A EQI Research emitiu uma recomendação de investimento para o ETF SMAL11, fundo que replica o desempenho do Índice de Small Caps da B3 ($B3SA3). A informação está no relatório da carteira Buy & Hold. A análise sustenta que, em um ambiente de bull market e juros em queda, essas empresas de menor capitalização devem apresentar uma performance superior.
A recomendação SMAL11 é fundamentada na tese de que as Small Caps foram mais penalizadas durante o recente ciclo de alta de juros, devido ao seu custo de capital inerentemente mais alto. Com a descompressão dos múltiplos que se segue a um cenário de afrouxamento monetário, a EQI Research projeta que essas empresas estão posicionadas para uma recuperação mais vigorosa.
Segundo o modelo proprietário da corretora, enquanto o Ibovespa – que já é considerado barato, negociando a cerca de 9 vezes o lucro estimado para 2026 – oferece uma expectativa de retorno de +15% ao ano até 2026, as Small Caps apresentam uma projeção significativamente mais atrativa de aproximadamente 28% ao ano.
Recomendação a SMAL11 se justifica por retorno ajustado ao risco
O relatório ressalta que, embora a volatilidade do segmento seja um pouco maior (25% contra 22% do Ibov), o retorno ajustado ao risco se torna mais interessante, justificando a recomendação SMAL11.
A análise da EQI Research vai além da perspectiva cíclica e aponta mudanças estruturais positivas no índice. O perfil das Small Caps atuais é considerado mais robusto do que no passado. O índice tornou-se mais diversificado setorialmente, reduzindo a concentração histórica em finanças, utilities e varejo. Além disso, os fundamentos das empresas que compõem o índice estão mais saudáveis do que em 2015, exibindo margens operacionais melhores, um Free Cash Flow Yield de cerca de 17% e um Dividend Yield próximo de 6%.
Outro ponto fortalecido no relatório que sustenta a recomendação SMAL11 é a situação do endividamento. A alavancagem líquida sobre o EBITDA, que era uma preocupação no passado, encontra-se agora em um nível mais controlado, de aproximadamente 3,2x.
Diante desse conjunto de fatores – um cenário macroeconômico favorável, projeções de retorno superiores e um ambiente fundamental mais sólido para as empresas de menor porte –, a EQI Research consolida sua recomendação SMAL11 como uma oportunidade estratégica para investidores que buscam capturar ganhos expressivos.
Small caps são ações de empresas com valor de mercado relativamente baixo, geralmente entre US$ 300 milhões e US$ 2 bilhões. Essas companhias costumam oferecer maior potencial de crescimento, mas também estão mais sujeitas a riscos elevados, variações de preço intensas e menor liquidez em comparação com empresas de maior porte. O termo “small cap” significa “pequena capitalização” e não indica que as empresas sejam necessariamente pequenas, mas sim que possuem uma dimensão reduzida quando comparadas às grandes corporações listadas na bolsa.
O mercado não possui uma quantidade fixa de small caps. A referência mais usada é o índice SMLL da B3, que passa por ajustes periódicos em sua composição. No período de maio a agosto de 2025, o índice contava com 115 ativos, enquanto em dezembro de 2024 eram 109 ações de 98 empresas. Essas variações refletem as mudanças na capitalização das companhias ao longo do tempo, o que faz com que o número de small caps seja dinâmico e nunca definitivo.
Para investir em small caps, é necessário abrir conta em uma corretora, definir seus objetivos e avaliar seu perfil de risco. A partir daí, o investidor pode optar por duas estratégias: comprar diretamente as ações na B3, o que exige análise criteriosa e seleção individual das empresas, ou investir por meio de ETFs, como o SMAL11, que proporcionam diversificação imediata e gestão passiva ao replicar o desempenho de um índice de small caps.
Investir em small caps pode trazer vantagens como o potencial de retornos mais elevados, a chance de participar do crescimento de empresas em expansão, maior diversificação da carteira e acesso a ações com preços geralmente mais baixos, muitas vezes ligadas a nichos de mercado específicos. Por outro lado, esse tipo de investimento também carrega riscos mais altos e maior volatilidade em comparação com companhias de grande porte.
Aplicar no ETF SMAL11 permite ao investidor ter, de forma prática, exposição a um conjunto diversificado de empresas de small caps. Entre as vantagens estão a diversificação imediata, os custos reduzidos pela gestão passiva, a liquidez para negociar cotas diretamente na bolsa e a possibilidade de capturar o potencial de valorização dessas companhias. Assim, não é necessário analisar cada empresa individualmente, já que o fundo reúne todas em um único ativo.
SMAL11: o ETF que dá acesso às small caps brasileiras
Segundo informações da BlackRock, para o investidor que busca ampliar a diversificação da carteira e ter exposição a empresas com maior potencial de crescimento, o SMAL11 surge como uma das alternativas mais conhecidas na B3. Trata-se do iShares BM&FBOVESPA Small Cap Fundo de Índice, um ETF (Exchange Traded Fund) que replica a performance do Índice Small Cap da B3, reunindo companhias brasileiras de menor capitalização de mercado.

Lançado em novembro de 2008, o fundo é domiciliado no Brasil e tem como filosofia acompanhar, de forma geral, o desempenho do índice de referência. A proposta é simples, mas estratégica: permitir que o investidor tenha acesso a um conjunto diversificado de small caps, em vez de comprar ações individuais. Esse tipo de empresa costuma ter maior sensibilidade a ciclos econômicos e, por isso, pode oferecer retornos atrativos no longo prazo, embora também traga volatilidade maior.
Com patrimônio líquido de R$ 1,8 bilhão em 2 de outubro de 2025 e cerca de 16,7 milhões de cotas em circulação, o SMAL11 se consolidou como um dos ETFs mais relevantes da bolsa brasileira. O fundo é negociado sob o ticker SMAL11 na B3 e apresenta rebalanceamento trimestral, garantindo que sua composição se mantenha alinhada ao índice Small Cap.
Outro diferencial é a forma de distribuição dos rendimentos: em vez de pagamentos diretos, os proventos são reinvestidos automaticamente, o que ajuda a potencializar o crescimento do investimento ao longo do tempo.
Na prática, o SMAL11 se tornou uma porta de entrada acessível para quem deseja participar do universo das small caps, equilibrando diversificação e exposição a setores com alto potencial de valorização no mercado brasileiro.
Conheça a carteira Buy & Hold
A EQI Research anunciou nesta semana, a nova composição da sua carteira recomendada Buy and Hold para outubro de 2025. Elaborada pelos analistas Felipe Paletta e Nícolas Merola, a seleção reúne 12 ações pensadas para médio e longo prazo, combinando nomes consolidados da bolsa com empresas de maior potencial de valorização.
Em setembro, o portfólio avançou 2,8%, um pouco abaixo do Ibovespa, que subiu 3,4% no mesmo período. Ainda assim, no acumulado de 2025, a estratégia mostra robustez: valorização de 27,6%, superando com folga os 21,6% do índice de referência.
Para este mês, a grande novidade é a inclusão de Klabin, movimento que reforça a diversificação da carteira e busca equilibrar papéis de perfil mais conservador com outros de crescimento acelerado. Segundo a EQI, a proposta é manter um portfólio resiliente e preparado para capturar oportunidades em diferentes cenários de mercado.