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Por que as ações se mantém em alta nos EUA?

Por que as ações se mantém em alta nos EUA?

Enquanto o coronavírus não parece enfraquecer, as ações continuam atingindo índices altíssimos nos Estados Unidos. Especialistas analisam as motivações.

Mesmo em meio às incertezas do surto de coronavírus, as ações continuam atingindo índices cada vez mais altos nos Estados Unidos. A fim de encontrar uma explicação, a CNN Business consultou alguns especialistas que comentaram essa reação do mercado. Entre as supostas razões estão o apoio contínuo do Federal Reserve (ou, Sistema de Reserva Federal, que reúne os bancos centrais dos EUA). Bem como uma perspectiva consistente de ganhos corporativos e o medo de perder também compõem as especulações.

Enquanto a epidemia de coronavírus não parece enfraquecer, o índice Dow Jones encerrou a semana em 1%. E o S&P 500 fechou marcando um aumento de 1,6%. Ou seja, os dois índices atingiram a maior marca para o meio da semana já registrada em todos os tempos. Sem contar que índice STOXX Europe 600 aumentou quase 1,5%. Isso logo após já ter alcançado um novo recorde de meio-dia, na sexta-feira (14). Até mesmo o Shanghai Composite registrou uma subida na semana de 1,4%.

Para Peter Boockvar, diretor de investimentos do Bleakley Advisory Group, a resposta para os aumentos está no excesso de confiança no Federal Reserve. “Acho que o mercado de ações está sob essa crença de que, não importa o que aconteça, o Fed nos salvará. Eu sinceramente acredito que é tão simplista quanto isso,” afirmou à CNN Business.

Segundo a publicação, provavelmente ele tem razão. Após a intervenção do Federal Reserve no resgate de mercados de empréstimos overnight, em setembro, o S&P 500 cresceu mais de 12%. Já as compras de títulos de curto prazo, ou letras T, anunciadas em outubro, auxiliaram na queda das condições financeiras. De acordo Boockvar, as conclusões só ficarão mais claras em abril, quando o banco central suspender a expansão de seu balanço.

A alta das ações

Outro fator que talvez tenha auxiliado na permanência da alta das ações é a orientação de ganhos no primeiro trimestre. Isso porque, apesar da preocupação das empresas em relação ao coronavírus, a indicação não foi de piora.

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Conforme John Butters, da FactSet, no último trimestre de 2019, 77% das empresas do S&P 500 reportaram ganhos. Destas, 71% superaram as expectativas de lucro. Também caiu o número de empresas que reduziram as expectativas para o primeiro trimestre. Em consequência, esse cenário ocasionou uma sensação aos investidores de que o impacto nos negócios poderia ser passageiro.

No entanto, na semana passada, a Take Under Armour (UA) anunciou que poderia perder até US$ 60 milhões em vendas no trimestre. E acrescentou que a “incerteza com essa situação dinâmica e em evolução, os resultados do ano inteiro poderiam ser impactados materialmente”. A semana foi fechada em queda de 15% das ações.

Embora haja um otimismo geral entre os investidores, Boockvar chama atenção para a moderação. “Há muita indiferença com esse vírus. Talvez não seja nada, talvez seja alguma coisa”. Para ele, o reflexo da moderação pode ser observado nos mercados de títulos. Afinal, de acordo com o Bank of America, registrou-se na semana passada o maior ingresso semanal de todos os tempos em fundos de títulos.