Vale (VALE3) lidera recomendações de março; Petrobras (PETR4) perde espaço

As ações da mineradora Vale (VALE3) foram novamente as preferidas dos analistas em março. Nas carteiras recomendadas para este mês, a mineradora Vale teve 10 menções.

Depois aparecem, Suzano (SUZB3), B3 (B3SA3) e Petrobras (PETR4), com 4 indicações cada uma.

Outros papéis que também tiveram menções relevantes foram Petrorio (PRIO3), BTG (BPAC11), Rede D’or (RDOR3), Via Varejo (VVAR3), Gerdau (GGBR4), Lojas Americanas (LAME4) e Weg (WEGE3), com 3 menções.

Para fazer esse levantamento, compilamos as recomendações de ações de 12 casas de análises.

No total, 54 papéis foram recomendados para este mês, sendo que apenas 29 tiveram mais de uma menção nos relatórios analisados.

No mês passado, as recomendações haviam sido lideradas por Vale (VALE3), Petrobras (PETR4), Suzano (SUZB3) e Banco do Brasil (BBAS3), nesta ordem.

Bolsa

A bolsa de valores encerrou o mês de fevereiro com baixa de 4,37%. Em janeiro, a bolsa perdeu 3,32%. Ou seja, nenhum mês de 2021 ainda ficou no positivo.

A semana acabou com uma queda de 7,09%, a maior baixa semanal desde outubro e a terceira semana seguida em fevereiro no negativo. Nesta sexta-feira (26), o índice brasileiro fechou com menos 1,98%, ficando com 110.035,17 pontos.

A vacinação contra a Covid-19 segue em ritmo lento no Brasil, ultrapassando de 3,0% na sexta-feira (26/02), enquanto as mortes aumentam. A retomada da economia pode demorar mais que o previsto.

O dólar fechou o mês com valorização de 2,39% frente ao real e sem a possibilidade de recuo no curto prazo. O Banco Central tem atuado para segurar o ímpeto da moeda americana.

Vale (VALE3)

A Vale (VALE3) foi a grande campeã de recomendações, com 10 citações das 12 carteiras compiladas. Isso porque, segundo o Safra, o ambiente positivo de preços de minério de ferro favorece os resultados da empresa.

Considerando que a Vale possui um baixo nível de endividamento e não tem necessidade de investimento significativo, o Safra acredita que ela deva continuar a gerar um fluxo de caixa forte, que deve se traduzir em pagamentos de dividendos atrativos.

Já a Guide Investimentos destaca o recente acordo para indenizar o estado de Minas Gerais na tragédia de Brumadinho em 2019, no valor de R$ 37 bilhões, com parcelas previstas para os próximos anos, suavizando o impacto no caixa da companhia e permitindo manter o pagamento de dividendos em níveis elevados.

Por fim, a Guide avalia a entrada em Vale nesse momento a patamares interessantes, negociada a 3,5x EV/Ebitda, contra uma média de 5.0 vez do setor. A Vale é uma das três grandes mineradoras do mundo, operando minério de ferro, metais básicos e carvão.

Petrobras (PETR4)

A recente volatilidade da ação Petrobras (PETR4) refletiu preocupação quanto a possível interferência do governo na política de preços, mas o Safra acredita que o conselho de administração tem ferramentas para mitigar parte deste risco, ainda que não se possa descartá-lo por completo.

Em relatório, o Safra escreveu que gosta da Petrobras e do foco em geração de caixa, controle de custos, desalavancagem e concentração em ativos de águas profundas e ultraprofundas, que continuarão a ter um efeito positivo nos resultados da companhia.

O BTG destaca que a Petrobras ainda é um case muito barato durante um cenário macro muito favorável.

Suzano (SUZB3) 

A Suzano (SUZB3) obteve lucro líquido foi de R$ 5,914 bilhões, contra lucro de R$ 1,175 bilhão no 4T19 e prejuízo de R$ 1,158 bilhão no 3T20. A variação em relação ao 4T19 é explicada pelo melhor resultado financeiro, por sua vez decorrente da variação cambial sobre a dívida e pelo resultado de operações com derivativos, bem como pelo aumento no resultado operacional.

Conforme a Mirae, o resultado do quarto trimestre foi excelente, acima da expectativa, com a captura de ganhos de sinergia em relação a aquisição da Fibria e a Suzano deverá reportar bom resultados nos próximos trimestres, capturando o aumento de celulose que vem ocorrendo, e forte controle de custos.

Além disso, o cenário global continua favorável para o setor de commodities / aumento de preços na Ásia.

B3 (B3SA3)

O Banco Safra diz estar confiante na entrega de um bom resultado no quarto trimestre de 2020 para B3 (B3SA3). Por isso, manteve este nome na carteira recomendada do mês.

“Os volumes de negociação (ADTV), que já estavam fortes no final de 2020, continuam fortes neste início do ano, principalmente por conta da volatilidade na Bolsa decorrente do ambiente político”.

Além disso, B3 se beneficia da mudança estrutural nos juros, o que deve impulsionar o mercado de ações (~42% da receita líquida da companhia) nos próximos anos.

Enqunto isso, a Planner ressalta o crescimento da geração de caixa e a melhora de margem, com a disciplina na gestão de despesas da B3.

Para este ano as despesas ajustadas devem ficar entre R$ 1,2 bilhão e R$ 1,3 bilhão.

Em 2021, a B3SA3 pretende distribuir entre 120% e 150% do seu lucro líquido societário aos acionistas, na forma de juros sobre capital próprio, dividendos, recompra de ações.

Confira abaixo as carteiras analisadas.

Necton Investimentos

Guide Investimentos

BB Investimentos

Nova Futura

BTG

Eleven

Planner

Mirae

Elite

Toro

Genial

Safra

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