Empresas com boa governança corporativa têm ganhado cada vez mais destaque no mercado financeiro pois prezam pela transparência e redução dos riscos aos investidores.
Por conta disso, há um indicador que vale a pena consultar no ambiente do mercado de capitais é o índice IGC-NM. Para saber mais sobre esse índice, acompanhe nosso artigo!
O que é o IGC-NM?
O IGC-NM, Índice de Governança Corporativa – Novo Mercado, é o índice que apresenta o rendimento médio das empresas com as melhores governanças corporativas.
No entanto, antes de nos aprofundarmos nesse índice é interessante saber de forma mais detalhada sobre o que se trata a governança corporativa.
Na verdade, ela nada mais é do que um conjunto de práticas adotadas pela gestão de uma empresa que assegura um nível maior de transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa.
Portanto, empresas com governança corporativa possuem um diferencial junto a investidores visto que demonstram uma preocupação maior com o futuro da companhia.
Nesse sentido, o índice IGC-NM possui uma grande importância dentro do mercado financeiro pois serve de métrica para gerar informações relevantes aos investidores.
Importante destacar que este é um índice de retorno total. Dessa forma, ele reflete as variações de preços dos ativos que compõem o índice, ao mesmo tempo em que considera o impacto da distribuição de proventos.
O índice não está atrelado a nenhum ETF, então não pode ser adquirido como forma de investimento na bolsa de valores.
Além disso, o IGC serve como complemento para o índice IGCT (Índice de Governança Corporativa Trade). No entanto, enquanto o primeiro possui menos critérios restritivos para a sua composição, o último filtra as melhores ações para compor a carteira.
Como funciona o IGC-NM?
Em primeiro lugar, para compor o IGC-NM é preciso que a ação esteja listada no segmento do Novo Mercado, da B3, que classifica as empresas com o mais elevado grau de governança corporativa.
Além disso, assim como qualquer outro índice, ele precisa estabelecer algumas regras e critérios para a construção da carteira teórica de ativos.
Sendo assim, relacionamos abaixo algumas das regras que a empresa precisa respeitar para poder fazer parte do índice:
- Não pode oferecer ações preferenciais (PN), sendo composta exclusivamente de ações ordinárias (ON);
- O conselho de administração da empresa deve ser composto de 2% a 20% de conselheiros independentes;
- Pelo menos 25% das ações precisam estar em circulação no mercado;
- Realizar reunião pública anual de forma obrigatória;
- Ativos com presença em pregão de, no mínimo, 50% no período de vigência das 3 carteiras anteriores;
- Oferecer Tag Along de 100% para suas ações ordinárias.
No entanto, o ativo precisa atender ainda a uma outra regra: não ser classificado como uma ação “Penny Stock”, ou seja, ter sua cotação negociada a menos de R$ 1,00.
A partir do cumprimento dessas normas, a empresa está apta a ingressar no IGC-NM.
Quais empresas compõem o índice?
Em novembro de 2021, o IGC-NM era composto por 193 ativos divididos entre mais de 30 setores econômicos diferentes.
Desse montante, os dez mais relevantes equivalem a 47,67% da participação no cálculo desse índice:
- Vale (VALE3): 17,34%
- B3 (B3SA3): 5,49%
- Weg (WEGE3): 3,72%
- Rede D’or (RDOR3): 3,62%
- JBS (JBSS3): 3,55%
- Banco do Brasil (BBAS3): 3,35%
- Suzano (SUZB3): 3,05%
- Intermédica (GNDI3): 2,96%
- Localiza (RENT3): 2,38%
- Lojas Renner (LREN3): 2,2%
A cada quatro meses – janeiro, maio e setembro – é feito o rebalanceamento da carteira, ou seja, é feita uma análise dos ativos da carteira onde se define quais serão mantidos, incluídos ou excluídos. Também pode ser alterado o peso de cada ativo da carteira.