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Senador dos EUA fala em “esmagar” economia brasileira devido à petróleo russo

Senador dos EUA fala em “esmagar” economia brasileira devido à petróleo russo

O senador dos EUA Lindsey Graham, pelo estado da Carolina do Sul e aliado do presidente Donald Trump, afirmou que os Estados Unidos podem impor tarifas de até 100% contra o Brasil, a China e a Índia, caso os três países não interrompam a compra de petróleo da Rússia. Segundo ele, o comércio com Moscou ajuda a financiar a guerra contra a Ucrânia e representa “dinheiro manchado de sangue”.

Em entrevista à rede de TV Fox News, também aliada à Trump, Graham declarou que os EUA “esmagarão” as economias desses países se continuarem adquirindo petróleo russo barato. “Se vocês continuarem comprando petróleo russo barato, permitindo que essa guerra continue, vamos impor tarifas pesadas contra vocês e vamos esmagar suas economias, porque o que vocês estão fazendo é dinheiro manchado de sangue”, afirmou.

De acordo com o senador, cerca de 80% do petróleo vendido pela Rússia atualmente é comprado por China, Índia e Brasil. Graham acusou essas nações de manterem viva a “máquina de guerra” do presidente russo Vladimir Putin ao driblarem sanções impostas pelo Ocidente. Ele também disse que Putin pode resistir às restrições internacionais, mas que os países compradores terão de escolher entre “ajudar a Rússia” ou manter boas relações econômicas com os Estados Unidos.

Senador dos EUA também reforça ajuda à Ucrânia

Além das ameaças econômicas, Graham garantiu que os Estados Unidos continuarão fornecendo armamentos à Ucrânia para que o país possa reagir aos ataques russos. As declarações intensificam o tom da pressão norte-americana sobre nações que adotam uma postura mais neutra no conflito no Leste Europeu. Até o momento, o governo brasileiro não se pronunciou oficialmente sobre as falas do senador.

O Brasil importou cerca de 7,4 milhões de toneladas de diesel, um dos combustíveis derivados do petróleo, da Rússia em 2024, um salto de aproximadamente 15% em relação a 2023, quando já havia registrado volume recorde de 6,1 milhões de toneladas. Esses números confirmam a Rússia como o principal fornecedor de diesel ao país, representando cerca de 65% das importações brasileiras em 2024, em comparação com 50,4% em 2023.

O volume total de importações brasileiras de diesel da Rússia entre janeiro e fevereiro de 2024 foi estimado em 1,121 milhão de toneladas, um aumento de impressionantes 830% em relação ao mesmo período de 2023, que registrou apenas 120 mil toneladas. Já em fevereiro, foram importadas 340 mil toneladas, com valor aproximado de US$ 341,9 milhões.

Especialistas atribuem esse movimento à competitividade do preço do diesel russo, que permaneceu mais barato mesmo após sanções ocidentais. A estratégia reflete a busca por suprir a demanda interna, diante da incapacidade das refinarias brasileiras de atender totalmente o consumo nacional, principalmente do agronegócio.