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Rússia rejeita reunião emergencial da Opep+

Rússia rejeita reunião emergencial da Opep+

De acordo com reportagem da Bloomberg, deve ficar para o início de março mesmo a reunião da Opep+ (países exportadores de petróleo mais aliados, dentre os quais a Rússia). A Rússia recusou nova reunião emergencial do grupo.

Membros do grupo vinham afirmando que poderia haver uma nova reunião de emergência, ainda em fevereiro, para retomar as discussões sobre novos cortes na produção mundial de petróleo. Os cortes estão em pauta para conter a queda de preços ocasionada pelo surto de coronavírus.

Mas, ao passo que os sauditas pressionam por uma nova reunião, os russos seguem reticentes e preferem deixar a discussão para o próximo mês. Autoridades do país já reiteraram diversas vezes que preferem acompanhar a evolução da epidemia por mais um tempo antes de tomar uma decisão.

Os analistas apontam que os resultados de venda do petróleo no primeiro trimestre do ano devem apontar uma forte queda.

Embora na última reunião emergencial da Opep+, o comitê tenha recomendado cortes coletivos adicionais de 600 mil barris por dia, além dos 2,1 milhões já feitos anteriormente, a Rússia ainda não endossou completamente a recomendação.

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Reunião emergencial da Opep+: petróleo x coronavírus

A influência do coronavírus sobre o preço do petróleo se explica porque a China, segunda maior potência mundial, compra mais de dois terços da produção da Opep e de países aliados.

A Arábia Saudita é o principal fornecedor de petróleo para a China, estando, inclusive, à frente da Rússia, com quem se opõe na definição sobre o corte. Um quarto de toda a produção saudita se destina ao mercado chinês, como explicou Michael Meidan, do Instituto de Estudos Energéticos da Universidade de Oxford, para reportagem da agência AFP.

O transporte aéreo, diretamente atingido pela epidemia, assim como o turismo, é um dos grandes consumidores dos derivados do petróleo. O fato de a epidemia ter surgido antes do feriado do Ano Novo Lunar também piorou o cenário para a aviação civil, já que neste período muitos chineses se deslocam dentro e fora do país.