Se você gosta de tênis, não importa se assiste às finais de Grand Slam ou joga uma vez por mês com os amigos, vale a pena explorar o universo dos livros sobre tênis. São obras que vão muito além das quadras — abordam identidade, história, amizade, obsessão, política, arte e até espionagem. Tem autobiografia, romance, reportagem e crônica, todos com o esporte como ponto de partida.
Nesta seleção de 12 títulos, você vai encontrar livros sobre tênis que revelam os bastidores da elite esportiva, como “Open”, de Andre Agassi, e “The Master”, sobre Roger Federer, mas também obras literárias como “The Only Story”, de Julian Barnes, ou o relato visceral de David Foster Wallace em “String Theory”. Há espaço para emoção, memória, humor e crítica.
Seja você um leitor em busca de histórias reais de superação, reflexões existenciais ou apenas bons personagens em tramas envolventes, esses livros sobre tênis têm algo a oferecer. E mesmo quem não acompanha o circuito profissional vai se surpreender com a riqueza dessas narrativas. Afinal, o tênis, aqui, é mais pano de fundo do que protagonista.
12 livros sobre tênis
Confira a seguir algumas obras sobre o esporte que tanto nos fascina:
“Open” (Andre Agassi)

A autobiografia que reinventou as memórias esportivas. Escrita com honestidade, Agassi narra sua infância sufocante, o amor e ódio pelo tênis, o casamento com Brooke Shields, os altos e baixos da carreira.
Com ajuda do premiado J.R. Moehringer, ele criou um relato nu, sem verniz, que fala de identidade, dor, sucesso e redenção. Um clássico do gênero, para muito além das quadras.
“A Weekend in New York” (Benjamin Markovits)

Paul Essinger está no US Open, mas o foco é a visita da sua família — com todas as tensões, afetos e silêncios acumulados. Markovits constrói um retrato sutil e cheio de nuances sobre o que acontece fora das quadras: memórias compartilhadas, expectativas não ditas e pequenas rachaduras cotidianas.
Um livro mais sobre pessoas do que sobre partidas, escrito com observação aguda e humanidade.
“Racquet – The Book” (ed. David Shaftel & Caitlin Thompson)

Para quem vê o tênis como muito mais do que esporte, essa coletânea de livros é ouro. Com ensaios sobre arte, cultura, estilo e a alma do jogo, Racquet resgata a vibração que o tênis tinha nos anos 70/80 — e mostra que ela ainda pulsa, longe dos holofotes das grandes ligas. São textos inteligentes, provocativos e cheios de personalidade. O tênis aqui é estética, atitude, contracultura.
“The Divine Miss Marble” (Robert Weintraub)

Alice Marble foi campeã de Grand Slams, editora de quadrinhos e, talvez, espiã. Nesta biografia vibrante, Weintraub tenta capturar a aura dessa figura excêntrica e brilhante, que desafiou regras dentro e fora das quadras. Uma leitura que vai de Hollywood à Segunda Guerra, cheia de reviravoltas e glamour. Alice não era só uma tenista — era uma força da natureza.
“6/0 Dicas do Fino” (Fernando Meligeni)

Com linguagem informal e carisma de sobra, Meligeni compartilha lições práticas e histórias de bastidores que servem tanto para iniciantes quanto para veteranos.
Sem jargão técnico demais, o livro é um bate-papo direto sobre como melhorar no tênis — e se divertir jogando. Leitura rápida, útil e cheia de personalidade, como o próprio Fino. Ideal para quem quer jogar melhor e entender mais.
“The Master – Roger Federer” (Christopher Clarey)

Um retrato íntimo e revelador de Roger Federer, escrito por quem acompanhou de perto sua carreira: o jornalista Christopher Clarey. Com acesso direto ao suíço e sua equipe, o livro revela como talento, trabalho duro e carisma moldaram o maior embaixador do tênis moderno. Vai além das estatísticas e dos títulos, explorando a essência do jogador e do homem por trás da lenda. Leitura essencial para fãs que ainda sentem saudade de vê-lo em quadra.
“The Only Story” (Julian Barnes)

Mais do que uma história de amor proibido, este romance é uma reflexão brutal sobre o quanto se paga por amar alguém profundamente. Paul e Susan vivem uma relação que desafia tabus e, décadas depois, ele tenta compreender tudo que viveu com ela — o bom, o cruel, o transformador. Barnes costura memória, culpa e melancolia com a mesma precisão de um saque bem colocado. Um romance sobre a força e a fragilidade do afeto.
“41-Love” (Scarlett Thomas)

Scarlett Thomas resolve redescobrir o tênis aos 41 anos, transformando uma crise de meia-idade numa jornada intensa e hilária. O livro é um diário honesto, às vezes ácido, de uma escritora que tenta se reinventar — entre treinos, derrotas e a esperança (vã) de uma redenção esportiva.
Não é sobre vencer, mas sobre tentar, falhar, tentar de novo — e rir disso tudo. Uma delícia para quem gosta de memórias nada convencionais.
“A Terrible Splendor” (Marshall Jon Fisher)

Tênis, história e política se entrelaçam neste relato vibrante da final da Copa Davis de 1937, em plena ascensão do nazismo. Don Budge e Gottfried von Cramm protagonizam uma batalha muito além da quadra — um jogava por glória, o outro pela sobrevivência.
Fisher mergulha nos bastidores desse jogo lendário com tensão narrativa digna de um thriller. É esporte, é geopolítica, é drama real.
“Carrie Soto is Back” (Taylor Jenkins Reid)

Carrie Soto volta das sombras para defender seu recorde de Grand Slams, e o mundo inteiro assiste. Reid entrega um romance eletrizante sobre ambição, orgulho e envelhecimento — com uma protagonista implacável, carismática e feroz.
Mesmo quem não entende nada de tênis vai se pegar torcendo, suando e sofrendo com cada ponto. Drama esportivo com alma e ritmo de best-seller.
“The Tennis Partner” (Abraham Verghese)]

Uma história de amizade intensa entre um médico e um ex-tenista em recuperação do vício, narrada com dor e ternura. Verghese usa o tênis como ponto de encontro entre duas vidas à deriva, e o resultado é uma reflexão comovente sobre fragilidade humana, companheirismo e recaídas.
Não é um livro sobre superação fácil — é sobre o que se perde e o que se aprende ao longo do caminho.
“String Theory” (David Foster Wallace)

Wallace transforma ensaios sobre tênis em literatura de alto nível. Com precisão intelectual e paixão visceral, ele escreve sobre Federer como quem contempla uma obra de arte viva. Analisa as falhas das memórias de Tracy Austin, narra sua experiência no US Open e reflete sobre o que significa competir. Para fãs do esporte e da escrita brilhante, este livro é um deleite raro.
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