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Indústria de FIIs entra em fase de consolidação, apontam especialistas na Money Week 2025

Indústria de FIIs entra em fase de consolidação, apontam especialistas na Money Week 2025

Durante um painel realizado na Money Week 2025, evento de investimentos e educação financeira promovido pela EQI Investimentos nesta sexta-feira (1), especialistas do setor discutiram os desafios e as transformações da indústria de fundos imobiliários (FIIs) diante de um cenário de juros elevados.

A conversa foi mediada por Carolina Borges, head da EQI Research, e contou com a participação de nomes relevantes do mercado, que compartilharam suas visões sobre o momento atual e as perspectivas para o setor.

Money Week 2025: Especialistas apontam consolidação da indústria de FIIs

Borges destacou que a alta dos juros impacta diretamente as estratégias dos fundos, uma vez que a renda fixa se torna mais atrativa ao investidor pessoa física. Esse movimento tende a pressionar os gestores de FIIs a buscarem alternativas que preservem a atratividade da classe de ativos no médio e longo prazo.

Para Rodrigo Abudd, sócio de Real Estate da Pátria Investimentos, o setor passa por um momento de transição. “Estamos vivendo uma terceira fase da indústria: a fase da consolidação. Ainda há grande presença do investidor pessoa física, mas esse perfil vem perdendo espaço gradualmente”, explicou. Segundo ele, a tendência é de amadurecimento e sofisticação dos fundos, com maior participação institucional.

Shoppings: crescimento orgânico e necessidade de capital barato

Um dos segmentos mais populares entre os investidores de FIIs, os shoppings centers, também foi tema de destaque no painel. Felipe Gaiad, managing director da HSI, apontou que o setor deve continuar crescendo no curto prazo, principalmente de forma orgânica.

“Vimos uma recuperação importante, impulsionada pelo aumento do consumo. A vacância está em queda, o que pressiona os preços e abre espaço para expansão. Mas, para manter o ritmo, será necessário um custo de capital mais baixo”, afirmou.

Fundos multiestratégia ganham protagonismo

Na visão de Gabriel Barbosa, sócio e diretor de gestão e RI da TRX, os fundos multiestratégia têm papel central no atual momento da indústria. Ele destacou o TRXF11 como exemplo: “É nosso único fundo de tijolo e já tem um grau de maturidade elevado. Por isso, buscamos novas alternativas que aumentem a diversificação e posicionem o fundo na vanguarda do movimento de consolidação”.

Barbosa reforçou a importância de uma gestão atenta: “Concordamos com a tese do Abudd: os fundos precisam ser maiores e mais diversificados. Como gestora focada exclusivamente em FIIs, a TRX está comprometida com essa transformação que a indústria está vivendo. Todo gestor precisa estar atento”.

Ele acrescentou que os fundos imobiliários devem ganhar ainda mais espaço nas carteiras dos investidores nos próximos anos.

Perspectivas para hedge funds e pessoa física

Samuel Pereira, sócio-fundador da Manati, também abordou os impactos dos juros altos, especialmente sobre o comportamento da pessoa física. “Esse investidor quer previsibilidade e renda. Como ainda é ele quem movimenta a maior parte do mercado, precisamos pensar em produtos que ofereçam estabilidade, mas também estejam preparados para capturar oportunidades no retorno do ciclo de baixa de juros”, disse.

Para Pereira, os fundos multiestratégia são os mais indicados neste momento. “Eles permitem alocações em diferentes setores e trazem mais flexibilidade para lidar com a incerteza. Mais do que olhar apenas para o dividendo, é essencial considerar o custo de oportunidade e montar carteiras com visão de médio e longo prazo.”

O papel do gestor: antecipar movimentos

Encerrando o painel, Rodrigo Abudd reforçou o papel dos gestores em momentos desafiadores como o atual, marcado por juros elevados e maior seletividade por parte dos investidores.

“Nosso trabalho é identificar e se posicionar para oportunidades que surgem nesses ciclos. Mesmo em cenários de juros altos, é possível realizar movimentos estratégicos pensando no retorno quando o mercado mudar”, afirmou.

Ele destacou que, mais do que reagir ao ambiente macroeconômico, os gestores precisam atuar de forma proativa, buscando ativos resilientes, com bom potencial de valorização e geração de renda. ar a ceder”, completou.