Como viver de renda?
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As melhores dicas para sair das dívidas e se tornar um investidor

As melhores dicas para sair das dívidas e se tornar um investidor

Falta de planejamento financeiro. Mau uso de cartões de créditos. Pouca educação financeira. Empréstimos. Esses são motivos que levam diversas pessoas a se endividarem constantemente no Brasil.

Diante desse quadro, uma grande parcela populacional faz dívidas atrás de dívidas e crê que quem tem dívidas não pode investir.

No entanto, essa ideia está completamente equivocada, e este artigo irá lhe mostrar não só o porquê disso, como também formas de contornar esta situação.

Obs.: não se trata de nenhuma fórmula mágica, não há como sair das dívidas magicamente de um dia para o outro, isso não existe. Contudo, com o conhecimento correto, empenho e auxílio essa tarefa torna-se muito mais simples.

O que é uma dívida?

Ao pensar em alguém endividado, é comum que a primeira imagem que venha seja de uma pessoa com saldo negativo e nome sujo.

Contudo, se você possui parcelas futuras em um cartão de crédito, por exemplo, você já está endividado.

Portanto, a parcela de seu celular que irá vir no próximo mês, por exemplo, é uma dívida, mesmo que já tenha o dinheiro para pagá-la.

Desconstruindo a mentalidade incorreta

Há uma crença implantada na mente das pessoas de que, antes de se começar a investir, é preciso quitar todas as suas dívidas.

Nessa perspectiva, este é um raciocínio válido, o problema é quando o indivíduo possui o hábito de se endividar. Nesses casos, as dívidas nunca são quitadas e os investimentos nunca são realizado.

A situação ainda tende a piorar, pois, como diz o multimilionário Thiago Nigro, não há arrependimento maior para um investidor do que não ter começado a investir antes.

Sendo assim, não use seu endividamento como desculpa para não investir. Aprenda com este artigo como investir apesar desse quadro, de forma correta e segura!

Organização financeira: o primeiro passo

Antes de começar a investir, quer esteja com dívidas ou não, é de suma importância a organização da vida financeira.

Isso é muito mais fácil do que parece e não toma mais do que um dia.

Fontes de renda

Comece em um papel, notebook, celular ou tablet a anotar todas as suas fontes de renda. Desse modo, se for assalariado, por exemplo, anote, inicialmente, o seu salário bruto.

Em seguida, se possuir outras fontes de renda, anote todas. Se forem ocasionais, estime um pouco abaixo e nunca acima. Isso é necessário para diminuir a porcentagem de erro no cálculo.

Após ter anotado toda a sua renda bruta, descubra  o valor líquido de seu salário. Em outras palavras: a diferença (subtração) entre seu salário bruto e os impostos.

Exemplo: uma pessoa assalariada com um salário mínimo, que está em R$ 998, terá descontado de seu salário, ainda, alguns gastos inevitáveis. Nessa lógica, o transporte deve ser considerado, a alimentação, a contribuição para o FGTS, se há alguma contribuição sindical e afins.

Dessa forma, o salário líquido de alguém que recebe o mínimo gira em torno de pelo menos R$ 918,16, levando em consideração apenas o FGTS.

No entanto, dificilmente o FGTS costuma ser o único desconto no salário, planos de saúde devem ser considerados e todos os outros gastos já citados.

Por fim, é importante que você saiba o líquido do seu salário para que não faça um planejamento baseado no bruto, pois o planejamento seria incorreto.

Fontes de gastos

Essa parte tende a ser um pouco mais trabalhosa do que a primeira, principalmente quando se está endividado.

Por isso, anote todos os gastos fixos que você possui e, em seguida, todos os gastos futuros já previstos, seja por empréstimo, cartão de crédito, alimentação, ou qualquer outra coisa.

Para isso, vale consultar a fatura de seus cartões, seus extratos bancários e sempre que for fazer uma média jogá-la para cima, pois é melhor sobrar do que falta.

Faça esse processo mais de uma vez, se possível, para garantir que não haja incongruências e que todos os seus gastos estejam expostos em uma folha de papel ou uma anotação digital de maneira correta.

Organização

Por último, basta fazer a soma de seus gastos mensais com base em todos os dados de já colheu. Desse modo, você será capaz de definir os gastos para o mês atual, o próximo mês e assim por diante.

Pegue esse valor total que será preciso para gastos e subtraia de seu salário líquido.

Você terá, então, três possibilidades de resultado: sobrará uma quantia, faltará uma quantia ou não sobrará nada.

Caso falte muito dinheiro para poder arcar com suas dívidas temos um problema muito maior, para este caso, o mais indicado é que faça um planejamento financeiro detalhado. Afinal, quando uma pessoa possui uma dívida muito superior a sua renda, a causa mais é comum é ela estar vivendo um padrão de vida que não condiz com a sua renda.

Faça seu dinheiro trabalhar por você

Embora os investimentos estejam se tornando cada vez mais populares no Brasil, a maior parcela da população ainda trabalha pelo dinheiro e não o contrário.

Nesse sentido, é interessante que se compreenda a relação direta existente entre taxa de rentabilidade e juros.

Taxa de rentabilidade vs Taxa de Juros

De modo geral, a taxa de rentabilidade e a taxa de juros são a mesma coisa, a única coisa que muda é quem é o beneficiário.

Em um exemplo prático, quando você pede um empréstimo ao banco, você terá que pagar juros a ele.

Já quando você investe em um Certificado de Depósito Bancário (CDB), você está emprestando seu dinheiro ao banco e ele terá de pagar juros a você.

É fácil perceber que seja em um investimento ou não, a taxa de juros só será juros para uma das partes, para outra se torna rentabilidade, ganho.

A mentalidade correta para investir

Compreendida essa relação entre juros e rentabilidade, é possível inverter a situação de modo que você passe a “cobrar juros” ao invés de pagar.

Nessa perspectiva, a maior parte da população brasileira, infelizmente, trabalha para o seu dinheiro, isto é, o indivíduo paga tanto juros que não tem rentabilidade.

Por outro lado, a instituição para qual ele está pagando juros tem o dinheiro a favor dela.

Desse modo, essa realidade de pagar juros deve ser convertida, de modo que passe a receber rendimentos e não mais pagar juros.

Não seja escravo no seu dinheiro, não trabalhe por ele, trabalhe para ele trabalhar por você.

Os primeiros passos para ter o dinheiro a seu favor

Uma vez compreendida a relação do dinheiro com você, é importante que obtenha uma visão geral de como fazer o seu dinheiro agir a seu favor.

Dessa forma, partindo do ponto de que está endividado, busque somente aplicações de renda fixa, mesmo que seu perfil seja agressivo.

Nessa lógica, se você tem dívidas a pagar não pode arriscar perder dinheiro, isso seria péssimo neste momento delicado, portanto invista em renda fixa, pois os riscos são bem menores.

Investimentos para começar, mesmo com dívidas

Em primeiro lugar, é importante deixar claro que para chegar nesse passo e continuar com êxito você precisa concluir todas as etapas anteriores.

Investir não é difícil e complicado como as pessoas pensam, mas as bases são essenciais.

Todos os investimentos possuem riscos, até mesmo a poupança. Assim, tenha consciência de não está sendo oferecido uma solução mágica para te deixar rico da noite para o dia, será necessário tempo, esforço e coragem.

Tesouro Direto

O Tesouro Direto é, sem sombra de dúvidas, o melhor investimento para quem está endividado começar, haja vista sua segurança e liquidez. Trata-se de uma excelente opção, pois, além dos dois fatores já citados, é um investimento que permite a aplicação com pouco dinheiro.

Dê preferência ao Tesouro Selic, mesmo com a atual baixa, pois é um investimento de alta liquidez.

Certificado de Depósito Bancário (CDB)

Os CDBs são, com toda certeza, os melhores investimentos para pessoas com dívidas a pagar, logo após o Tesouro Direto.

Trata-se de um pedido de empréstimo que o banco faz ao mercado para financiar suas atividades e comprar produtos.

Além disso, os CDBs podem ser pós-fixados ou prefixados e de curto, médio ou longo prazo.

Um Certificado de Depósito Bancário pós-fixado é atrelado a algum índice financeiro, como o CDI. Assim sendo, esses títulos podem ou não ter liquidez diária.

Os títulos prefixados possuem uma taxa fixa. Desse modo, você consegue saber o valor que vai resgatar no fim do investimento. Entretanto, eles costumam ter um prazo maior que varia de título para título, e a liquidez tende a ser baixa.

Por fim, os CDBs são protegidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), em um valor de até R$ 250 mil, ou seja, se possuir menos do que isso investido e o banco falir ou algo similar, o FGC te ressarcirá.

Como investir se estou endividado?

Como dito, se você está com o nome sujo, saldo negativo e sua renda é muito inferior ao montante que deve, esse artigo não tem como sanar todos os seus problemas, esse tipo de caso requer uma análise detalhada.

No entanto, se você se enquadra em um grupo de pessoas que não tem dinheiro no fim do mês porque usa todo o seu saldo para pagar as suas dívidas, saiba que tem sim como investir.

O primeiro passo é criar um boleto para si mesmo.

É necessário pagar uma quantidade definida por você ou um especialista a você mensalmente. Esse valor será investido.

Se você não tem dinheiro no fim do mês para pagar esse boleto, terá então duas opções.

A primeira é diminuir algum gasto ou fazer cortes no orçamento.  Afinal, sacrifícios são necessários para quem deseja evoluir.

A segunda opção é obter mais renda, seja com atividades de renda extra, venda de objetos não usados, enfim, qualquer coisa que lhe traga mais renda.

Essa renda deverá obrigatoriamente ser destinada a investimentos e não mais dívidas!

Mas afinal, como sair das dívidas?

Talvez você tenha lido até aqui e ainda não tenha conseguido obter a respostas para essa pergunta, que é a alma deste artigo.

Com uma organização financeira correta, você saberá exatamente para onde o seu dinheiro está indo e de onde está vindo.

Desse modo, com esse controle, você conseguirá avaliar melhor para onde caminhar o seu capital, ou seja, será cristalino para ti os seus gastos que não são tão necessários e diversas outras coisas.

Em seguida, você começará a colocar o seu dinheiro para trabalhar para você, isto é, investir. Com isso, pouco a pouco você vai atingindo o valor necessário para quitar as suas dívidas por completo.

Após ter quitado suas dívidas já sendo um investidor, basta continuar no caminho correto, se informando e estudando, aqui mesmo na EQI, sobre investimentos.

Assim, os próximos passos seriam se aventurar na renda variável, compreender melhor alguns termos econômicos, desmistificar algumas crenças erradas, e muitas coisas mais.