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Volume de serviços cresce 0,7% em janeiro, contrariando projeções de queda

Volume de serviços cresce 0,7% em janeiro, contrariando projeções de queda

Em janeiro de 2024, o volume de serviços no Brasil registraram um aumento de 0,7% em comparação com dezembro de 2023, na série livre de influências sazonais. O resultado superou as expectativas do mercado, que previam uma queda de 0,7%. Foi o terceiro resultado positivo consecutivo do indicador, período em que acumulou um ganho de 1,9%.

O setor de serviços está atualmente 13,5% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia), mas permanece 0,7% abaixo do pico observado em dezembro de 2022 (auge da série histórica).

Indicadores da Pesquisa Mensal de Serviços
Brasil – Janeiro de 2024
PeríodoVariação (%)
VolumeReceita Nominal
Janeiro 24 / Dezembro 23*0,72,7
Janeiro 24 / Janeiro 234,58,8
Acumulado Janeiro-Janeiro4,58,8
Acumulado nos Últimos 12 Meses2,46,3
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas   
*série com ajuste sazonal  

Na série sem ajuste sazonal, frente a janeiro de 2023, o volume de serviços cresceu 4,5%, marcando o avanço mais significativo desde maio de 2023, que registrou 5,1%. O acumulado em doze meses avançou 2,4%, repetindo a mesma taxa de dezembro de 2023, e interrompendo a tendência de queda observada desde outubro de 2022, quando atingiu 9,0%.

O aumento do volume de serviços em 0,7%, de dezembro de 2023 para janeiro de 2024, foi impulsionado por quatro das cinco atividades investigadas. O IBGE revisou o volume de serviços em dezembro em comparação com novembro, aumentando de +0,3% para +0,7%. A taxa de crescimento de novembro em relação a outubro foi revisada para baixo, de +0,9% para +0,5%, enquanto a taxa de outubro em relação a setembro foi revisada para cima, de -0,5% para -0,2%.

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas.

Volume de serviços no Brasil: destaque atividades

Destaque para o setor de informação e comunicação, com um avanço de 1,5%, registrando o quarto resultado positivo consecutivo e acumulando um ganho de 3,8% durante esse período. Outros avanços significativos foram observados nos serviços profissionais, administrativos e complementares, com 1,1%, e nos transportes, com 0,7%.

O primeiro conseguiu recuperar quase toda a perda de dezembro (-1,5%), enquanto o segundo acumulou um ganho de 1,8% nos últimos dois meses. Por sua vez, os outros serviços apresentaram uma leve variação positiva de 0,2%, após terem recuado 1,2% em dezembro.

Por outro lado, os serviços prestados às famílias registraram uma queda de 2,7%, representando a única retração do mês e anulando parte da expansão acumulada nos últimos dois meses do ano anterior, que foi de 7,4%.

Média móvel trimestral

Na série com ajuste sazonal, o a evolução do índice de média móvel trimestral para o total do volume de serviços mostrou expansão de 0,6% no trimestre encerrado em janeiro de 2024 em comparação com o mês anterior. Em relação ao movimento deste índice na margem, todas as cinco atividades também apresentaram avanços em relação ao trimestre encerrado em dezembro: serviços prestados às famílias (1,4%); outros serviços (1,0%); informação e comunicação (1,0%); serviços profissionais, administrativos e complementares (0,4%); e transportes (0,3%).

Frente a janeiro de 2023

Em janeiro de 2024, o volume do setor de serviços registrou uma expansão de 4,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, após uma queda de 1,9% no mês anterior. Este aumento foi observado em todas as cinco atividades divulgadas e contou com um crescimento em 55,4% dos 166 tipos de serviços investigados. O setor de informação e comunicação, com um aumento de 6,8%, teve o maior impacto positivo, impulsionado principalmente pelo aumento da receita em telecomunicações, portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet, TV aberta, desenvolvimento e licenciamento de softwares, e edição integrada à impressão de livros.

Crescimento em 16 das 27 unidades federativas

Em janeiro de 2024, 16 das 27 unidades da federação registraram expansão no volume de serviços em comparação com dezembro de 2023, acompanhando o avanço observado no resultado nacional (0,7%) – série ajustada sazonalmente. Entre os locais que apresentaram taxas positivas neste período, o impacto mais significativo foi observado no Rio de Janeiro (5,3%), seguido por São Paulo (0,8%), Amazonas (10,9%), Distrito Federal (2,8%) e Paraná (1,5%). Por outro lado, Mato Grosso (-3,3%) e Bahia (-1,6%), seguidos por Mato Grosso do Sul (-2,4%), Pará (-2,1%) e Goiás (-1,3%), exerceram as principais influências negativas no mês.

Na comparação com janeiro de 2023, a expansão do volume de serviços no Brasil, que foi de 4,5%, foi acompanhada por 26 das 27 unidades federativas. A contribuição positiva mais significativa veio de São Paulo, com 3,3%, seguido por Rio de Janeiro (5,0%), Paraná (10,7%), Minas Gerais (5,4%) e Santa Catarina (10,2%). Por outro lado, o Rio Grande do Norte registrou o único recuo do mês, com -3,6%.

O que é a Pesquisa Mensal de Serviços

A pesquisa do IBGE produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do setor de serviços no país, investigando a receita bruta de serviços nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, que desempenham como principal atividade um serviço não financeiro, excluídas as áreas de saúde e educação. Há resultados para o Brasil e todas as Unidades da Federação.

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Tá, e aí?Stephan Kautz

Stephan Kautz, economista-chefe da EQI Asset, destaca que o volume de serviços no Brasil registraram um aumento de 0,7% em comparação com dezembro de 2023, um número bem acima da expectativa, uma vez que era esperado uma queda em torno de 0,4%.

Ele também ressalta a concentração significativa nos setores de tecnologia e comunicação, observando que a diversificação não foi tão ampla quanto o previsto. Além disso, destaca a queda de 2,7% ao mês nos serviços prestados às famílias, um ponto ainda mais relevante.

“Ao considerarmos essa pesquisa de serviços e tentarmos extrapolar seus resultados para o PIB, torna-se evidente que o crescimento não foi tão positivo quanto se esperava”, conclui.

De qualquer forma, este é o segundo dado econômico que surpreende positivamente. O mercado tem revisado suas projeções para o primeiro trimestre cada vez mais para cima, com o consenso atualmente aumentando para 0,8%.

Na EQI Asset, o economista ressalta que os dados estão apresentando muitos ruídos, tanto na parte técnica quanto na interpretação, pois acredita que esses dados positivos não representam necessariamente uma tendência de crescimento. Portanto, ele indica que será aguardada a divulgação dos dados de fevereiro para confirmar essa visão ou avaliar se uma revisão para cima do PIB do primeiro trimestre é realmente necessária.

Escute o áudio na íntegra: