O presidente Jair Bolsonaro resolveu se posicionar sobre a decisão do Conselho Monetário Fiscal (CMF) e do Banco Central de limitar a cobrança de taxas de juros do cheque especial em 8% ao ano a partir de janeiro de 2020.
Para Bolsonaro, a medida, que causou mal-estar entre a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e o governo, é “muito bem-vinda”.
“Qualquer medida que ajude a população é bem-vinda. Cheque especial é uma crítica há muito tempo. As taxas são abusivas. Quem começou com isso tudo foi a Caixa Econômica. Tanto é que vou abrir uma conta na Caixa”, afirmou.
O presidente da República voltou a afirmar que “não entende nada de economia” e que, por conta disso, qualquer decisão a respeito do assunto passa pela supervisão do ministro da pasta, Paulo Guedes, e pelos demais membros da equipe.
“Eu falei que não entendo nada de economia. Se está dando certo é por que não me meto. Manchete amanhã: ‘presidente não foi consultado sobre tal decisão’. Presidente não sabe de nada”, ironizou Bolsonaro, prevendo críticas sobre mais uma de suas declarações.
Motivos da mudança
Segundo dados divulgados pelo BC, os juros do cheque especial chegaram a bater nos 12,4% ao mês, totalizando 305,9% em 2019. A intenção com a mudança é chegar, no máximo, a 150% ao ano.
Segundo a decisão do Conselho Monetário Nacional, os bancos também ficam proibidos de cobrar tarifas para limites de crédito de até R$ 500. Nesses casos, foi autorizada a criação de uma taxa de 0,25% sobre o valor excedente a R$ 500, que deverá ser aplicada a partir de 1º de junho do ano que vem.
O Banco Central estima que 19 milhões de pessoas com baixa renda e que se utilizam do cheque especial em todo o Brasil serão beneficiadas com a medida que vigorará a partir de janeiro.
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