A Agência Dow Jones afirmou, nesta quarta-feira (8), que a Petrobras alterou ou suspendeu as rotas de navios que estavam previstas para passar pelo estreito de Ormuz, no Oriente Médio.
A Folha de S.Paulo reproduziu as informações, acrescentando que a empresa saudita de petróleo Bahri seguiu o mesmo caminho da companhia brasileira, temendo ingressar na zona de guerra entre Irã e Estados Unidos.
O estreito de Ormuz, que fica entre o Irã e os Emirados Árabes Unidos, vê aproximadamente 20% da produção de petróleo mundial passar pela sua rota. Por conta disso, uma tensão dessa proporção pode agravar a crise em todo o planeta.
Histórico de tensão
O local já foi alvo de ao menos duas operações que geraram alta tensão na região do Oriente Médio, segundo lembrou a reportagem da Folha.
Em julho de 2019, o Irã apreendeu um petroleiro sueco que passava pelo local como forma de retaliar a captura de um navio do país no estreito de Gibraltar.
Dois meses mais tarde, em setembro, houve um bombardeio em refinarias sauditas, reivindicado por rebeldes houthis, aliados do Irã. O país, no entanto, negou qualquer relação com os atos.