De acordo com matéria publicada no portal do Congresso em Foco, nesta quinta-feira a operação Lava Jato realizou sua primeira ação do ano.
Assim sendo, o Ministério Público Federal (MPF) do Paraná fez denúncia a Paulo Roberto Salvador, que administra e representa a Gráfica Atitude.
De acordo com o órgão, foi praticado crime de lavagem de dinheiro estimado em R$ 2,4 milhões envolvendo Paulo, o ex-diretor da Área de Serviços e dois colaboradores do Grupo Setal/SOG Óleo e Gás.
Entenda como o crime acontecia
De acordo com o Congresso em Foco, o MPF conseguiu identificar que notas fiscais falsas foram emitidas para fundamentar o pagamento de serviços que não foram realizados.
Essa prática era acobertada por João Vaccari Neto, operador financeiro e tesoureiro, de Augusto Ribeiro de Mendonça, executivo do Grupo Setal/Óleo e Gás e também de Renato de Souza Duque, ex-diretor da Área de Serviços da Petrobras.
Ainda, o portal afirma que houve promessa de pagamento de propina realizada por Augusto Mendonça, para Renato Duque e João Vaccari.
Então, essas propinas foram referentes às obras que ocorreram nos Terminais de Cabiúnas 2 e 3, bem como em três refinarias, sendo uma delas da Petrobras.
Como ocorria a lavagem de dinheiro
Ainda, a publicação traz que durante a investigação verificou-se que houve repasse de ao menos R$ 66 milhões pelo Grupo Setal/SOG Óleo e Gás e as outras empresas que compõem os consórcios e que têm contrato com a Petrobras.
A transferência dos valores era realizado através de contínuos procedimentos de lavagem de dinheiro, com a finalidade de pagamento de propina, fundamentados em contratos e notas fiscais falsas, já que não existiam prestação de serviços.
O grupo transferiu R$ 2,4 milhões criminosamente, através de contrato firmado com a Editora Gráfica Atitude, cujo responsável era Salvador, por solicitação de Vaccari.
Diante dos fatos, o Ministério Público solicita bloqueio dos R$ 2.4 milhões, ressarcimento da quantia à Petrobras, e condenação de Paulo Roberto Salvador.