O banco central da Rússia aumentou na terça-feira as taxas de juros em 350 pontos-base, para 12%, em uma reunião de emergência, enquanto Moscou procura interromper uma rápida depreciação do rublo, moeda do país.
O rublo caiu na segunda-feira para o menor nível em 16 anos, sendo vendida a US$ 0,009. Isso depois que o assessor econômico do presidente Vladimir Putin, Maxim Oreshkin, escreveu um artigo de opinião na agência de notícias estatal russa Tass que culpou a queda da moeda e a aceleração da inflação na “frouxidão da política monetária” do banco central do país.
O Banco da Rússia anunciou, então, uma reunião extraordinária para reavaliar sua principal taxa de juros, que anteriormente estava em 8,5%.
Em seu anúncio, o banco central disse que a decisão visava “limitar os riscos à estabilidade de preços”, já que “a pressão inflacionária está aumentando”.
A taxa de inflação anual da Rússia ficou em 4,4% ao ano nos primeiros sete dias de agosto, e o Banco da Rússia disse que a pressão ascendente continuou a aumentar, com o crescimento atual dos preços nos últimos três meses com média anualizada de 7,6% em um ajuste sazonal base. O núcleo da inflação no mesmo período subiu para 7,1%.
Anatoly Aksakov, presidente do Comitê de Mercados Financeiros da Duma, disse no Telegram na segunda-feira que o banco central começará a cortar gradualmente os juros, assim que a situação do rublo estiver estabilizada.
A moeda é cotada nesta terça-feira (15) a US$ 0,010.
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