômicas e a evolução da economia do país.
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