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TCU investiga Previ: parte das perdas veio da Vale

TCU investiga Previ: parte das perdas veio da Vale

O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou uma auditoria urgente na Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (BBAS3), após um déficit de R$ 14 bilhões no Plano 1. Segundo cálculos internos da própria Previ, R$ 6,2 bilhões dessa perda foram causados pela queda no valor das ações da Vale (VALE3), que despencaram 23% em 2024 devido à desvalorização do minério de ferro e à tentativa frustrada do governo Lula de interferir na sucessão da mineradora.

As ações da Vale representam 45% dos ativos em renda variável do Plano 1 da Previ, tornando a mineradora um investimento crucial para o desempenho do fundo. Além disso, a entidade possui dois representantes no conselho da companhia e detém 8,75% da empresa, configurando-se como o principal investidor de referência.

Outros ativos da carteira da Previ também registraram impactos variados. Enquanto a Neoenergia (NEOE3) resultou em um prejuízo de R$ 400 milhões, investimentos em BRF (BRFS3) e Petrobras (PETR3; PETR4) ajudaram a minimizar as perdas, contribuindo com R$ 1 bilhão e R$ 800 milhões, respectivamente. Apesar disso, o resultado geral em renda variável ficou negativo em R$ 5,5 bilhões.

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O ministro do TCU Walton Alencar Rodrigues considerou o desempenho da Previ em 2024 “pífio”, comparando a situação ao caso de outros fundos estatais que no passado exigiram aportes de seus patrocinadores, como Petros e Postalis. No entanto, a Previ afirma que, mesmo com a queda expressiva, o Plano 1 continua superavitário e que não há necessidade de contribuições extraordinárias dos participantes ou do Banco do Brasil.

A investigação do TCU também levanta questionamentos sobre a gestão do fundo. O atual presidente da Previ, João Fukunaga, chegou ao cargo com apoio do movimento sindical bancário e sua indicação já havia sido alvo de um processo no tribunal, que questionava sua experiência para o cargo. Agora, com a auditoria acelerada, o tribunal busca esclarecer se houve falhas na gestão ou se as perdas foram resultado apenas da volatilidade do mercado financeiro.

A Previ, por sua vez, rechaça as suspeitas de má administração, destacando sua transparência na divulgação de resultados e lembrando que nunca precisou de equacionamento, nem mesmo durante as investigações da Operação Greenfield, que apurou perdas bilionárias em fundos estatais. Mesmo diante das perdas, a instituição assegura que mantém seu equilíbrio financeiro e a capacidade de honrar compromissos com seus participantes.

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