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Consolidação dos FIIs: resiliência ou só mais um ciclo?

Consolidação dos FIIs: resiliência ou só mais um ciclo?

Nesta quinta-feira (9), foi realizado pela EQI Investimentos o FII Summit, o maior evento sobre Fundos Imobiliários do Brasil. Um dos temas discutidos foi a consolidação dos FIIs.

Em 30 anos de existência dos Fundos e em meio a tantas mudanças no mercado, surge a dúvida: há realmente uma consolidação dos FIIs ou se este é só mais um ciclo como tantos outros? Este foi o tema do primeiro painel do evento. Confira!

Consolidação dos FIIs: fundos mostram resiliência

Para Marcelo Hannud, fundador e & CEO da Aurea Finvest, é importante falar da resiliência que os Fundos Imobiliários têm mostrado. “O investidor hoje já percebeu que o Fundo Imobiliário retorna renda recorrente e valorização da cota. Às vezes, não necessariamente como ele gostaria, mas ele percebe que quando tem retorno, volta renda e valor patrimonial”, comenta.

De acordo com ele, esse ponto é fundamental de ser observado, já que os brasileiros são patrimonialistas por essência. “A sensação de patrimônio, de propriedade e de riqueza, no fim do dia, é o que fica na cabeça do investidor”, aponta.

Já olhando para um ponto de vista mais macro, Pedro Daltro, sócio e head da Real Estate SPX Capital, comenta que o cenário atual é de o país ainda consolidando todas as reformas feitas, como a reforma trabalhista e outras leis.

“Quanto a ciclos, desde 2017 o setor imobiliário vem em uma crescente. Isso me faz crer que estamos em um ciclo de alta”, comenta.

Daltro reforça que a forma como são construídos os imóveis no Brasil é a mesma há 100 anos. “Tem muito ganho de produtividade que vai gerar ganho no setor. Então, acho que estamos em um ponto interessante do ciclo, com queda de juros. Para mim é o melhor momento possível para investir”, afirma.

A consolidação dos FIIs

Com 30 anos de existência, os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs), apesar de já estarem há um tempinho no mercado, ainda são considereados novatos no Brasil e possuem até mesmo um ar de mistério para aqueles que não conhecem o produto a fundo.

De acordo com Daltro, já houve um grande avanço na governança em comparação ao início, 30 anos atrás. “O setor já se ajustou e melhorou muito em governança. Talvez faltem alguns ajustes que devem vir do regulador para transformar esse ativo em algo como o que vemos com as empresas de capital aberto”, pontua.

Os pontos que seriam ajudados com essa mudança seriam a transparência, com uma classificação nos níveis de governança, e benefícios para o investidor. Alguns exemplos disso, ele aponta, são a questão de voto nas assembleias, da divulgação de informações e de práticas que favorecem os acionistas e ainda não são vistas em Fundos Imobiliários.

Já André Freitas, CEO Hedge Investments, comenta que está satisfeito com a evolução do mercado de Fundos Imobiliários e vê a consolidação dos FIIs, com evolução constante. Ele considera que a perda de renda do brasileiro ao longo dos anos é um ponto importante a ser ponderado, destacando que, hoje, o número de cotistas de FIIs é de cerca  2,7 milhões, perdendo em grande quantidade para o de investidores em companhias abertas, que são 5 milhões de investidores.

“O que falta no Brasil é renda, essa é a realidade. O Brasil achatou a classe média nos últimos anos e quem tem capacidade de investimento hoje é o topo da pirâmide”, analisou. Entretanto, ele afirma que os números são bons e que vão continuar crescendo à medida que houver um crescimento de renda.

Atenção com o investidor

Outro ponto ressaltado no painel foi a relevância da figura do gestor no relacionamento com os investidores. Para os convidados do FII Summit, é preciso que esse profissional faça não apenas a gestão de Fundos Imobiliários, mas que também seja muito transparente, inspirando confiança.

“O investidor quer carinho, ele quer atenção, ele quer saber que o dinheiro dele está sendo bem usado. Ele quer saber o por que das coisas, por mais humilde ou mais sofisticado que ele seja. Isso ainda falta nos Fundos Imobiliários e eu acho que é um dos fatores que pode alavancar o crescimento do mercado”, diz Hannud.

Financiamento x Poupança

Para além dos FIIs, muitos financiamentos imobiliários têm sido realizados fora da poupança, o que também muda a forma das pessoas e do mercado financiarem a indústria. “Toda vez que um banco acelera muito o crédito imobiliário, ele quebra”, relembra Daltro.

De acordo com head da Real Estate SPX Capital, a tese de financiamento imobiliário andou muito mais e tem sido interessante nos últimos meses. Hannud relembra que a poupança tem sido muito substituída pelo mercado de capitais, o que é positivo, já que as pessoas estão tendo mais interesse e aprendendo a investir, ao invés de deixar o dinheiro parado.

“Isso é um movimento que deve continuar acontecendo, significa que o investidor está tirando o dinheiro da poupança e achando fontes melhores de investimento”, ressalta o CEO da Aurea Finvest. “A poupança está perdendo força e, com isso, teremos normatização das formas de financiamento do mercado imobiliário”, diz.

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