O setor de shopping centers foi bastante afetado pela crise da pandemia. Devido o fechamento do comércio, as empresas desse setor foram impedidas de continuarem suas atividades normalmente.
Ainda assim, o Fundo Imobiliário Vinci Shopping Centers, VISC11, apresentou resultado positivo no acumulado de 12 meses, mesmo passando por profundas turbulências no valor de suas cotas.
Acompanhe o artigo abaixo para conhecer todas as características desse fundo que se mostrou bastante resiliente nos últimos períodos.
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Descritivo geral
O VISC11 chama-se Fundo Imobiliário Vinci Shopping Centers. Trata-se de um fundo que aplica seu patrimônio majoritariamente em shopping centers, construídos ou em construção, e busca rendimentos por meio de aluguéis.
Dessa forma, o Vinci Shopping Centers é considerado um fundo de tijolo. Diz-se assim porque seus investimentos são direcionados a imóveis físicos e não a aplicações em títulos de dívida imobiliária em sua maior parte.
Segundo a Anbima, em sua classificação, o VISC11 é enquadrado como renda de gestão ativa. Ainda segundo ela, o Vinci faz parte do segmento de shopping centers, naturalmente.
O Vinci é um fundo imobiliário de patrimônio considerável. Atualmente, seu valor patrimonial é de mais de R$ 2 bilhões.
O número de cotistas também impressiona. Até o presente momento, o número ultrapassa a marca dos 206 mil. Tudo isso coloca o VISC11 com uma participação total no IFIX de 1,68%.
Esses números chamam atenção de forma positiva, principalmente pelo recente momento vivido pelo setor de shopping centers no Brasil. Não é novidade que uma profunda crise se desencadeou por ocorrência de uma pandemia.
Como uma medida restritiva para impedir o avanço do vírus, os centros comerciais foram fechados.
Como consequência, o setor varejista que precisava da presença dos consumidores foi profundamente abalado. Enquanto o comércio eletrônico teve alta pelas compras online, os shoppings foram obrigados a fecharem as portas.
Ainda assim, vemos o quanto o setor foi resiliente. Os dados apresentados ao longo deste artigo nos mostrarão isso e você poderá constatar como se apresentam as informações como valor de cota e distribuição de dividendos.
Características do fundo
O Vinci Shopping Centers tem uma atuação bastante versátil junto ao setor de shoppings do Brasil. Seu objetivo principal é adquirir esse tipo de imóvel para buscar rentabilização por meio da locação de espaços.
Tendo o início da negociação de suas cotas ocorrido em março de 2014, o fundo também pode empregar seus recursos em imóveis correlatos, como outlet centers e strip malls.
Outro ponto interessante no VISC11 é que ele pode buscar rentabilidade nesse tipo de imóvel por meio de sua comercialização. Ou seja, ele pode ter lucros tanto na alienação das unidades quanto na sua venda.
Já em relação à aquisição de novas unidades, vale ressaltar que isso pode acontecer tanto à vista quanto à prazo, a depender da política de investimento seguida pelo gestor.
Ademais, o fundo também pode se utilizar de um artifício interessante: realizar reformas e benfeitorias nos imóveis com o objetivo de aumentar seu valor e receber maiores aluguéis em decorrência disso.
O fundo é administrado pela BRL Trust DTVM S.A. Sua taxa de administração é de 1,35% ao ano cobrado mensalmente sobre o patrimônio do fundo, com um pagamento mínimo de R$ 15 mil mensais.
Sua gestão e escrituração tem uma cobrança diferenciada do que é encontrado no mercado: é fixa em R$ 50 mil corrigidos pelo IPCA, ou seja, pela inflação.
De todo o rendimento auferido pelo fundo, pelo menos 95% devem ser distribuídos aos acionistas na forma de dividendos. Isso ocorre sempre até o 10° dia útil de cada mês.
Em relação aos ativos do fundo, o Vinci possui 15 shopping centers ao total distribuídos por 10 estados brasileiros. É uma carteira bastante diversificada, o que permite ter uma baixa correlação entre os rendimentos dos imóveis.
As unidades estão distribuídas da seguinte forma: 3 shoppings no Rio de Janeiro e 4 em São Paulo. São os estados que tem mais imóveis.
Depois vem Bahia, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Paraná e Santa Catarina, cada um com um shopping center.
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Histórico de cotação
O Vinci Shopping Centers teve o lançamento de suas cotas ao valor de R$ 100,00. Atualmente, elas custam R$ 99,31 considerando a data de 05/05/22 como fechamento.
Como já era de se esperar, a cotação sofreu fortes abalos em períodos recentes, sobretudo por conta do fechamento do comércio ocorrido em consequência da pandemia.
Com isso, a cota passou por um profundo abalo em março de 2020, quando foram anunciadas as medidas restritivas de circulação.
Nessa data, a cotação caiu 42% em apenas 9 dias. Foi um grande baque e seu valor passou de R$ 125,00 para R$ 72,00.
No entanto, houve recuperação de 54% em alguns meses e a cota passou a ser negociada na casa dos R$ 110,00. Ainda assim, foi um grande susto.
No período de 12 meses, a cota sofreu queda entre maio e novembro do ano passado, acumulando perda de 17%, muito em parte pela elevação da Selic.
O valor foi recuperado desde então e atualmente a cota é negociada em torno de R$ 100,00.

Reprodução/Google
Distribuição de dividendos
Apesar de toda a turbulência enfrentada pelo VISC11, seu histórico de dividendos se mostrou resiliente. Em abril último, por exemplo, foi distribuído um dividend yield (DY) de 0,70%, com R$ 0,70 distribuídos.
No período trimestral, o DY alcançou 2,07%, com R$ 2,06. Já nos 6 meses passados, o DY foi de 4,19%, com R$ 4,16. Finalmente, em 12 meses o total foi de R$ 7,18 com DY de 7,23%.
Nada mal para um setor que enfrentou a pior crise que se tem notícia.
No total de sua existência, o VISC11 já distribuiu R$ 29,37 em dividendos, um DY acumulado de 29,58%.
Simulação de aplicação
No cenário de aplicação de R$ 50 mil em 12 meses passados, o Vinci surpreende e entrega um resultado positivo. O rendimento acumulado é de R$ 50.863,50, 1,72% acima do valor inicialmente investido.
A cota foi desvalorizada e ficou em R$ 47.345,59 e os dividendos recebidos no período somaram R$ 3.517,91.
Se fizermos uma comparação, o rendimento ficou parecido ao da poupança. No entanto, não é considerado que os dividendos foram reinvestidos.
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