O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (28), em live no Facebook, que o governo espera avançar com a agenda de privatizações após o fim da pandemia, mas ressaltou as dificuldades para aprovação no Parlamento.
“Estamos sim buscando privatizar muita coisa, mas não é fácil. Tem empresas que obrigatoriamente passam pelo Congresso, vai ter reação”, disse.
Uma das empresas que Bolsonaro disse que será privatizada são os Correios.
Apesar de querer acelerar as privatizações, o presidente afirmou que algumas estatais, consideradas estratégicas, não vão ser vendidas.
Ele citou nominalmente os casos do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal, o “núcleo” da Petrobras e a Casa da Moeda.
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Carteira verde e amarela
Bolsonaro disse que, após a pandemia da covid-19, uma das prioridades do governo, na área econômica, será a retomada do projeto da chamada Carteira de Trabalho Verde e Amarela, programa do governo que flexibiliza direitos trabalhistas como forma de facilitar novas contratações.
Segundo o presidente, o assunto está sendo tratado com o ministro da Economia, Paulo Guedes.
“O Paulo Guedes quer dar uma flexibilizada para facilitar a empregabilidade. A gente vai precisar disso, não adianta falar que tem todos o direitos e não ter emprego pela frente. Só tem uma maneira: desonerar, descomplicar, simplificar a questão trabalhista”, afirmou.
A Medida Provisória 905, que criou o Programa Verde Amarelo, para facilitar a contratação de jovens entre 18 a 29 anos, perdeu a validade antes de ser aprovada pelo Congresso, em abril.
Ação da Polícia Federal
Bolsonaro falou sobre a operação da PF, que nesta quarta (27) cumpriu 29 mandados de busca e apreensão em endereços de blogueiros e empresários aliados do presidente acusados de alimentar e financiar uma rede de notícias falsas que atacam os poderes Legislativo e Judiciário.
Durante o dia, na saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro declarou que “ordens absurdas não se cumprem”. Na live Bolsonaro voltou a protestar: “Lamentável PF entrar em casa às 7h da manhã para fazer busca e apreensão.”
O presidente disse mais sobre a operação contra os suspeitos de espalhar fake news: “Todos os alvos são pessoas de bem. Ontem foi um dia triste para todos os que amam a liberdade de imprensa. Esse inquérito não tem base.”
Bolsonaro disse hoje (28) que a operação da Polícia Federal (PF)autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), tem como objetivo censurar as mídias sociais e atingir quem o apoia.
STF
“Estão perseguindo gente que apoia o governo de graça. Querem tirar a mídia que eu tenho a meu favor sob o argumento mentiroso de fake news. Não teremos outro dia igual ontem, chega, chegamos no limite”, disse, em pronunciamento à imprensa ao deixar o Palácio da Alvorada na manhã desta quinta-feira.
Os mandados de busca e apreensão cumpridos ontem foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do chamado inquérito das fake news no STF.
O inquérito tem por objetivo apurar a existência de esquemas de financiamento por empresários e divulgação em massa nas redes sociais de notícias falsas e ofensas contra autoridades da República.
Na live Bolsonaro comentou: “Tem algumas ações do Supremo que realmente a gente não entende.”
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Custos
Bolsonaro falou também sobre a extensão do auxílio emergencial. Disse que o governo deve propor uma quarta parcela do benefício, atualmente em R$ 600, mas que o valor ainda está em estudo e poderá ser reduzido.
“Nós já estudamos uma quarta parcela com o Paulo Guedes. Está definindo o valor, para ter uma transição gradativa e que a gente espera que a economia volte a funcionar”, afirmou o presidente durante sua live semanal, transmitida pelas redes sociais.
O auxílio emergencial prevê o pagamento de três parcelas de R$ 600 para trabalhadores informais, integrantes do Bolsa Família e pessoas de baixa renda.
De acordo com a Caixa Econômica Federal, cerca de 59 milhões de pessoas já receberam o benefício. Cada parcela do auxílio emergencial custa aos cofres públicas cerca de R$ 48 bilhões.
Mais cedo, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu a permanência por mais tempo do pagamento do auxílio emergencial, mantendo-se o valor de R$ 600.
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*Com Agência Brasil