Como retaliação à invasão russa à Ucrânia, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou no sábado (26) que alguns bancos russos foram excluídos do sistema global de pagamentos, o Swift.
Swift é a sigla para Sociedade de Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais (Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication).
Em resumo, é um sistema criado em 1973 para permitir a troca de moeda entre diferentes países de forma rápida e segura.
Trata-se de uma empresa independente com sede na Bélgica que atua como um sistema de mensagens interno entre mais de 11 mil bancos e instituições financeiras em mais de 200 países e territórios.
Ele é o sistema mais usado pelos bancos para transferências internacionais.
Ou seja: a exclusão da Rússia do Swift deve impactar fortemente a economia, dificultando o fluxo internacional de dinheiro e o comércio exterior do país.
“Isso garantirá que esses bancos sejam desconectados do sistema financeiro internacional, prejudicando sua capacidade de operar globalmente”, escreveram as potências globais (EUA, Canadá e aliados europeus) em um comunicado conjunto anunciando a significativa medida de retaliação.
Segundo a Associação Nacional Russa do Swift, a Rússia tem o segundo maior número de usuários do Swift, atrás apenas dos Estados Unidos. São aproximadamente 300 bancos no sistema de pagamentos.
Medida semelhante foi adotada com o Irã, 2014, quando o país foi removido do sistema Swift após o avanço do programa nuclear de Teerã.
“Qualquer decisão de impor sanções a países ou entidades individuais cabe exclusivamente aos órgãos governamentais competentes e aos legisladores aplicáveis”, disse a empresa Swift em comunicado. “Sendo constituída sob a lei belga, nossa obrigação é cumprir com a regulamentação da UE e da Bélgica relacionada”, afirmou, segundo nota divulgada pela CNBC.
