O montante aplicado pelas pessoas físicas no Brasil ultrapassou a marca de 3,1 trilhões em Setembro de 2019 de acordo com a ANBIMA. Como resultado, foi observado um crescimento de 8,4% nas aplicações financeiras em setembro relação a dezembro de 2019.

Esse aumento foi puxado pelo varejo alta renda, com 14,3% de crescimento, e pelo private, com 13,3%. Mas em contrapartida, o varejo tradicional teve recuo de 2,6%. O declive do varejo tradicional é devido em partes ao novo enquadramento de clientes, que migraram do varejo tradicional para o segmento alta renda. No entanto, vale ressaltar que as próprias instituições financeiras definem a segmentação de clientes.

Mudança de mentalidade

Com o cenário de juros cada vez mais baixos, os investidores se sentem mais confiantes para realizarem aplicações mais arriscadas. Engana-se quem acredita que essa mudança é exclusiva do setor de alta renda. O varejo tradicional também tem migrado seus investimentos para ações, fundos de ações e multimercados.

Desta forma, os fundos de investimento tiveram a maior alta entre as aplicações financeiras, algo em torno de 9,1%. Os multimercados e fundos de ações cresceram 23,8 e 80,4%, respectivamente. Enquanto isso, investimentos conservadores como poupança e CDB, registraram desempenhos mais fracos em relação ao ano anterior.

Já no private banking, o investimento em ações aumentaram em 27,3%. Na sequência, estão os fundos de investimento, com crescimento de 14,5%. Os fundos ações e imobiliários se saíram bem, com variações de 31,3% e 29,2%, respectivamente. A previdência privada cresceu 15%, enquanto os ativos de renda fixa apresentaram crescimento de 1,8% . Entre essas aplicações estão títulos públicos (-3,6%), CDB (1,2%), LCI (-10,6%), LCA (4,0%), entre outros.

“O volume de aplicações do private teve um crescimento maior que o de 2018, com variação de 7,8%, em 2018, e 13,3%, em 2019. Enquanto o 2018 foi marcado por incertezas por conta das eleições presidenciais, os resultados atuais mostram a retomada da economia”explica Rocha Neto, presidente do fórum de Distribuição da ANBIMA.

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