O presidente Donald Trump anunciou, em pronunciamento nesta quarta (11), que o país vai proibir por um período de 30 dias todas as viagens da Europa para os Estados Unidos.
O governo dos EUA, disse Trump, pretende “proteger os americanos” do coronavírus.
A medida começa a vigorar a partir de sexta-feira (13) à meia-noite. Só terá validade para o Reino Unido, que continuará tendo voos para os Estados Unidos.
As restrições também não incluem pessoas com residência permanente em território norte-americano.
Números do coronavírus pelo mundo
Até meia-noite desta quinta (12), os EUA registraram 1.281 casos de coronavírus.
O surto deixou 36 pessoas mortos, segundo informações da Universidade Johns Hopkins.
No mundo, há 126.136 casos confirmados. China, com 80.921 infectados, Itália, com 12.462, e Irã, que contabiliza 9 mi, são os países com os maiores números de casos.
O Covid-19 matou 4.630 pessoas, de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde).
No Brasil, há 69 pessoas diagnosticadas com a doença.
Ameaça
“Estamos respondendo com grande rapidez e profissionalismo [à ameaça do coronavírus]”, disse Trump.
O presidente afirmou que tomou a decisão após consultar autoridades na área de saúde.
Disse que essas medidas, “fortes, mas necessárias” foram tomadas para proteger a “saúde e o bem-estar de todos os americanos”.
A proibição de viagens não vale para transporte de cargas, escreveu depois Trump no Twitter.
Trump considerou que as medidas vão reduzir a ameaça que o coronavírus representa aos norte-americanos de “forma significativa”.
Bolsas asiáticas em queda
O pronunciamento de Trump repercutiu nas bolsas asiáticas.
Na abertura do mercado na Ásia, as bolsas de Tóquio operavam em queda de 5,3%. A de Hong Kong recuava 3,8%, enquanto a de Xangai caía 2%.
Críticas a governos da Europa
Trump comparou a decisão de suspender os voos da Europa à restrição que os Estados Unidos fizeram de voos vindos da China e do Irã quando a crise do coronavírus começou.
Trump criticou a forma como a Europa agiu e disse que o continente deveria ter tomado medidas similares para evitar o crescimento do coronavírus no mundo.
“Crise não é financeira”
Durante o pronunciamento, de mais de nove minutos, Trump também disse que a crise do coronavírus não é financeira.
O presidente afirmou que vai tomar ações de emergência para ajudar os norte-americanos diagnosticados com o vírus, que estejam em quarentena ou que precisem ficar afastados para cuidar de pessoas infectadas.
Também pediu que o Congresso norte-americano aprove reduções fiscais com o intuito de ajudar a combater eventuais perdas econômicas que tenham sido causadas pelo vírus.
Trump diz que não foi testado para o Covid-19
Nesta terça, a rede de notícias CNN publicou que Trump não foi testado para o coronavírus.
Segundo a rede, a confirmação foi dada pela Casa Branca.
Antes da afirmação oficial, a dúvida sobre a aplicação repercutiu porque Trump esteve próximo a políticos americanos que estão em quarentena por terem tido contato com pessoas infectadas.
De acordo com a CNN, a secretária de imprensa da Casa Branca, Stephanie Grisham, justificou a decisão. “O presidente não recebeu o teste de COVID-19 porque não teve contato prolongado com nenhum paciente conhecido e confirmado com COVID-19″
E acrescentou: “Ele não apresentou sintomas. O presidente Trump permanece com excelente saúde e seu médico continuará monitorando-o de perto.”
*com agência Brasil
LEIA MAIS
BNP Paribas crava recessão global
Antes de cancelar visita ao CDC, Trump aprova US$ 8,3 bilhões para combater coronavírus
OMT prevê que coronavírus diminuirá turismo mundial em até 3%