O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, adiantou que o leilão para a construção do Túnel Santos-Guarujá deverá ocorrer em 1º de agosto deste ano. Ele esteve reunido com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para definir os termos da licitação.
Fruto de parceria público-privada (PPP), o túnel deverá conduzir o processo de concessão da infraestrutura. O governador disse que foi apresentada uma proposta para acelerar a construção e já teve o aval do governo federal.
Segundo Freitas, no dia 27, o presidente Lula irá em Santos para assinar, ao lado do governador, o lançamento do edital.
De acordo com o cronograma previsto pelo governo federal, os próximos passos são: a realização da consulta pública do projeto, que deve ocorrer entre 14 de março e 3 de maio; a definição da modelagem jurídica da concessão; e a publicação das análise das contribuições à consulta pública, prevista para junho.
O que é o Túnel Santos-Guarujá
O projeto do Túnel Imerso, que conectará os municípios de Santos e Guarujá, no litoral de São Paulo, avança no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos do Estado de São Paulo (PPI-SP). A obra será realizada por meio de uma parceria público-privada (PPP) e tem um investimento estimado em R$ 5,96 bilhões.
A empresa concessionária será responsável pela construção, operação e manutenção do túnel, que permitirá o tráfego de veículos de passeio, transporte público, caminhões, bicicletas e pedestres. Além de melhorar a mobilidade urbana, a infraestrutura foi planejada para não interferir no desenvolvimento e expansão do Porto de Santos, um dos principais complexos portuários do país.
A ligação entre as duas cidades é uma demanda antiga da população. Atualmente, cerca de 28 mil pessoas cruzam diariamente o canal por meio de balsas e catraias, enfrentando tempos de deslocamento elevados e dificuldades operacionais. Com o túnel, a expectativa é reduzir significativamente o tempo de travessia e aumentar a eficiência no transporte da região.
Os estudos técnicos para a viabilidade da obra estão sendo desenvolvidos com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), através da Companhia Paulista de Parcerias. O projeto-executivo já foi validado por consultorias internacionais especializadas em engenharia de alta complexidade e possui licença ambiental prévia, garantindo um avanço importante para a sua implementação.
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