O parlamento da Coreia do Sul votou pela rejeição da lei marcial decretada mais cedo pelo presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol. Ele havia feito antes um pronunciamento transmitido ao vivo pela emissora YTN nesta terça-feira (3). De acordo com o lídera, a medida tinha como objetivo dar uma resposta necessária para preservar a ordem constitucional e proteger o país de supostas ameaças internas e externas.
Durante o discurso, Yoon afirmou que a medida foi tomada como última alternativa para “salvaguardar a ordem livre e constitucional” do país. Ele acusou partidos de oposição de comprometerem o processo parlamentar e lançarem o país em uma crise política e social, o que, segundo ele, tornaria inviável a governança e colocaria em risco a segurança da população.
“Declaro a lei marcial para proteger a livre República da Coreia da ameaça das forças comunistas norte-coreanas, para erradicar as desprezíveis forças anti-Estado norte-coreanas que estão saqueando a liberdade e a felicidade do nosso povo, e para proteger a ordem constitucional livre”, afirmou Yoon.
Presidente da Coreia do Sul busca preservar liberdades individuais
A decisão foi descrita pelo presidente como indispensável para garantir as liberdades individuais, a segurança nacional e a sustentabilidade do país a longo prazo. Yoon enfatizou que a medida busca assegurar um futuro estável para as gerações seguintes, apontando as ameaças do regime norte-coreano como um dos principais motivos.
A declaração de lei marcial permite a ampliação de poderes do Executivo e das forças armadas, restringindo certas liberdades civis e impondo controles mais rígidos sobre atividades políticas e econômicas. No entanto, a medida é vista com apreensão por parte da população e de organizações internacionais, que temem possíveis abusos de poder e a intensificação de tensões internas.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está em contato com o líder sul-coreano para acompanhar o aumento das tensões no país.
Bolsa fechada
Devido à decisão tomada pelo presidente sul-coreano, a bolsa de Seul pode não abrir nesta quarta-feira (4). De acordo com informações do jornal The Korea Herald, ainda não há uma decisão tomada quanto à abertura da bolsa no pregão de amanhã.
Essa decisão do presidente do país ocorre semanas depois que soldados norte-coreanos foram vistos embarcando para apoiar a Rússia na guerra da Ucrânia. Na ocasião, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que havia pelo menos 10 mil soldados da país asiático por lá.
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