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Afinal: o dinheiro traz felicidade?

Afinal: o dinheiro traz felicidade?

A partir dos padrões éticos e morais da nossa sociedade moderna, somos levados a pensar que aquela velha máxima de que “dinheiro não traz felicidade” seja uma realidade. Ou será que o dinheiro traz felicidade?

Nas discussões sobre o tema muitas pessoas argumentam que o dinheiro por si só “não traz felicidade”, mas “manda buscar”.

Outros alegam que conhecem pessoas muito ricas, com altas rendas ou mesmo patrimônio que na sua visão são infelizes.

Aí entramos numa discussão mais complexa que remete à questão do conceito de felicidade.

Afinal, o que é “ser feliz”? Como avaliar o nível de felicidade de cada indivíduo?

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Sabemos que, para esta pergunta, cada um de nós tem uma resposta, ou seja, não existe certo ou errado e a felicidade é diferente para cada pessoa.

Foto filme "O Lobo de Wall Street"
Foto filme “O Lobo de Wall Street”

Relatório de Felicidade Mundial

Para facilitar esta análise, um estudo anual denominado de Relatório de Felicidade Mundial, elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU), considera os seguintes fatores: PIB per capita, a expectativa de uma vida saudável, apoios sociais, a liberdade individual, a generosidade e a percepção de corrupção.

Como podemos ver, o estudo considera diversos fatores e não apenas questões financeiras. No entanto, maior renda e, consequentemente, um padrão de vida e consumo mais elevado, com boas condições de saúde, moradia, educação e construção de patrimônio trazem segurança, bem-estar e conforto impactam diretamente no índice de felicidade.

Prova disso é que o ranking da pesquisa citada, na edição de 2022, com 146 países participantes, traz nas primeiras posições países com alta renda per capita e altos níveis de desenvolvimento humano; considerados países desenvolvidos.

Já na ponta de baixo do ranking, ou seja, entre os países com as pessoas mais infelizes, não por acaso, estão nações que possuem renda per capita muito baixa e índices de desenvolvimento humano entre os piores do mundo. 

O pódio do ranking traz no topo a Finlândia, seguida pela Dinamarca e a Islândia. Já entre os mais infelizes temos o Afeganistão, Zimbabwe e Líbano.

Veja no ranking os 20 países com as pessoas mais felizes do mundo:

Fonte: ONU

Na sequência vemos os 20 países com as pessoas mais infelizes do mundo:

Fonte: ONU

O Brasil aparece na última edição da pesquisa em 38º lugar, o que na minha visão faz bastante sentido, considerando nossa economia e os demais fatores considerados na pesquisa.

A pesquisa confirma que, considerando que estamos em uma sociedade onde o consumismo está em todos os cantos e, acima de tudo, onde a crise econômica faz milhares de pessoas sofrerem com a falta de condições econômicas, talvez exista, sim, um ponto de felicidade (ou infelicidade) associada ao dinheiro.

Questões ligadas aos hábitos de consumo da sociedade e status social certamente possuem grande impacto nos níveis de percepção da felicidade pessoal.

Um outro estudo realizado nos Estados Unidos, que levava em conta apenas a renda das pessoas, mostrou que as pessoas com renda muito baixa apresentam os menores índices de felicidade.

Mas, à medida que subimos nos níveis de renda, percebemos que os impactos do acréscimo de renda são cada vez menores, pois as pessoas já possuem uma vida confortável e mais dinheiro significa apenas aumento de riqueza e não necessariamente melhora no padrão de vida.

Uma vez atendidas as necessidades básicas das pessoas, como alimentação, moradia, vestuário, educação, transporte etc, muitas pessoas já apresentam níveis elevados de felicidade e não se frustram significativamente por não atingirem conquistas financeiras maiores.

Ou seja, se acomodam no padrão de vida que atingiram e já “não sofrem” por não serem milionárias.

Dinheiro traz felicidade? Como manter a motivação

Como manter, então, a motivação para poupar e investir a partir de um determinado padrão de riqueza? O que move estas pessoas a buscarem cada vez mais dinheiro?

Bom, na minha humilde opinião, temos algumas razões que movem estas pessoas em busca de mais dinheiro. E estas passam por questões sociais, como status, questões de elo familiar pela preocupação com as gerações futuras e, consequentemente, o tamanho da herança deixada, bem como poder e realização pessoal.

Nos meus mais de 30 anos de mercado financeiro, conheci muitas pessoas e muitas realidades financeiras diferentes e percebi que, o dinheiro em geral se traduz em aumento de felicidade pelo conforto e tranquilidade que traz.

A maioria das pessoas que possuem filhos passa boa parte da sua vida preocupada com seu futuro financeiro e ter o futuro financeiro dos filhos garantido é motivo de alívio e bem-estar, elevando sua sensação de felicidade.

Também percebi, ao longo desta jornada, que o dinheiro pode, sim, ser um instrumento importante na busca pela felicidade, mas que sozinho ele nada faz. Tudo depende da atitude que as pessoas têm em relação a ele e a seu uso.

Prova disso é que percebemos que há muitas pessoas infelizes, mesmo com níveis de renda e patrimônio muito elevados.

Um ingrediente importante neste processo é o conhecimento sobre finanças e investimentos.

Pessoas com altos níveis de educação financeira e que são capazes de tomar decisões inteligentes em relação ao dinheiro e aos investimentos vivem notadamente mais tranquilas, elevando seus níveis de felicidade pessoal.

Já para as pessoas com baixos níveis de conhecimento financeiro, o dinheiro, uma vez adquirido em grande quantidade, passa a ser mais um problema em suas vidas, sendo motivo de preocupações e investimentos mal sucedidos.

O dinheiro, portanto, é uma faca de dois gumes, podendo ser um importante instrumento de felicidade, ou ele pode fazer o papel contrário, aumentando os níveis de infelicidade.

Um outro aspecto que aparece nas pesquisas e estudos relacionados a este tema é que pessoas milionárias e bilionárias que conquistaram e construíram a sua própria riqueza em geral são mais felizes do que aquelas que herdaram seu patrimônio ou o conquistaram de outra forma, via prêmios de loterias, por exemplo.

Desta forma, concluímos que, via de regra, de uma maneira ou de outra, o dinheiro proporciona, em maior ou menor grau, algum tipo de felicidade. Mas se a riqueza for construída e não herdada, de alguma forma ela garante maiores níveis de felicidade humana.

Dinheiro traz felicidade? Transforme sonhos em projetos

É preciso colocar no papel o que se deseja alcançar e quanto será necessário em termos financeiros para alcançar estes objetivos.

A partir daí, é preciso estabelecer metas de curto, médio e longo prazo e fazer todos os sacrifícios necessários para chegar até lá. Precisamos ter consciência de que, sem sacrifícios, não atingiremos nossos sonhos. E realizar sonhos é sinônimo de felicidade!

Por Silvio Hilgert, head de Educação da EQI Investimentos

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