O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na quinta-feira (3) que seu governo começará a enviar cartas a diversos países, provavelmente a partir de sexta-feira (4), para informar as tarifas que incidirão sobre os produtos que exportam aos Estados Unidos. A medida marca mais um passo na estratégia de Trump de pressionar parceiros comerciais a renegociar termos considerados desfavoráveis aos EUA.
De acordo com a agência Reuters, a declaração foi feita a repórteres antes do embarque do presidente para Iowa. Trump destacou que pretende assinar “alguns outros acordos”, além do pacto comercial anunciado na quarta-feira com o Vietnã, reforçando a agenda de reequilíbrio das relações comerciais internacionais adotada por sua administração.
“Minha inclinação é enviar cartas à maioria dos países, informando claramente a tarifa que eles enfrentarão”, disse o presidente, sem detalhar quais nações serão notificadas nem os critérios para definição das taxas.
Trump afirmou que cerca de 10 ou 12 cartas seriam enviadas e cartas adicionais chegarão nos próximos dias. “Até o dia 9, eles estarão totalmente cobertos”.
Segundo o presidente norte-americano, as tarifas sugeridas devem variar entre 10% e 70%, com início da vigência em 1 de agosto.
Tarifas de Trump: cartas serão enviadas após acordo com Vietnã
Na semana, Trump anunciou um novo acordo comercial com o Vietnã que prevê a aplicação de uma tarifa de 20% sobre produtos importados do país asiático. A medida, divulgada por Trump em sua conta na rede Truth Social, também garante acesso livre de tarifas para produtos norte-americanos no mercado vietnamita.
O anúncio representa mais um passo na política econômica de viés protecionista defendida por Trump, que busca reduzir o déficit comercial dos EUA por meio da imposição de barreiras tarifárias e renegociação de acordos bilaterais.
Segundo o presidente, o novo pacto inclui ainda uma tarifa de 40% sobre produtos de outros países que passem pelo Vietnã antes de serem exportados aos Estados Unidos — prática conhecida como “transbordo”. Essa estratégia, segundo Trump, é frequentemente utilizada por empresas chinesas para contornar restrições comerciais impostas por Washington.
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