A EQI Research divulgou mais uma carteira vivendo de renda, agora com opções de investimentos para março. Gerida pelo analista Felipe Paletta, da EQI Research, a carteira reúne o que há de mais recomendado em termos de renda fixa, ações, fundos imobiliários e fundos de infraestrutura, com o objetivo de sugerir uma alocação completa, um verdadeiro plano para viver de renda passiva com os seus investimentos.
A carteira passou por ajustes pontuais no mês de março, com o objetivo de otimizar a rentabilidade e aproveitar oportunidades do mercado. Foram feitas três alterações com relação à fevereiro: aumento da exposição em pré-fixados no book de renda fixa; substituição de KNSC11 por HGBS11, na carteira de FIIs; e inclusão de IFRI11, na carteira de FI-Infras.
“Ao longo do mês de março, vimos o mercado caminhando na direção que esperávamos. Em fevereiro, sugeri uma mudança importante: reduzimos um pouco a exposição a ações para aumentar a exposição a fundos imobiliários. Os FIIs, ao longo do mês de março, subiram bem mais do que as ações”, explicou Paletta.

Carteira vivendo de renda: em FIIs, sai KNSC11 e entra HGBS11
Para aproveitar oportunidades setoriais e manter o potencial de valorização da carteira, a casa de análise fez uma mudança pontual: saída de KNSC11 e entrada em HGBS11.
“Embora KNSC11 continue sendo um dos melhores fundos de papel do mercado, vejo uma oportunidade interessante para aumentar nossa exposição em FIIs de tijolo de alta qualidade e com descontos relevantes”, explicou Paletta.
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O Hedge Brasil Shopping (HGBS11) é um dos fundos mais antigos do mercado (iniciado em 2006 e listado em 2010), gerido pela Hedge Investments. Tem um valor de mercado superior a R$ 2,3 bilhões e uma área bruta locável de mais de 245 mil metros quadrados em shoppings de primeira linha.
Seus principais investimentos incluem mais de 20 shoppings de alta qualidade, como Villa Lobos, Jardim Sul e Mooca Plaza, que representam 79% da exposição patrimonial. Outros 14% estão alocados indiretamente em outros FIIs do setor, e o restante, em fundos líquidos de renda fixa e crédito imobiliário.
FI-Infra
Entre dezembro e janeiro, a inflexão dos juros futuros penalizou as cotas dos FI-Infras, que chegaram a oferecer retornos implícitos da ordem de IPCA+13% isentos de imposto.
Como esperado, esse desconto não durou muito, e as cotas se valorizaram nas últimas semanas. Diante disso, e considerando que o ganho de capital nesses fundos também é isento, o relatório sugere vender metade da posição em JURO11 e KDIF11, que agora oferecem retornos implícitos mais baixos (IPCA+8-9%), para entrar em IFRI11.
O IFRI11, gerido pela Itaú Asset, tem mais de R$ 1 bilhão em patrimônio, com uma carteira diversificada de 40 debêntures incentivadas, vencimento médio de 5,6 anos e spread de crédito de CDI+1,37%. A vantagem é que o fundo reduz o risco de exposição a juros da carteira, pois seus ativos são atrelados ao CDI, não ao IPCA. Além disso, ele ainda está sendo negociado com retornos implícitos bem elevados, na casa de CDI+2,4%.
Renda fixa: aumentos em pré-fixados
Por fim, para equilibrar o risco da carteira, se reduzir a exposição ao mercado nos FI-Infras, agora aumenta-se um pouco na renda fixa pré-fixada.
“Minha sugestão é seguir ampliando a exposição em pré-fixados em relação ao IPCA+, pois o mercado já parece ter precificado boa parte do comportamento esperado da inflação nos próximos anos”, diz outro trecho do relatório.
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