Assista a Money Week
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Notícias
FII: taxação de Fundos Imobiliários ainda terá longo caminho de debates

FII: taxação de Fundos Imobiliários ainda terá longo caminho de debates

Com o anúncio da segunda fase da reforma tributária, além dos investidores da bolsa, detentores de outra classe de ativos ficaram em polvorosa: a de fundos imobiliários (FII).

Isso porque o governo propôs, adicionalmente à tributação de dividendos em 20%, a intenção de acabar com a isenção sobre rendimentos pagos a pessoas físicas no caso de FII, com cotas listadas em bolsa a partir do ano que vem.

A consequência do anúncio foi uma grande pressão de vendas nas cotas de FII na B3, com o índice IFIX recuando 2,02%, encerrando aos 2725,08 pontos.

Veja o desempenho do IFIX na sexta-feira:

Publicidade
Publicidade

Entretanto, como pontua Elias Wiggers, assessor de investimentos da EQI, por enquanto, o texto apresentado trata-se apenas de uma proposta preliminar.

“É preciso entender que nesse primeiro momento, a proposta é preliminar. Não se tem muitas informações. E como proposta inicial, não sabemos sequer se ela vai ser aprovada da forma como está. Se aprovada, não temos ideia de quando vai ser implementada, quando passa a valer. Isso pode levar um ano ou dois”, disse.

De acordo com a Arko Advice, o Congresso ainda deve ajustar diversos pontos da reforma que foi enviada pelo governo.

Na avaliação de líderes ouvidos pela Arko, “há um claro aumento de impostos, o que gera desconforto no Congresso Nacional.”

Wiggers aconselha cautela na hora de tomar decisões baseadas na proposta, pois, neste momento, seria precipitada.

Certamente essa discussão é muito mais ampla, já que entra num contexto geral da reforma tributária. Ela vai suscitar outras dicussões no sentindo de esclarecer os impactos que toda a cadeia pode sofrer em função dessa tributação“, completou.

Ele ressalta que a ideia do governo não é criar um retrocesso no mercado financeiro, uma vez que tem sido estimulado e passa por consolidação no Brasil e está longe de atingir seu ápice.

Impactos da Reforma Tributária

Tiago Reis, CEO da Suno, escreveu em redes sociais, na sexta-feira, que os fundos imobiliarios foram os grandes compradores de imóveis ao longo dos últimos anos.

Ao inviabilizá-los, tiramos o comprador do mercado. A construção civil será prejudicada por anos. A construção civil tem importância única para o PIB: é um dos setores que mais emprega. Está indústria será impactada“, ressalta.

Em outra postagem, neste sábado, entretanto, escreveu que muita coisa pode mudar ainda:

Conversei com muita gente em Brasília nas últimas 24 h. Saio mais confiante. Acho bem difícil passar essa tributação de fundo imobiliário“, escreveu.

https://www.instagram.com/p/CQlYQ8QBuOv/?utm_medium=copy_link

Desidratação

Opinião semelhante tem Daniel Lemos, CEO da Riza Asset Management, que participou de live promovida pela  EQI Investimentos.

Conforme ele, mesmo que a reforma venha a ser aprovada, poderá sofrer desidratação.

Para ele, já pensando em alguns pontos que podem ser retirados, o governo pode ter pesado a mão na proposta de projeto.

Contudo, deduz que o mercado vem precificando 50% de chance do projeto ser aprovado como está.

O que, para ele, porém, é uma estimativa considerada elevada.

Tributação na reforma tributária

Apesar do mercado financeiro já esperar, desde o início do governo, a taxação da distribuição de lucros e dividendos, a alíquota fixada de 20% foi considerada elevada pelas grandes empresas.

Para as que se enquadram nos critérios de micro e pequenas empresas, independentemente se pagam pelo regime simplificado do Simples, foi estabelecida uma faixa de isenção de R$ 20 mil por mês.

A proposta de redução do IR das empresas aponta queda de cinco pontos porcentuais de forma gradativa, em dois anos. De 25% para 22,5%, em 2022, e para 20% em 2023.

Entretanto, o setor produtivo acredita que esse ajuste é pequeno para o tamanho do impacto sobre a distribuição dos lucros e dividendos e o fim dos Juros sobre Capital Próprio (JCP), atual instrumento que permite às empresas remunerarem seus investidores.

O que são fundos de imobiliários?

Se você está pensando em investir no mercado de renda variável, os FIIS são uma alternativa. Esta classe de ativos é considerada uma porta de entrada para os novatos na Bolsa de Valores.

Entre suas vantagens, está a menor volatilidade, histórica, de suas cotas (comparadas ao preço das ações)

Adicionalmente, são relativamente mais fáceis de entender e de analisar – e podem ser de diversos tipos.

  • Fundos que investem em lajes corporativas
  • Fundos que investem em Hospitais
  • Fundos que investem em Instituições Educacionais
  • Fundos que investem em Agencias Bancárias
  • Fundos que investem em letras de crédito imobiliários (CRI, LCI)
  • Fundos que investem em outros fundos
  • Fundos que investem em hotéis
  • Fundos que investem em Shoppings

Dessa forma, tornam-se uma opção mais rentável do que a renda fixa e, ao mesmo tempo, mais uma forma de o investidor diversificar seu capital.

FII

Com Fundos Imobiliários é possível ser dono de uma fração de importantes imóveis do país

Vantagens de investir em FII:

Mas por que investir em Fundos Imobiliários e não diretamente em um imóvel? Precisa ter muito capital para começar a investir em FIIs? Quais taxas estão envolvidas na compra de um Fundo Imobiliário?

Veja algumas das razões que levam essa classe de ativos a crescer:

  • Diversificação: com apenas uma cota você já pode investir em fundos que tenham vários imóveis em seu portfólio. Assim, você diminui riscos e consegue uma diversificação maior;
  • Custo baixo: é possível investir em diversos imóveis e em grandes empreendimentos a um custo baixo. Enquanto para comprar diretamente um apartamento você precisa fazer financiamento ou desembolsar uma boa quantia, nos FIIs você consegue comprar cotar por R$ 50 ou R$ 100 (os valores variam de fundo para fundo);
  • Rendimentos com isenção fiscal: o rendimento relativo a cada cota cai diretamente na sua conta sem você precisar fazer nada! E os rendimentos distribuídos são livres de imposto de renda para pessoa física;
  • Boa liquidez: os fundos imobiliários são fechados, ou seja, não permitem o resgate das cotas. Assim, para você vender sua cota é preciso que tenha alguém disposto a comprar. Mas os fundos mais negociados da Bolsa têm uma boa liquidez. É mais fácil vender cotas de FIIs do que se você fosse dono de um imóvel físico, por exemplo;
  • Ganhos de duas formas: há basicamente duas formas de “ganhar” com os fundos imobiliários. O primeiro é a valorização das cotas. Você pode investir em boas ativos com bom potencial de valorização ao longo do tempo. E o segundo é a distribuição de rendimento, o que faz com que você receba dividendos mensalmente na sua carteira;
  • Gestão profissional: nos FIIs as principais decisões são tomadas por gestores que estudam de perto o mercado imobiliário e têm recursos para capturar com mais facilidade as oportunidades.

(Por Victória Anhesini, Matheus Gagliano e Rodrigo Petry)

Ainda mais curioso sobre o mercado de Fundos Imobiliários? Então preencha o formulário abaixo para falar com um assessor de investimentos para ajudá-lo em sua jornada de investimentos.