Assista a Money Week
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Economia
Notícias
FOMC: BTG (BPAC11) prevê alta de 0,75 ponto nos juros dos EUA

FOMC: BTG (BPAC11) prevê alta de 0,75 ponto nos juros dos EUA

O FOMC deve optar por uma alta de 0,75 ponto percentual na reunião desta quarta-feira (26). É o que prevê projeção do BTG Pactual (BPAC11). O banco de investimentos não vê espaço para suavizar o tom neste momento de alta inflação nos Estados Unidos.

Segundo o banco de investimentos embora reconheça acomodação da atividade econômica, entende que o combate à inflação continua como objetivo principal e não vê espaço para mudança de tom. Dessa forma, prevê o aumento de 0,75 ponto dentro do tom hawkish, que poderá ser seguida pelo discurso do presidente do FED, Jerome Powell.

O BTG trabalha com o seguinte cenário para o restante do ano – setembro:+0,5 ponto; novembro: +0,5 ponto; e dezembro: +0,25 ponto, levando a taxa para o intervalo entre 3,50% e 3,75%. Embora aposte em uma elevação de 0,5 ponto, o banco ainda vê espaço para elevação mais forte, de 0,75 ponto em setembro.

FOMC: movimento de alta já teria sido antecipado por membros do comitê

Sobre a subida forte dos juros, o BTG salienta que esse movimento já foi vocalizado por diversos membros do comitê desde a última surpresa com os dados de inflação (CPI em 1,3%, ante expectativa de 1,10%).

“A possibilidade de uma elevação de 1 ponto chegou a ganhar força após tal divulgação, mas a acomodação dos dados de expectativa (Universidade de Michigan), bem como as implícitas de mercado (swap de inflação 5y5y, breakeven de 10 anos), suportam a manutenção do ritmo em 0,75 ponto”, diz trecho do relatório.

Publicidade
Publicidade

Efeitos de mercado

De acordo com o relatório, em termos de ativo, espera-se a continuidade de um suporte para um Dólar Global (DXY) forte nos próximos meses, sobretudo pelo carrego mais elevado que o Euro e também pela aversão ao risco global.

Além disso, a continuidade do fluxo para ativos de renda fixa, em especial de longa duration (juros longo) bem como um maior posicionamento em ativos defensivos e um vento desfavorável para ativos cíclicos, caso da classe de commodities – com exeção daquelas ligadas ao mercado de energia (petróleo, gás natural e carvão).

“A decisão em si não deve surpreender o mercado, mas a comunicação que será dada sobre os próximos passos confere maior grau de incerteza”, completa o BTG sobre a decisão do FOMC.

Tá, e aí?Stephan Kautz, economista chefe da EQI Asset

Para Stephan Kautz, economista chefe da EQI Asset, será importante acompanhar a comunicação a ser feita pelo FED e as projeções para os próximos meses. Isto porque a autoridade monetária tem sido levada a reboque da inflação.

“Vai depender um bocado da inflação, se o comitê vai querer desacelerar na próxima reunião ou vai deixar em aberta a possibilidade de fazer mais um aumento de 75 bps”, explicou ele.

Por isso, ele diz que o comunicado do FOMC será importante porque será fundamental ver como serão as projeções de inflação para 2023. “Para este ano, com certeza, terá de ser revisto para cima e teremos de ver que efeito terá na projeção de 2023, dado que a projeção do PIB – Produto Interno Bruto – deverá ser revisada para baixo”, completou.

Ao menos, o economista chefe da EQI Asset vislumbrou uma boa perspectiva pela frente. Ele aponta que o CPI – índice principal de inflação norte-americana – deverá ser revista para baixo. Isto porque os preços da gasolina, que é um item importante no núcleo da inflação, deverá cair, empurrando o índice todo para baixo.

Quer saber mais sobre o FOMC e como investir melhor? Preencha o cadastro que um assessor da EQI Investimentos irá entrar em contato.