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KNUQ11: vale entrar na emissão?

KNUQ11: vale entrar na emissão?

A Kinea, maior gestora de fundos imobiliários de papel do Brasil, acaba de anunciar a 4ª emissão de cotas do Kinea Unique (KNUQ11), fundo de perfil mais agressivo da casa quando se trata de crédito indexado ao CDI.

A nova oferta busca captar R$ 500 milhões e chega ao mercado com condições vantajosas, tanto no preço quanto na estratégia de alocação, atraindo atenção de investidores que querem aproveitar o atual cenário de juros elevados no país.

Segundo Carolina Borges, analista de fundos imobiliários da EQI Research, a emissão representa uma entrada bastante interessante: “a oferta está sendo feita com 1,5% de desconto em relação ao preço de mercado, o que equivale, na prática, a mais de um mês de proventos antecipados. É uma porta de entrada rara e interessante para um fundo que costuma negociar acima do valor patrimonial.”

O que é o KNUQ11?

Lançado pela Kinea com foco em operações estruturadas de crédito imobiliário, o $KNUQ11 tem se destacado por oferecer retornos superiores ao CDI. A estratégia do fundo busca capturar prêmios mais elevados por meio de investimentos em operações com maior complexidade, mas com risco controlado pela experiência da gestora.

Atualmente, sua carteira é composta em 97,5% por CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), com remuneração média de CDI + 4,96% ao ano. O foco está no setor residencial, com ênfase no financiamento a construtoras durante a fase de desenvolvimento dos empreendimentos e na aquisição de carteiras de crédito imobiliário originadas por essas empresas.

Desde seu início, o fundo entregou entre 117% e 127% do CDI em proventos, com baixa volatilidade e sem registro de inadimplência. A distribuição mensal, inclusive, tem se mantido estável e crescente, com dividend yield (DY) que já ultrapassou os 1,40% ao mês em 2025.

Detalhes da nova emissão

A nova rodada de captação será realizada com preço de emissão a R$ 101,26, acrescido de custos de distribuição, resultando em preço final de subscrição de R$ 103,08. Isso representa um desconto relevante frente ao valor de mercado, que vem negociando com um P/VP médio de 1,03x. O valor mínimo para investimento é de R$ 1.030,80, equivalente a 10 cotas.

Os recursos levantados devem ser destinados à ampliação da carteira de CRIs residenciais, com taxa média esperada de CDI + 4,65% ao ano. Além disso, está prevista a liquidação de R$ 115 milhões em operações compromissadas, o que deve eliminar a alavancagem atual do fundo.

Carolina Borges explica que a medida é estratégica, pois “a recompra das operações compromissadas trará alívio nas despesas financeiras e melhora na eficiência da carteira, sem abrir mão da rentabilidade projetada.”

Projeções de retorno e sensibilidade aos juros

Com base em diferentes cenários de CDI, o relatório da EQI projeta que o KNUQ11 poderá entregar retornos anuais entre 15,2% e 18,1%, mesmo já descontando despesas operacionais e considerando a distribuição de 95% do resultado.

Essa performance se dá, em grande parte, pelo perfil mais alongado dos papéis, cujo prazo médio deverá subir de 2,6 para até 4,5 anos após a nova alocação. Isso torna o fundo mais sensível às variações na curva de juros futura: uma eventual queda dos juros tende a valorizar as cotas do fundo, enquanto uma alta pode pressionar negativamente o valor patrimonial.

Apesar disso, Carolina Borges pondera que a gestão da Kinea é um diferencial importante, já que “mesmo com maior duration, a gestão criteriosa da Kinea — com diligências rigorosas e histórico de estruturação de crédito — oferece segurança adicional para o cotista que busca retorno acima da média.”

Oportunidade para o investidor que busca prêmio no CDI

A emissão do KNUQ11 combina três aspectos raros no atual mercado de fundos imobiliários: desconto frente ao valor de mercado, histórico consistente de proventos acima do CDI e um portfólio com risco bem calibrado, sob uma gestão experiente e reconhecida.

A oferta abre em 24 de julho com período de preferência até 5 de agosto e encerramento da subscrição em 22 de agosto, sem sobras ou montante adicional previsto. Para quem busca diversificação com alto retorno em um ambiente de juros ainda elevados, segundo a analista, o momento parece oportuno.