Onde investir para atravessar os próximos meses até o fim de 2022?
Temos segundo turno das eleições presidenciais à frente, o que tende a trazer mais volatilidade. Mas o investidor não precisa ficar paralisado, com receio de mexer em sua carteira de investimento. Afinal, ela pode estar precisando de uma calibrada para ficar mais protegida e pronta para capturar oportunidades que surgem em tempos assim.
O time de análise da Monett vem indicando na sua plataforma ativos de diferentes classes de investimentos para o momento que vivemos. Fizemos um apanhado geral e selecionamos alguns ativos que estão nas carteiras recomendadas neste momento.
Começando pelas ações, temos Itaúsa (ITSA4), que é indicada pelo analista Felipe Paletta por um motivo simples: buscando diversificar o portfólio, a holding que detém participação em Itaú, Alpargatas, Dexco, entre outras empresas em diferentes setores oferece bom potencial de valorização e dividendos de duplo dígito.
Outro case indicado pelo analista da Monett é a Neoenergia (NEOE3). Beneficiada pela estabilização da taxa de juros e negociando com desconto considerável em relação aos seus pares, a Neoenergia é uma das maiores barganhas no segmento de distribuição de energia elétrica, oferecendo retorno anuais aos acionistas equivalentes a IPCA+ 16%.
Passando aos fundos imobiliários, trazemos HGBS11, um dos maiores e mais longevos FIIs de shopping do Brasil. “Gerido pela Hedge Investments, o fundo detém participação em mais de 20 shoppings, predominantemente no sudeste do país e pode ver suas cotas se valorizarem mais de 20% nos próximos 12 meses”, diz Felipe Paletta.
Para os amantes de fundos de investimentos, o Luiz Cesta indica o Kinea Atlas II FIM, um Fundo multimercado e equilibrado. “Ele tem posições em diversas classes de ativos, o que deve ser uma regra para o período eleitoral, portanto, volátil.” A gestora Kinea é consolidada no mercado de fundos e reconhecidamente uma das maiores do Brasil.
Outro fundo recomendado é o Forpus Ações. Ele tem um viés agressivo e, como o nome diz, investe em ações. Pode ser um dos maiores ganhadores em um cenário pós-eleições com responsabilidade fiscal reforçada em um novo governo. Mas o Luiz Cesta alerta: “independentemente do curto prazo e como todo fundo de ações, essa alocação é adequada para horizontes maiores que 3 anos na busca por apreciação de capital mesmo que a custas de maior volatilidade”.
Na renda fixa, a Monett avaliou recentemente como oportunidade o investimento em títulos do Tesouro Direto indexados ao IPCA (IPCA+) e de vencimento longo. Lembrando que esses títulos têm seus preços marcados a mercado, o que pode trazer volatilidade ao investimento.
O mais importante, segundo a Monett, é ter uma reserva de emergência em Tesouro Selic, título do Tesouro Direto que segue o retorno da taxa Selic. Atualmente a taxa está num patamar muito alto, o que significa um retorno alto para o investidor deixar o dinheiro de seu colchão de liquidez.
A orientação dos analistas da Monett é de deixar no Tesouro Selic pelo menos o equivalente a 6 meses de suas despesas mensais.
Passando ao mercado de cripto, a analista Helena Margarido indica para o momento atual ter em carteira Bitcoin ($BTC), Ethereum ($ETH) e Chainlink ($LINK). “$BTC é o principal criptoativo do mercado. Apesar de ter mantido correlação direta de variação de preços com a bolsa durante 2022, acredito que possa servir como proteção patrimonial no longo prazo”, afirma Helena, sócia e analista na Monett.
A escolha de Ethereum é justificada pelo fato de $ETH ser a principal plataforma de contratos inteligentes e o segundo maior criptoativo do mercado. Com a implantação de melhorias que deverão vir durante esse semestre, é de se esperar valorização considerável, segundo a analista.
$LINK, por sua vez, é a principal solução para input de dados externos em blockchains de forma descentralizada e com segurança. “Em suma, é a infraestrutura necessária para praticamente todas as soluções de aplicações descentralizadas rodarem e para termos, de fato, uma revolução ocasionada por tecnologias em blockchain.”
