A Tenda (TEND3) apresentou fortes resultados no quarto trimestre de 2020, em linha com as expectativas do BTG (BPAC11).
Em relatório, o banco ressalta que a receita ficou em R$ 686 milhões (+ 26% a/a; 1% à frente da projeção), enquanto o lucro bruto totalizou R$ 216 milhões (+ 19% a/a; correspondendo à previsão). Assim, a margem bruta ficou em 31,5% (-150bps t/t) devido ao estouro de custo não recorrente de R $ 11 milhões na fundação de um prédio em SP.
O EPS da Tenda foi de R $ 0,73 (+ 28% a/a; 4% abaixo do BTG). Assim, implicou em um ROE anualizado de 18,9% (vs. 16,5% no 4T19).
Consumo de caixa de R$ 66 milhões
A Tenda aumentou a atividade de construção em alguns locais para evitar o aumento dos custos de materiais (compras antecipadas de materiais e obras de construção), explicando o consumo de caixa de R$ 66 milhões no trimestre.
Dito isso, o balanço patrimonial da Tenda continua a parecer sólido, diz o BTG.
Enquanto isso, no negócio offsite, a expectativa da Tenda é que sua fábrica seja inaugurada no segundo semestre (a empresa desembolsou R$ 10 milhões em suas operações offsite no 4T20).
Avaliação é atraente para a Tenda
Os resultados do quarto trimestre da Tenda foram fortes, com bom crescimento de EPS e um ROE de 19%, apesar dos impactos pontuais nas margens, analisa o BTG.
“Acreditamos que o curto prazo para construtoras de baixa renda pode ser difícil (pressões de margem devido aos custos de construção mais elevados), mas a Tenda tem um grande histórico (o que deve ajudar a mitigar esses impactos) e a avaliação é muito atraente (9x P/E 2021E), mesmo ignorando o potencial de aumento de suas operações offsite (que ainda não foram iniciadas)”, pontuam os analistas Gustavo Cambauva, Elvis Credendio e Antonio Martins.
Assim, o BTG mantém a classificação de compra até R$ 40.