Se você já se inscreveu na próxima edição do Small Caps Summit, sabe que terá a chance de conhecer melhor Eduardo L’Hotellier, CEO do GetNinjas.
O executivo é um dos muitos exemplos de que jovens empreendedores podem fazer sucesso no Brasil. Basta ter talento e, claro, a ideia certa.
O GetNinjas, para quem não conhece, é uma plataforma online criada, literalmente, para resolver praticamente todos os problemas das pessoas. Como assim?
Por meio do aplicativo (ou do site) é possível contratar ou oferecer uma gama enorme de serviços. Quer consertar um purificador de água? A GetNinjas indica um profissional próximo a você? Problema com o Notebook? O app também localiza ajuda rápida e nas proximidades.
“Empreender é o que ajuda a sair da crise, é resolver o problema de alguém. Na crise, mais problema, mais oportunidade”, costuma comentar L’Hotellier.
A formação de L’Hotelllier, “rei dos Ninjas”
Antes de se tornar o “rei dos Ninjas”, ou melhor, o CEO e co-fundador do GetNinjas, Eduardo L’Hottellier estudou. E muito.
O executivo é formado em Engenharia da Computação pelo Instituto Militar de Engenharia (IME). Além disso, tem diploma de pós-graduação em Finanças pela COPPEAD.
Por conta dessa especialização, deu os primeiros passos profissionais na área de consultoria estratégica e gestão financeira de grandes multinacionais, como McKinsey&Company e Bain&Company, além de ter passado pela Angra Partners.
Em entrevista ao Dinheirama, Eduardo comentou que a veia de empreendedor saltou ainda nos tempos de faculdade. Na época, foi finalista no jogo universitário Desafio Sebrae e terceiro colocado na competição de Casos de Negócio da FEA/USP.
A GetNinjas
A GetNinjas surgiu com um nome completamente diferente: Cidade dos Bicos. Só depois do primeiro grande aporte, de cerca de R$ 6 milhões, se transformou na hoje conhecida GetNinjas.
Durante sua participação em um Fórum promovido pelo jornal O Estado de S Paulo, Eduardo L’Hotellier revelou que a bilionária empresa não existiria se não fosse pelo conselho de um amigo (cujo nome não foi revelado). “Uma ideia brilhante não executada é uma conversa de bar”, brincou.
O executivo lembrou que, bem no início da Cidade dos Bicos, a empresa contava com três funcionários, incluindo um estagiário, apelidado de “estagiequity” por receber o salário em ações.
Foi por meio da ajuda do estagiário, e com muita “cara de pau”, como ele próprio disse, que conseguiram emplacar uma matéria e chamar a atenção de uma empresa para, enfim, receber o primeiro aporte.
Gig Economy? GetNinjas é a Amazon dos serviços, diz L’Hotellier
O CEO e co-fundador da GetNinjas já foi tema de reportagem da Forbes e, em entrevista para o conceituado site, descaracterizou sua empresa como parte do ecossistema chamado de Gig Economy.
Para quem não está acostumado com o termo, Gig Economy é, de um modo simples, a economia baseada em trabalhos temporários.
A GetNinjas é taxada de ser uma plataforma desse estilo e que, portanto, criaria empregos de baixa qualificação e remuneração.
L’Hotellier, no entanto, rebateu essas comparações. “Nós nos diferenciamos de outras plataformas dentro do contexto de gig economy ao abranger um mercado já existente e o trazer para o mundo digital”, explicou.
Para o executivo, a GetNinjas pode ser comparada mais a um outro gigante tecnológico, a Amazon, mas com um braço diferente. “O mercado [de serviços] ainda é predominantemente offline e informal, mas cresce de forma consistente, puxado por pessoas que agora procuram profissionais online. Estamos criando um destino para os serviços na internet, assim como a Amazon é um destino para produtos”.
O valor da GetNinjas
Depois de começar com somente três funcionários, hoje a GetNinjas de Eduardo L’Hotellier é gigante. Literalmente.
A empresa já conta com mais de 1 milhão de profissionais que oferecem serviços como reformas, assistência técnica e eventos em mais de 3 mil cidades por todo o Brasil.
Ela realizou sua IPO em maio deste ano, garantiu o código NINJ3 no pregão da B3 e, mesmo se vendo obrigada a derrubar em quase 20% o preço inicial, obteve R$ 550 milhões em sua oferta pública inicial.
A empresa, hoje, é avaliada em mais de R$ 1 bilhão e, sem dúvida, boa parte do enorme sucesso em sua primeira década de vida se deve à coragem e ao tino empreendedor de Eduardo L’Hotellier.
“Empreender é sacrifício, mas ninguém empreende sozinho. O maior atrativo de uma empresa é seu nome, e o mesmo vale para os freelancers. Além de que empresas são várias pessoas trabalhando em um mesmo propósito. No nosso caso, oferecemos garantia para os compradores: caso o serviço não seja devidamente executado, devolvemos 100% do valor pago, sem complicações e sem enrolações”.