As debêntures perpétuas são ativos sem prazo exato de vencimento. Esses títulos não estão entre os mais procurados e nem mesmo conhecidos do grande público.
Entretanto, no decorrer deste artigo, você saberá tudo o que precisa para investir com confiança e diversificar sua carteira.
Entretanto, se seu objetivo está mais para proteção de ativos, estes títulos também podem ser uma boa opção. Então, fique conosco e saiba mais a respeito. Prossiga na leitura!
Como funcionam as debêntures perpétuas?
Se você quer saber como funcionam as debêntures perpétuas, o primeiro ponto é que se trata de ativos sem prazo de vencimento – como já mencionado – e, desta forma, a companhia emissora não necessita devolver o dinheiro investido acrescido dos juros em um momento pré-definido.
O que a companhia emissora fará, nessa modalidade de investimento, é remunerar o investidor de maneira recorrente, conforme condições estabelecidas na hora da emissão. Isso faz das debêntures perpétuas um título bastante interessante para se ter na carteira e receber um dinheiro de forma contínua por um bom período.
Podemos dar como exemplo as debêntures perpétuas da Vale (VALE3), a companhia de mineração brasileira que tem negócios mundo afora. Trata-se de uma das principais empresas nacionais e que remunera seus acionistas periodicamente.
Estes títulos da estatal existem desde o ano de 1997 e, em seu lançamento, eles foram comercializados a apenas R$ 0,01.
Você sabia que debêntures são títulos de dívidas e qualquer pessoa pode investir nestes ativos? Entretanto, não se deve confundir esse tipo de investimento com ações, pois não são.
Via de regra, pode-se afirmar que são um tipo de investimento em renda fixa em que o investidor se torna um tipo de “credor” da empresa.
E renda fixa é ideal para quem deseja alocar o dinheiro em aplicações mais seguras e com algum retorno garantido.
Se quiser saber mais, fique conosco, pois até o término deste artigo você vai saber tudo o que precisa para investir bem e com segurança. Prossiga na leitura!
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Mas, afinal, o que são debêntures?
Boa parte das empresas listadas – ou como chamamos companhias de capital aberto – se utilizam deste recurso quando pretendem se financiar.
Por isso, conceitualmente, debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas. É como se você emprestasse dinheiro a uma companhia em troca de rendimento futuro. É uma maneira bastante interessante de fazer o dinheiro render.
Embora seja um tipo de investimento que não é de conhecimento dos investidores iniciantes, ele está ganhando mercado cada vez mais.
Para se ter ideia, em 2021 a procura por esse investimento dobrou em relação ao ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Inclusive, é do interesse do mercado financeiro torná-lo cada vez mais conhecido e acessível. Isso porque o segmento pretende incentivar a diversificação por parte dos investidores.
Desta forma, procure ter isso em mente: debêntures são um investimento de renda fixa que oferece juros futuros, com base na data de vencimento, quando o investidor recebe o valor aplicado somado ao rendimento informado.
E quais os tipos de debêntures?
Se você quer saber, agora, se existem tipos diferentes de debêntures, a resposta é sim. Para te auxiliar nessa tarefa de conhecer os principais, vamos elencá-los abaixo. Veja:
- As debêntures simples são as mais fáceis de se encontrar em bancos e corretoras e tem como principal característica o prazo de vencimento longo, entre 2 e 10 anos. Dá ao investidor o direito de receber, em dinheiro, a quantia acrescida de juros acumulados durante o período;
- Já as debêntures conversíveis são aquelas em que o investidor, depois do vencimento, consegue resgatar seu valor convertido em ações. Nesse caso, ele passa a ser acionista, e não mais credor, segundo as regras previstas no Fato Relevante;
- Na sequência, as debêntures permutáveis possibilitam a conversão em valor de ações de outras empresas. ou seja, ao invés de resgatar em dinheiro, pode “trocá-la” por outra classe de ativos.
- As debêntures incentivadas, por sua vez, são isentas de imposto de renda. Também são uma das modalidades mais vantajosas por oferecer maior possibilidade de rendimento. Esse tipo de título é exclusivo para empresas que tenham algum projeto de infraestrutura, que beneficie a sociedade, por isso contam com o incentivo tributário.
- Também as debêntures perpétuas ou participativas, conforme o conteúdo deste artigo já traz.
Mas qual a diferença entre debêntures perpétuas ou participativas?
Pode-se afirmar que as diferentes nomenclaturas dadas a essas debêntures da Vale dizem respeito ao mesmo papel. No entanto, o significado de cada expressão remete a uma característica diferente desse rentável instrumento financeiro da companhia mineradora.
Via de regra, toda debênture possui um prazo de vencimento que determinará por quanto tempo o papel existirá. Normalmente, é de cinco anos quando esses títulos de dívidas são lançados por alguma empresa de capital aberto listada em bolsa de valores. Contudo, no caso das debêntures da Vale negociadas sob o código CVRDA6 simplesmente não existe data de vencimento.
Isso foi provisionado quando de seu lançamento. Além de outras características mais, a ausência de validade dos títulos foi uma das condições impostas quando as debêntures foram lançadas. Assim, como não há data de vencimento, elas acabaram sendo chamadas de perpétuas. Ou seja, via de regra, jamais deixarão de existir.
Já o termo “participativa” deriva do fato de que os titulares dessas debêntures têm participação em um tipo de resultado específico. Neste caso, estamos falando da receita operacional de algumas minas de extração. Ou seja, os donos das debêntures participativas da Vale são remunerados pelos resultados atingidos em algumas minas da gigante mundial em extração minerária.
Cabe reforçar que essa presença dos titulares das CVRDA6 nos resultados alcançados se dá apenas em relação à extração de minério de ferro. Soma-se a isso a condição de ser apenas em algumas minas específicas no Norte e no Sudeste do Brasil, além de concentrado de cobre (mas apenas com uma pequena parte).
Mas isso não é um problema para os detentores desse título. Isso porque fica localizada na mina de Carajás, no Estado do Pará, a maior jazida de minério de ferro do mundo, com previsão de extração de 250 anos do referido material. É um período considerável para auferir lucros.
Cabe ressaltar, ainda, que a mecânica de pagamento também é interessante: ele se dá a cada seis meses, ou seja, em períodos semestrais. Além disso, as debêntures participativas trazem o interessante fator de serem pagas em dólares. Dessa forma, o prêmio pago é calculado na moeda norte americana e, somente após a conversão para real, é que o pagamento é feito aos detentores do título. Essa é uma característica que potencializa ainda mais o desempenho do papel que teve forte valorização nos últimos anos.
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Estes são investimentos realmente atrativos?
Se você quer saber se estes são investimentos realmente atrativos, podemos citar um relatório do BTG Pactual no qual o banco de investimentos elenca que “os papéis CVRDA6 são bastante atrativos e acessíveis para investidores que tenham interesse em obter renda dolarizada”.
Também destaca que “a remuneração – apesar da estrutura atípica – é bem mais atrativa do que a ofertada pelos demais títulos de renda fixa da Vale”.
E reforça que a maior quantidade de papéis CVRDA6 e a pulverização da base de investidores também tende a fomentar ainda mais a liquidez das debêntures de participação no mercado secundário.

Confira a tese do BTG
Pontos fortes
- Título híbrido com uma remuneração bem mais atrativa do que os demais papéis de renda fixa emitidos pela companhia;
- A performance do papel está vinculada aos principais ativos de mineração da empresa (Sistema Norte – Carajás);
- Aumento da remuneração quando houver a inclusão dos ativos do Sistema Sudeste;
- Mitigação de riscos relacionados à atividade de mineração (ex. passivos ambientais).
Pontos de sensibilidade
- Fluxo de caixa proveniente do ativo depende do preço do minério de ferro no mercado internacional e da taxa de câmbio;
- Possibilidade de recompra antecipada.
Principais mitigantes
- A remuneração se mantém atrativa mesmo em um cenário no qual o preço do minério de ferro equivale ao seu custo marginal de produção no longo prazo;
- A recompra precisaria ser realizada num patamar superior ao preço de mercado.
Qual seria seu principal diferencial?
O principal diferencial desse tipo de ativo seria a possibilidade de ter uma fonte de renda dolarizada, conforme os analistas Odilon Costa, Frederico Khouri, Thomas Tenyi e Renan Tibúrcio, do BTG Pactual.
Para eles, as debêntures participativas da Vale (CVRDA6) são títulos híbridos e são papéis bastante atrativos e acessíveis para investidores que querem ter renda dolarizada.
Isso porque apesar do preço denominado em reais, sua remuneração depende do preço do minério de ferro, negociado em dólares no mercado internacional. Assim, a remuneração oferecida pelo título é mais atrativa do que a ofertada por títulos de renda fixa emitidos pela mineradora.
Além disso, o prêmio depende principalmente do faturamento líquido de algumas das principais minas de minério de ferro da companhia, e a taxa interna de retorno (TIR) do papel, métrica usada para medir o retorno financeiro de um projeto, é de 8,5% em dólares.
Por fim, explicaram que assim como outros títulos de renda fixa, as debêntures participativas têm regras para pagamento da remuneração, que é semestral. Contudo o prêmio é atrelado à performance financeira dos principais ativos da Vale e os títulos não têm uma data específica de vencimento, o que os tornam semelhantes a um ativo de renda variável.
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