Um dos destaques dos jornais deste sábado (8) é a posição de Rodrigo Maia a respeito da limitação dos juros do cheque especial e do cartão de crédito.
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O jornal O Estado de S.Paulo fez uma reportagem na qual o presidente da Câmara dos Deputados deixou claro que não vai colocar em votação o projeto aprovado nesta semana pelo Senado.
O texto limitou a 30% as taxas de juros que podem ser cobradas tanto no cartão de crédito quanto no cheque especial até o fim do período de calamidade pública causado pela pandemia.
Na visão de Rodrigo Maia, uma intervenção do Congresso nesse sentido pode provocar um efeito colateral em outras linhas, “encarecendo e limitando o crédito para os consumidores”.
“Os bancos têm que criar novos produtos no lugar do cartão de crédito e do cheque especial. Não dá mais para a sociedade pagar essas taxas de juros”, decretou.
“As soluções, no entanto, não são do mercado financeiro. Elas devem vir dos próprios bancos, que precisam entender que terão de abrir mão da receita”, completou Maia.
Para o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, a fixação de um teto de 30% ao ano para os juros cobrados em operações com cheque especial e cartão de crédito pode levar à desorganização e à contração do mercado de crédito.
Conforme o Estadão, Sidney diz que não há dúvidas de que o estabelecimento de um teto será prejudicial ao consumidor de serviços bancários e à própria recuperação da economia.
O governo é contrário, reporta o Estadão, mas a limitação encontra forte apelo popular e aceitação entre os parlamentares. Isso porque a taxa média de juros do cheque está hoje em 110,2% ao ano e a do cartão, em 300,2% ao ano.
“A fixação de um limite para a cobrança de juros se equipara a um congelamento de preços”, diz Sidney, para quem a medida é “inviável”.
“A experiência tem nos ensinado que, cedo ou tarde, a imposição de limites de preços tem como consequência a interrupção da oferta do produto.”
Cheques de Queiroz entre os destaques da Folha
O destaque da capa da Folha de S.Paulo também foi relacionado à política, mas não a Rodrigo Maia.
Os benefícios de se ter um assessor de investimentos
O jornal fez sua matéria principal em cima da mulher do presidente Jair Bolsonaro, Michelle.
O jornal citou, em sua principal reportagem, que a primeira-dama recebeu 27 depósitos em sua conta de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, filho do presidente da República.
A informação, obtida por meio de quebra de sigilo bancário de Queiroz, desmente a versão inicial de Jair Bolsonaro sobre o assunto, de que sua mulher havia recebido R$ 24 mil para “quitação de uma dívida”.
A reportagem não apresentou a versão do Palácio do Planalto às acusações, alegando que ninguém se manifestou a respeito quando procurados pela Folha.
O Globo também dá destaque para confusão com primeira dama
O jornal O Globo também dedicou boa parte de sua capa para a situação envolvendo Michelle Bolsonaro e Fabrício Queiroz.
A reportagem apontou que a primeira-dama teria recebido R$ 89 mil em depósitos da família Queiroz (Fabrício e Márcia, sua mulher) entre 2011 e 2016.
Segundo a nota, quando o primeiro depósito foi descoberto, em 2018, Jair Bolsonaro alegou que se tratava de um pagamento de empréstimo.
A quebra do sigilo de Fabrício Queiroz, no entanto, mostrou que, em 2011, não houve qualquer depósito por parte da família Bolsonaro nas contas de Fabrício ou Márcia Queiroz.
Desmate na Amazônia cresceu em 12 meses
A Folha também deu destaque em sua capa para o aumento do desmatamento na Amazônia nos últimos 12 meses.
De acordo com dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o desmatamento cresceu 34% entre agosto de 2019 e julho de 2020.
Os dados de julho apontaram para uma pequena queda em relação a junho, mas ainda muito pequena para alterar o cenário macro em relação ao problema da região.
Covid-19: 100 mil mortes ganham destaque nas capas
O Brasil atingiu, nas últimas 24 horas (sem contar as deste sábado), 99.702 mortos pela Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.
O assunto ganhou destaque principal nas capas dos jornais O Estado de S.Paulo e O Globo.
O primeiro estampou em sua manchete: “100 mil mortes por Covid no Brasil: Como evitar uma tragédia ainda maior?”.
O Globo, por suas vez, destacou o número de contagiados (2.967.064) e o de mortos com a manchete: “As cruzes que o Brasil carrega”.
O País é o segundo do mundo em número de casos e também em mortes, atrás somente dos Estados Unidos.
No mundo, já há contabilizados 19.406.765 casos da Covid-19, segundo a Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, com 721.925 mortes.





