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Saldo de investimentos em renda fixa chega a R$ 100 bi desde janeiro, aponta Anbima

Saldo de investimentos em renda fixa chega a R$ 100 bi desde janeiro, aponta Anbima

O saldo de investimentos em renda fixa chegou a R$ 100 bilhões desde janeiro, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

De acordo com o levantamento, os fundos de renda variável, por sua vez, reportaram saques de mais de R$ 23 bilhões no mesmo período.

Para a entidade, estes dados refletem a mudança de comportamento dos investidores diante do aumento da inflação e dos juros.

Também disse que essa movimentação denota os investidores buscam a rentabilidade da renda fixa e também um porto seguro, em um momento de mais turbulência nos mercados.

E acrescentou que a migração do fluxo de recursos ganhou ainda mais apelo com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a Selic para 11,75%. CDBs, LCAs e Títulos do Tesouro são alguns dos exemplos de investimentos em renda fixa.

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Anbima: saldo de investimentos

Diretor da Anbima, Pedro Rudge disse que a associação começou a identificar esse movimento na metade do ano passado, quando internamente foi se concretizando um cenário de inflação e algum ruído político. “Isso começou a gerar uma certa aversão ao risco”, ressaltou.

E disse mais: “é uma inversão, pois os investidores reavaliaram suas alocações e viram maior atratividade dos instrumentos de renda fixa, não apenas pelo desejo de mais rentabilidade, mas por produtos menos voláteis.”

Segundo ele, os dados da B3 também mostram grande saída de recursos, um movimento contrário ao verificado em 2020, quando o investidor foi atraído para o mercado de renda variável, atrás de maiores ganhos, apesar dos riscos, diante da Selic a 2% ao ano, na mínima histórica.

Enquanto os estrangeiros investiram mais R$ 73 bilhões na Bolsa no acumulado deste ano (um recorde no Brasil), as pessoas físicas foram na direção contrária e sacaram mais de R$ 16 bilhões até aqui, de acordo com dados da Bolsa.

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