Vale (VALE3) desacelera operações por conta do coronavírus
Como medida para se precaver contra o avanço do coronavírus, a Vale anunciou a desaceleração de suas operações em diversas unidades no mundo.
A companhia está diminuindo a operação da mina de Voisey’s Bay, no Canadá, e colocando a unidade em manutenção parcial por quatro semanas.
“A intenção é proteger a saúde e o bem-estar das comunidades indígenas Nunatsiavut e Innu em Labrador diante da pandemia”, diz o informe.
A empresa reitera que nenhum de seus empregados testou positivo, porém a Vale quer resguardar os trabalhadores e as comunidades do entorno.
“A companhia tomou essa ação preventiva devido a localidade especialmente remota dessa área, com operações fly-in e fly-out [voos] e alta exposição a viagens.”
Já a planta de processamento de Long Harbour (LHPP), também no Canadá, continua em operação e a produção de níquel e cobalto não deve ser afetada.
Isso porque, conforme a empresa, há disponibilidade de concentrado armazenado para alimentar a LHPP bem além do período de quatro semanas do care and maintenance.
Outra unidade canadense, Voisey’s Bay terá a produção de cobre reduzida na proporção do tempo de parada da mina.
Essa decisão afeta o projeto de Expansão da Mina de Voisey’s Bay, atualmente em transição para operações subterrâneas.
Moçambique
Devido às restrições de viagens e transporte de equipamentos, a Vale está revisando seus planos para a paralisação das plantas de processamento de carvão em Moçambique.
A suspensão das operações teria início no segundo trimestre de 2020, mas a nova data está em avaliação, o que poderá afetar o guidance (orientação) de produção de carvão para 2020.
“A grande maioria dos empregados e terceirizados lotados em nossos escritórios corporativos trabalhará em regime remoto (home-office) a partir desta terça-feira (17)”, diz o informe.
Hapvida (HAPV3)
A operadora de planos de saúde Hapvida constituiu uma comissão formada por infectologistas de diferentes estados para monitorar a difusão do surto, bem como estudar as melhores práticas para o tratamento.
A comissão está cruzando dados etários e de saúde histórica dos beneficiários para medir grupos e localidades de risco, podendo assim se preparar preventivamente para garantir uma cobertura mais eficiente.
A empresa também pretende criar banco de dados com possíveis novos profissionais – médicos e assistentes de enfermagem – para ficarem à disposição, na eventualidade de ter que reforçar as equipes médicas.
Como infraestrutura atual, a companhia conta com 39 hospitais, 43 unidades de pronto-atendimento, 162 clínicas médicas e 132 centros de diagnóstico e laboratoriais. São 2.649 leitos hospitalares, dentre os quais 555 de terapia intensiva.
SER Educacional (SEER3)
Um dos maiores grupos privados de educação do Brasil e líder nas regiões Nordeste e Norte, a SER Educacional também suspendeu as aulas presenciais até 29 de março.
“As medidas alteram o calendário das aulas presenciais, que serão repostas durante o período de retorno, em regime de extensão da carga horaria diária, por EAD, ou por antecipação do período de férias de julho”, diz o comunicado.
Já as atividades de ensino a distância, bem como captação e rematrícula de alunos ocorrem normalmente e não alteram o reconhecimento da receita de alunos matriculados.
A SER Educacional oferece cursos de graduação, pós-graduação, técnicos e ensino a distância e está presente em 26 estados e no Distrito Federal, com 180 mil alunos.
Cogna (COGN3)
A Cogna, companhia que opera as marcas Kroton e Platos, também suspendeu as aulas em todas as unidades de ensino superior até 23 de março, com possibilidade de prorrogação.
“Estamos tomando as medidas necessárias para que os alunos continuem suas atividades acadêmicas por intermédio das plataformas digitais”, informou.
EDP (ENBR3)
A EDP Energias do Brasil S.A. acionou seu Comitê de Crise, que ficou responsável pelo Planejamento de Contingência para lidar com a presente situação.
Entre as medias, todas as viagens internacionais foram canceladas. Já as viagens nacionais foram reduzidas para o mínimo possível. Mascaras foram distribuídas aos funcionários.
A companhia pretende minimizar o risco para os mais de 3,3 mil colaboradores, bem como a manutenção da continuidade de negócios, em especial a prestação dos serviços de geração, transmissão e distribuição de energia pelas empresas do Grupo.
Paranapanema (PMAM3)
Apesar do avanço do vírus e das dificuldades operacionais enfrentadas no ano passado, a Paranapanema, que opera no segmento de cobre, afirma que a elevação da taxa de câmbio impacta positivamente as receitas da Companhia.
Com isso, já é possível observar uma tendência de recuperação nos níveis das taxas de tratamento e refino são descontos recebidos pela empresa por seus fornecedores de matéria-prima, as chamadas TC/RC.
A companhia implementou protocolos internos para preservar a segurança das pessoas envolvidas em suas atividades e também para colaborar na redução da transmissão do vírus.
Segundo o informe, a empresa permanece operando normalmente neste momento, com pleno funcionamento de seus complexos industriais, cadeia de suprimentos e escritórios corporativos, estes em grande parte em regime de trabalho remoto (home office).
Engie (ENGI)
A Engie Brasil Energia instaurou um comitê de crise para coordenar os esforços e alinhar ações preventivas.
Por hora, a companhia está estruturando seu plano de contingência, bem como o regime de trabalho home office entre os dias 17 e 30 de março.
A empresa também prevê suspender viagens internacionais e restrição de viagens locais às extremamente necessárias.
Duratex (DTEX3)
A Duratex diz manter acompanhamento diário de suas operações através do comitê de crise, formado por executivos de diversas áreas com apoio de especialistas da área da saúde.
A companhia adotou o sistema home office, cancelou viagens nacionais e internacionais, limitou a participação em reuniões e eventos.
