VALE3, PETR4, SUZB3 e BBAS3 puxam recomendações para fevereiro

As ações de Vale (VALE3), Petrobras (PETR4), Suzano (SUZB3) e Banco do Brasil (BBAS3) foram as preferidas dos analistas em fevereiro.

Nas carteiras recomendadas para este mês, a mineradora Vale e a Petrobras tiveram 7 menções. Logo atrás aparecem, Suzano e Banco do Brasil com 5 referências cada um.

Para fazer esse levantamento, compilamos as recomendações de ações de 11 casas de análises.

Outros papéis que também tiveram menções relevantes foram Bradesco (BBDC4), B3 (B3SA3), Weg (WEGE3) e Itaú (ITUB4), com 4 menções.

No total, 57 papéis foram recomendados para este mês, sendo que apenas 24 tiveram mais de uma menção nos relatórios analisados.

No mês passado, as recomendações haviam sido lideradas por B3, Vale e Petrobras, nesta ordem.

Bolsa

A bolsa de valores fechou o mês de janeiro com queda acumulada de 3,32%.

O que anda preocupando mesmo os investidores é o risco fiscal. Com a eleição de novos líderes no Congresso, o assunto “auxílio emergencial”, por exemplo, deve voltar à pauta.

As contas públicas fecharam o ano de 2020 com saldo negativo recorde devido à queda na atividade econômica, e consequentemente na arrecadação, e às despesas extraordinárias necessárias para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

O setor público consolidado, formado por União, estados e municípios, apresentou déficit primário de R$ 702,950 bilhões no ano passado, o pior resultado da série histórica iniciada em dezembro de 2001, e que representa 9,49% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país).

Foi o sétimo ano consecutivo de resultados negativos nas contas públicas, com alta de R$ 641,078 bilhões em relação a 2019, quando o déficit primário foi de R$ 61,872 bilhões, o que corresponde a 0,84% do PIB.

É nesse cenário que acontece a eleição para a presidência da Câmara dos Deputados e para a presidência do Senado Federal, na segunda-feira (1º). As novas mesas diretoras vão pautar, entre outros assuntos importantes, a possível volta do auxílio emergencial, em meio também à queda de popularidade do presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido), que só pensa em 2022.

O risco fiscal é grande e isso vem afetando há muito o mercado, de uma maneira ou outra.

Vale (VALE3)

A Vale (VALE3) foi a grande favorita, com 7 citações das 11 carteiras compiladas. Nesse sentido, o câmbio tem jogado a favor da empresa, além da demanda chinesa aquecida.

A Vale é uma das três grandes mineradoras do mundo, operando minério de ferro, metais básicos e carvão.

Conforme a Terra Investimentos, a Vale deve continuar apresentando resultados sólidos com a ajuda de volumes fortes de vendas no mercado da China.

Além disso, a Ativa destacou a melhora nas estratégias de governança da mineradora, bem como de estabilização de dívida líquida em torno de US$ 10 bilhões como capazes de adicionar valor a companhia.

Por outro lado, o Santander destacou os principais riscos para a mineradora. Entre eles:

• redução significativa na produção de aço chinesa, levando a uma queda da demanda por minério de ferro;
• aumento significativo de passivos relativos ao rompimento da barragem de Brumadinho;
• rápida valorização do real, que pode aumentar os custos caixa do minério de ferro medidos em dólares;
• queda nos preços do níquel e cobre; e
• adições inesperadas de capacidade pelos concorrentes.

Petrobras (PETR4)

O papel da estatal teve uma expressiva queda (5,6%) em janeiro, mas a Planner acredita na recuperação da Petrobras (PETR4) em fevereiro.

A Planeer espera que a Petrobras divulgue bons resultados do quarto trimestre, em função do aumento nas vendas, redução dos custos e da elevação nos preços dos combustíveis/petróleo no trimestre.

A Petrobras (PETR4) continua tomando medidas positivas para voltar a crescer de forma consistente, com destaque para geração de caixa da estatal, R$40 bilhões, segundo a Terra Investimentos.

Os analistas avaliam que, se a estatal mantiver o mesmo ritmo de expansão da geração de caixa, conseguiria atingir já no primeiro semestre do ano que vem, sua meta de redução de dívida. A petroleira espera chegar a US$ 60 bilhões em dívida bruta.

No trimestre, esse endividamento caiu de US$ 91,3 bilhões para US$ 79,6 bilhões.

Suzano (SUZB3) 

O BTG acredita que as ações da Suzano (SUZB3) devem continuar a ter um bom desempenho em um ambiente favorável de preços de commodities durante o próximos meses.

O banco espera que os preços continuem subindo nos próximos meses, conforme a demanda deve começar a melhorar ciclicamente, sem adições de capacidade relevantes até o final do ano (projeto MAPA da Arauco empurrado para 4T21).

BTG também destaca que as ações da Suzano estão subvalorizadas (em um normalizado DCF) e que os investidores estão descontando mal os benefícios da Fibria negócio / corte de custos.

Por mais que a alavancagem esteja longe de ser confortável e possa levar anos para normalizar, o banco acredita que o caminho está claro e considera a situação administrável (ainda gerando FCF na baixa do ciclo).

Banco do Brasil (BBAS3)

O Banco do Brasil (BBAS3) continua como um dos nossos nomes preferidos no setor bancário para o Safra, em
função do baixo nível de precificação e boa expectativa de recuperação de resultados para este ano.

De acordo com o Safra, o BB possui uma carteira com forte perfil defensivo (maior participação em segmentos pouco afetados pela pandemia). Em termos de valuation, o banco encontra-se bastante descontado, sendo negociado abaixo de seu valor patrimonial (a 0.8x) e apenas 5,7 vezes o lucro projetado para 2021.

Confira abaixo as carteiras analisadas.

Necton Investimentos

Guide Investimentos

BB Investimentos

BTG

Eleven

Planner

Mirae

Elite

Wisir

Ativa

Safra

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