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Aço: EUA decidem conter importação do Brasil e do México

Aço: EUA decidem conter importação do Brasil e do México

Os Estados Unidos estão tomando medidas para conter as importações de aço do México e do Brasil, por meio do Escritório de Comércio (USTR, sigla de U.S. Trade Representative). Segundo informa a Reuters, as movimentações do USTR se justificam pelas “difíceis condições do mercado interno causadas pela pandemia do coronavírus”.

O USTR reduziu a cota restante que o Brasil tinha direito em 2020 para 60 mil toneladas.

Originalmente, o Brasil poderia exportar ainda 350 mil toneladas.

O foco são importações de aço semiacabado.

Assim, o governo norte-americano pretende preservar os produtores locais.

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Protecionismo

O Brasil concordou com as atuais cotas em negociação realizada em 2018.

Em troca, conseguiu uma isenção de 25% das tarifas.

Segundo a Reuters, o USTR manterá as cotas existentes para outros produtos siderúrgicos.

Além disso, consultará o Brasil sobre a cota de 2021 para aço semiacabado.

Entretanto, tal consulta será feita em dezembro, quando o USTR spera “que as condições de mercado tenham melhorado”.

O México também concordou estabelecer um estrito regime de monitoramento para o aço em vários formatos.

O USTR não deu detalhes sobre como o regime de monitoramento funcionaria, mas as taxas acordadas com o México continuam.

Preço depreciado do aço

Os futuros da bobina de aço (HRCc1) dos EUA para entrega em setembro estavam em US$ 518 a tonelada nesta segunda-feira (31).

Semana passada, atingiu a menor baixa em quatro anos, com US$ 447 a tonelada.

No ano, o HRCc1 perdeu 11,90%. No primeiro pregão de 2020, custava US$ 587 a tonelada.

Os preços já bateram em US$ 942 a tonelada em maio de 2018.

Esse valor foi alcançado poucas semanas depois que Trump impôs pela primeira vez as tarifas sobre as importações de aço.

Kevin Dempsey, presidente interino do American Iron and Steel Institute, afirmou que as siderúrgicas apreciaram as ações para conter as importações em meio a uma queda acentuada na demanda.

“Até agora, em 2020, a produção de aço bruto caiu 20% em comparação com o mesmo período do ano passado”, disse.

“A utilização da capacidade de produção de aço foi em média de apenas 66% este ano, em comparação com quase 81% durante o mesmo período do ano passado”, disse Dempsey em comunicado.

“Essas condições difíceis tornam a indústria ainda mais vulnerável a picos de importação”, analisou.