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BTG Pactual (BPAC11) expande operação em Portugal de olho no brasileiro de alta renda

BTG Pactual (BPAC11) expande operação em Portugal de olho no brasileiro de alta renda

O BTG Pactual (BPAC11) está expandindo sua operação em Portugal de olho no brasileiro que tem migrado para a terra de Camões.

O banco de investimentos já se deu conta de que os brasileiros que possuem cidadania portuguesa, algo próximo a 400 mil pessoas, pertencem a um público tido como “qualificado”.

Ou seja, são brasileiros com alto – ou altíssimo – poder aquisitivo e que aterrissaram em terras lusitanas por razões distintas, desde o desejo de vivenciar uma experiência internacional, até por conta da insegurança pública vivida no Brasil.

Também para estudar ou empreender, visto que Portugal é considerada a porta de entrada para o restante da Europa, em especial a União Europeia.

Outro ponto de atenção diz respeito aos brasileiros que não possuem cidadania, mas vivem de maneira regular no país, ou seja, possuem autorização de residência. São cerca de 252 mil, volume considerado recorde.

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Agora, se juntar a esse “pacote” os que ainda não receberam a autorização de residência, mas estão em processo de espera e já vivendo em Portugal, o volume pode mais que dobrar.

Os dados são do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), órgão responsável por fiscalizar, bem como receber e analisar as documentações destes imigrantes.

Imagem mostra a praça do comércio, uma das principais atrações de Portugal.

Portugal está na moda

A atratividade de Portugal para os endinheirados brasileiros é tamanha que até mesmo aqueles que um dia foram para os Estados Unidos e conseguiram alguma estabilidade por lá começam a investir no país da península ibérica.

Levantamento do Banco de Portugal mostra que os brasileiros estão entre os que mais compram imóveis no país. A instituição afirma que estrangeiros não residentes (não necessariamente brasileiros) já representam 11,7% das vendas e gastam mais 95% que a população local.

Esse volume diz respeito ao acumulado dos quatro trimestres terminados em junho e publicados no Relatório de Estabilidade Financeira de novembro.

A pesquisa mapeou, porém, que boa parte dos interessados em adquirir residência em Portugal provém do Brasil, ou de brasileiros que residem nos EUA.

Para satisfazer esse desejo de consumo, bem como atender melhor este público, as imobiliárias locais estão organizando nichos exclusivos para a comunidade brasileira.

Há contratação de corretores brasileiros que vão morar em Portugal, bem como formação de novos corretores a partir da contratação de brasileiros que já residem no país.

A movimentação até parece uma força tarefa, mas, a bem da verdade, é que o mercado de imóveis português visualizou muito tempo atrás a força dos consumidores oriundos do Brasil.

Não à toa, em Nova York (EUA), principal cidade capitalista do mundo, há uma rua chamada Little Brazil (Pequeno Brasil), uma alusão aos visitantes que deixam grandes quantias de dinheiro nos hotéis, restaurantes, bares, teatros e boates da “Grande Maçã”.

Mais ao sul, na ensolarada Miami (EUA), as lojas de departamentos se obrigam a ter funcionários fluentes em português, o que abre espaço de trabalho para os brasileiros que lá residem.

É interessante notar, inclusive, que tanto em Orlando quanto em Miami, duas das principais cidades da Flórida (Sul dos EUA), é mais comum ouvir o espanhol, por conta do volume de imigrantes latinos, e agora o português, por conta dos brasileiros, do que o próprio inglês.

Se no passado essa “diáspora” era malvista pelos norte-americanos, hoje já não é bem assim, desde que essa parcela de gente acesse o mercado dos EUA de maneira correta, cujo visto é o principal mecanismo de entrada.

A mudança está justamente no impulsionamento econômico que os latinos, incluindo os brasileiros, dão à economia do país. Desde a força de trabalho para quem lá reside até o volume de consumo para os visitantes. E é isso o que Portugal também quer para si.

Imagem mostra tese de investimentos do BTG em Portugal.

Investimento estrangeiro direto: top 10

Em se tratando de investimento estrangeiro direto, o ranking mais atual, organizado pelo Banco de Portugal, fica assim:

  • Espanha, com 23,6 bilhões de euros;
  • França, com 17,1 bilhões de euros;
  • Reino Unido, com 13,3 bilhões de euros;
  • China, com 10,6 bilhões de euros
  • Países Baixos, com 8,7 bilhões de euros;
  • Alemanha, com 7,6 bilhões de euros;
  • Estados Unidos, com 7,1 bilhões de euros;
  • Brasil, com cinco bilhões de euros;
  • Luxemburgo, com 4,3 bilhões de euros.

O Brasil, que ocupa a oitava posição, investe 5 bilhões de euros em Portugal, o que corresponde a R$ 27,477 bilhões, conforme cotação do dia 30 de novembro de 2022.

Imagem mostra tese de investimentos do BTG em Portugal.

Movimentos do BTG em terras lusitanas

O BTG Pactual está instalado em Portugal desde meados de 2020 e já conta com R$ 15 bilhões em ativos sob gestão.

Seu movimento mais recente, voltado aos negócios que pretende fomentar no país, diz respeito à associação que promoveu com o empresário Renato Rique, fundador da Aliansce Sonae Shopping Centers, para atuar no mercado de shoppings de Portugal.

Antes disso, em abril deste ano, havia anunciado a compra de um hotel em Estoril, na cidade de Cascais, distante 40 minutos da capital Lisboa. O lugar é considerado o mais buscado pelos europeus endinheirados na hora de adquirir um imóvel.

Isso porque Cascais conta com belíssimas praias – apesar de suas águas frias, bem como uma excelente rede hoteleira e um paisagismo urbano refinado, mas tipicamente português, o que confere um charme extra à cidade.

Outro ponto de atração é que Estoril conta com um cassino e também um autódromo onde ocorrem eventos frequentes de altíssimo nível voltado a um público extremamente qualificado.

Em relação à parceria com Rique, trata-se de uma sociedade meio a meio, e haverá o lançamento de um fundo para investimento em shoppings na península ibérica.

Ou seja, o investidor brasileiro que quiser diversificar sua renda poderá, agora, adquirir uma cota do referido fundo para obter remuneração recorrente e, além disso, passar a deter uma fração de um hotel em alguns dos lugares mais bem frequentados do planeta.

Para acelerar o empreendimento, o BTG pretende captar R$ 400 milhões e reinvestir R$ 700 milhões nessa primeira fase. O banco de investimentos deverá fazer, na prática, várias safras de fundos, movimento que beneficia ainda mais o investidor.

Um dos retornos seria a possibilidade de obtenção do visto Golden Visa para investidor, além de uma expectativa de retorno de 15% ao ano líquido para o cotista.

O BTG já conta com 18 funcionários em Portugal, e a equipe deve crescer no continente europeu à medida que suas operações crescem. Se Miami é a Meca dos brasileiros endinheirados, Portugal é Medina.

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