Veja 5 apostas e 5 riscos para a América Latina em 2020, segundo o Goldman Sachs. Boas perspecivas para o Brasil e o caso da Argentina.
Veja 5 apostas e 5 riscos para a América Latina em 2020, segundo o Goldman Sachs
O Goldman Sachs, conglomerado financeiro multinacional, sediado em Nova York e um dos maiores e mais importantes agentes financeiros do mundo.
Divulgou suas expectativas para a América Latina em 2020.
Perspectivas do Goldman Sachs, segundo seus analistas
Assim o grupo prevê que em 2020 a América Latina deve ter um crescimento moderado.
Ainda com taxas de juros e inflação baixas, as perspectivas são de que este cenário vai beneficiar a economia de forma geral.
Entretanto o Goldman Sachs também prevê números desfavoráveis para o saldo fiscal e a balança de pagamentos.
Apesar do Saldo negativo de transações dos países da América Latina com o restante do mundo.
O saldo final de produção e consumo devem ser positivos.
Por fim, veja as 5 principais projeções do Goldman Sachs
1 – Melhora no crescimento Econômico
O Brasil tem destaque entre os países com boas projeções para o PIB.
De acordo com o Goldman Sachs, o país deve crescer 2,2 % em 2020.
Já o crescimento da América Latina deve ser de 1,7 % no ano.
A Argentina possui dados desfavoráveis para o ano de 2020. Onde a desaceleração do PIB deve ser de 1,3%.
Entretanto o crescimento da Colômbia deve ser de 3,4%, enquanto o Peru cresce 3,3% e o Chile 1,7 %.
2 – Inflação controlada, diz Goldman Sachs
Também é previsto que a inflação na América Latina seja de 7,9% em 2020.
Ainda que este número esteja considerando a Argentina, que passa por forte crise.
Caso excluíssemos a Argentina do cálculo, a previsão seria entre 3,0% e 3,5% de inflação, até 2021.
Já para cada país a inflação prevista é de 3,8 % para o Brasil, a Colômbia 3,3%, Chile 2,7% e Peru 2,0%.
3 – Baixas taxas de juros em 2020
Contanto que a inflação esteja sob controle, as taxas de juros podem continuar caindo.
Consequentemente a injeção de dinheiro na economia deve ser maior.
A exceção neste ponto fica com a Colômbia, onde a previsão de juros está em 4,25% ao ano em 2020.
Já pra o Brasil, a perspectiva é de taxa de juros de 4,5% ao ano.
O México deve ter juros na casa dos 6%, enquanto no Peru 2% e no Chile 1% ao ano.
Por fim o Goldman Sachs não divulgou números para os juros da Argentina, devido às grandes incertezas no país.
4 – Maior déficit na balança de pagamentos
O saldo da balança de pagamentos, que é o resultado dos rendimentos, importações e exportações, deve ser maior, diz Goldman Sachs.
Apesar de esperar o aumento no déficit, os analistas preveem que este aumento será moderado.
Uma vez que deve-se considerar o provável crescimento do PIB e o aumento de investimentos estrangeiros diretos nos países latino americanos, em 2020.
5 – Diculdades nas contas públicas
De certo que as contas públicas dos países latino americanos demandam maior atenção, em 2020.
Segundo o Goldman Sachs, a Argentina deve esperar por mais três anos de melhorias em sua situação fiscal.
No Brasil, apesar das previsões não serem animadoras, o déficit fiscal deve ser mais baixo, diz o Goldman Sachs.
Entretanto é esperado que o México tenha um superávit primário modesto em 2020.
Mais 5 fatores de risco para os países da América Latina
Por fim o Goldman Sachs listou 5 fatores externos que podem influenciar negativamente os países latino americanos:
- Eleições presidenciais dos EUA;
- Escalada da Guerra Comercial (China x EUA);
- Desaceleração brusca das entradas de capital estrangeiro;
- Queda nos preços das principais commodities;
- Problemas na economia da China;
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