A vacinação em massa contra a Covid-19 será fundamental para estimular a economia do País e até para “esvaziar” a pauta do Congresso Nacional, segundo Paulo Guedes.
O Ministro da Economia concedeu entrevista ao blog da jornalista Ana Flor, do G1, e atrelou a eficiência da imunização contra o novo coronavírus ao retorno do emprego e da renda aos trabalhadores do País.
“O foco agora é saúde, que significa vacinação em massa, emprego e renda, que são reformas, reformas, reformas”, afirmou.
O ministro apresentou nesta quinta (28) os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), e revelou que o governo está estudando a possibilidade de estender o programa de manutenção de empregos, que se encerrou em 31 de dezembro.
Guedes afirmou que o programa foi responsável por manter 11 milhões de vagas formais, e custou R$ 34 bilhões aos cofres públicos.
“Estamos manobrando dentro das nossas restrições, dentro das regras em vigor, para abrir espaço para este programa voltar”
O ministro repetiu o que já havia falado há alguns dias, e afirmou que “a vacinação é decisiva, é um fator crítico de sucesso para o bom desempenho da economia logo à frente”.
Guedes quer desafogar o Congresso
O chefe da pasta econômica também abordou rapidamente a pauta sobrecarregada à espera de aprovações no Congresso Nacional.
Para Paulo Guedes, tanto Câmara quanto Senado têm o chamado “timing dos políticos”, mas sabem que, quanto antes resolverem as questões pendentes, mais ajudarão a abrir espaço no orçamento para melhorar a assistência social, melhorar a produtividade da economia e gerar empregos.
“Nosso desejo é o de desobstruir a pauta do Congresso nos próximos 30 a 60 dias”, finalizou.
Dados do Caged
Os dados divulgados nesta quinta pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados mostraram que o Brasil abriu 142.690 vagas de emprego com carteira assinada em 2020.
Segundo o Ministério da Economia, a geração líquida de empregos é resultado de 15.166.221 contratações e de 15.023.531 demissões ao longo do último ano.
O resultado confirmou a expectativa do ministro da Economia, Paulo Guedes, de terminar 2020 sem uma destruição líquida de empregos formais.